O que é um consórcio e como funciona?


O consórcio é uma associação de pessoas ou empresas que se unem e abrem uma poupança em comum. Cada um dos participantes tem direito a usar essa conta para comprar o bem ou serviço desejado, em algum momento.

Ou seja, o consórcio funciona como uma forma das pessoas pouparem e comprarem o bem ou serviço que desejam. Sendo que ele atrai muitas pessoas que não conseguem juntar dinheiro por conta própria para comprarem o bem.

O que é um consórcio?

Um consórcio é a união de pessoas com o objetivo em comum de comprar um bem ou serviço. Dessa forma, cada integrante contribui com um certo valor todos os meses.

A contribuição de todos vai para uma poupança em comum. Até o final do período do contrato, todos os participantes são contemplados com uma carta de crédito para comprar o bem desejado.

Se a pessoa quiser ser contemplada logo, ela pode fazer um lance. Com isso, ela aumenta as chances de receber o dinheiro mais rápido.

A organização de um consórcio é feita por empresas chamadas de administradoras. O funcionamento dessas empresas é fiscalizado pelo Banco Central do Brasil (Bacen).

Enfim, é possível comprar vários tipos de bens por meio de consórcio, como por exemplo:

1- Imóveis

O consórcio de imóvel é o tipo mais conhecido. Através deste consórcio os participantes objetivam comprar um imóvel pronto ou na planta.

Os tipos de imóveis podem ser casas ou apartamentos. É possível comprar também instalações comerciais, mas apenas por pessoas jurídicas. 

2- Veículos

Outro tipo bastante popular de consórcio é o de veículos, seja ele carro ou moto. As pessoas, às vezes, preferem aderir ao consórcio porque as parcelas costumam ser mais baixas do que financiar um veículo.

Entretanto, enquanto espera ser contemplado, o participante continua sem um veículo

3- Serviços

A invenção deste tipo é mais recente do que os de imóveis e veículos. Normalmente, são serviços que custam caro, mas não a ponto de pegar um empréstimo, como, por exemplo, cirurgias plásticas, viagens e até mesmo casamentos.

Origem do consórcio no Brasil

O consórcio é uma invenção brasileira. Ele foi criado pelo Banco do Brasil em 1961. Na época, Brasília estava crescendo e as pessoas precisavam de recursos para construir.

Inicialmente, era um processo bem informal. Os grupos eram montados e cada participante contribuía de forma mensal. Todo mês uma pessoa era escolhida por sorteio e recebia o valor acumulado.

Na década de 60 o principal bem que as pessoas queriam comprar, era o carro próprio. Isso porque, ter um automóvel era muito importante para a locomoção de longas distâncias e o transporte público era bem carente.

Posteriormente, em 1971 o consórcio foi regulado. Dessa forma, as empresas que atuavam nessa área tiveram que ser autorizadas pela Receita Federal para funcionar.

Por fim, em 1991 o Banco Central passou a ser o responsável por regular e fiscalizar as administradoras de consórcio.

O consórcio é muito procurado pelos brasileiros. Para você ter uma ideia, em julho de 2021 existiam mais de 8 milhões de contratos de pessoas e famílias que participavam ativamente de um consórcio.

Isso de acordo com dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).

Como o consórcio funciona

Na prática, um consórcio funciona por meio dos seguintes processos:

1- Administradora

A administradora é a empresa que gerencia os grupos de consórcio. Sendo que ela deve disponibilizar as regras sobre:

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  • Prazo de duração;
  • Número de cotas negociadas;
  • Tipo de bem;
  • As condições de sorteio e lance;
  • Valor a ser pago.

Além disso, a administradora também oferece vários tipos de produtos. Desse modo, os clientes podem escolher entre vários valores de créditos, parcelas e prazos de pagamento.

2- Cota

A cota é a parte que cada participante tem na formação do saldo do grupo. Sendo assim, é a cota que garante o direito de participação do cliente nas assembleias mensais da administradora.

Um detalhe importante é que quando o grupo de consórcio é criado, cada cota recebe uma numeração individual que funciona como identificação do cliente entre os demais. Sendo que isso inclui dados como:

  • O histórico de pagamentos do cliente;
  • O plano escolhido e as participações que ficam vinculados a essa numeração.

3- Sorteio de lance no consórcio

O sorteio serve para contemplar de forma aleatória um ou mais participantes, de acordo com o valor disponível. A pessoa sorteada é contemplada com a carta de crédito.

Até o final do prazo do grupo, todos serão contemplados. O sorteio serve apenas para determinar a ordem de recebimento.

Existe ainda o lance. Em resumo, o lance é feito em um tipo de leilão, o consorciado oferece o maior número de parcelas que ele consegue antecipar. Com isso ele aumenta as suas chances de ser contemplado logo.

4- Contemplação

A contemplação é quando a pessoa tem acesso à carta de crédito, que possibilita a compra do bem ou serviço.

Ou seja, a contemplação é o grande momento esperado pelos participantes. Afinal de contas, ao ser contemplado a pessoa pode comprar o bem desejado.

Por que o consórcio não é um investimento?

Pode parecer vantajoso fazer parte de um grupo onde você irá pagar parcelas por alguns anos, muitas vezes mais baixas do que seriam de um financiamento. Contudo, o consórcio não vale a pena.

Primeiramente, consórcio não é um investimento, pois não traz retorno. Você pode estar pensando que a sua tão sonhada casa é sim um investimento, mas na verdade ela é apenas um passivo e não um ativo.

Pense bem, a casa não rende dinheiro nenhum. A não ser que você a venda por um valor maior do que comprou, mas, no geral, essa não é a intenção ao entrar em um consórcio.

Veículos também, em sua grande maioria, são apenas passivos. Em conclusão, nem a casa/veículo, que é o resultado almejado com o consórcio não são investimentos, como o consórcio em si não é investimento. 

Acontece que, todos os meses, você entregará seu dinheiro para a administradora na esperança de ser sorteado logo.

Se você pegasse esse dinheiro e investisse mensalmente em algum ativo de renda fixa, aí sim seria um investimento, pois o seu dinheiro iria render. 

Além disso, alguns detalhes como o fato de que você estará pagando por algo que ainda não pode usufruir e que pode existir multas se você decidir sair, são desanimadores.

Como não compensa, você pode estudar o seu contrato e verificar as condições para desistir do consórcio.

Enfim, assista ao vídeo de Raul Sena, o Investidor Sardinha, e descubra o porque você nunca deve entrar em um consórcio:

Agora que você entende por que o consórcio não é um investimento, aprenda como investir de verdade e fazer o seu dinheiro render.

Fontes: Capital research, Finanças pessoais, RaconDinheirama.

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