15 dicas de como alcançar o controle financeiro

8 de outubro de 2020, por Sidemar Castro

Tempo de leitura médio: 16 min, 39 seg


O controle financeiro é uma forma de organizar as finanças pessoais. Esse controle serve tanto para curto prazo, quanto para médio prazo e é determinante para alcançar os objetivos pessoais. A tão sonhada liberdade financeira, por exemplo, só pode ser alcançada com controle financeiro.

O oposto do controle financeiro é o descontrole, que resulta em dívidas e frustrações. Exatamente por isso é tão importante organizar as finanças pessoais, para que você consiga realizar seus sonhos e se sinta satisfeito consigo mesmo.

Em resumo, podemos compreender o controle financeiro como um meio para organizar nossas finanças e, assim, gastarmos de forma mais consciente. Assim, o resultado final é a satisfação de se conseguir realizar os objetivos.

Quer saber como realizar o controle financeiro? Continue a leitura!

O que é controle financeiro

O controle financeiro é a sistematização das atividades do setor de finanças com o objetivo de avaliar a situação econômica das organizações. Ele se baseia na análise de relatórios elaborados e regulados pelos dados patrimoniais, bem como pelas condições do fluxo de caixa.

Além disso, o controle financeiro é responsável por gerir as despesas de uma empresa, equilibrar as finanças, realizar investimentos, construir reservas emergenciais e diversas outras medidas essenciais para manter a saúde financeira do negócio.

Ele também atua com ações necessárias para corrigir eventuais falhas. Portanto, o controle financeiro é um processo essencial que permite às empresas se manterem ativas no mercado de maneira sustentável.

15 dicas de como alcançar o controle financeiro

Aqui estão 15 dicas para alcançar o controle financeiro:

1. Entenda a sua realidade financeira

Antes de qualquer coisa, você precisa entender como andam suas finanças. Veja também seu comportamento de compra, como você se porta frente ao hábito de poupar e quais padrões podem ser percebidos ao realizar gastos.

Entender a sua realidade financeira significa ter uma visão clara e completa de todas as suas finanças. Isso inclui saber quanto dinheiro você tem, quanto você ganha, quanto você gasta e onde você gasta. Também envolve entender suas dívidas, investimentos e outros compromissos financeiros.

Por exemplo, você pode começar listando todas as suas fontes de renda, como salário, rendimentos de investimentos, aluguéis, etc. Em seguida, liste todas as suas despesas, dividindo-as em categorias como moradia, alimentação, transporte, lazer, etc. Isso pode ajudá-lo a ver para onde seu dinheiro está indo e onde você pode fazer cortes se necessário.

Além disso, é importante considerar suas dívidas e obrigações financeiras. Isso pode incluir empréstimos estudantis, hipotecas, cartões de crédito, etc. Saber quanto você deve e a quem pode ajudá-lo a criar um plano para pagar suas dívidas.

Finalmente, considere seus objetivos financeiros. Você está economizando para a aposentadoria? Para comprar uma casa? Para a educação dos seus filhos? Entender seus objetivos pode ajudá-lo a planejar e priorizar seus gastos.

2. Acompanhe diariamente as despesas

Este ponto é considerado como a chave para o sucesso do seu planejamento financeiro. Acompanhar diariamente as despesas é uma prática fundamental para o controle financeiro. Isso significa registrar cada gasto que você faz, não importa quão pequeno seja. Também se pode incluir despesas com moradia, alimentação, transporte, lazer, entre outras.

Assim, exemplificando, se você comprar um café, anote o valor gasto. Se pagar a conta de luz, registre o valor. A ideia é ter uma visão clara de para onde o seu dinheiro está indo.

Você pode fazer isso de várias maneiras. Algumas pessoas preferem usar um caderno de anotações ou uma planilha no computador. Outras preferem usar aplicativos de controle financeiro, que podem conectar-se automaticamente às suas contas bancárias e cartões de crédito para rastrear os gastos.

Acompanhar diariamente as despesas ajuda a identificar padrões de gastos, encontrar áreas onde você pode economizar e garantir que você esteja vivendo dentro de suas possibilidades. Além disso, pode ajudar a evitar surpresas desagradáveis, como descobrir que você gastou mais do que o planejado.

3. Tenha um planejamento financeiro

Em um bom controle financeiro, tudo envolve planejamento. Ter um planejamento financeiro é essencial para manter o controle das finanças. Isso envolve a criação de um orçamento, que é uma estimativa de suas receitas e despesas para um determinado período de tempo.

O orçamento deve incluir todas as suas fontes de renda, bem como todas as suas despesas, tanto fixas quanto variáveis.

Vamos dar um exemplo: suas fontes de renda podem incluir seu salário, rendimentos de investimentos, aluguéis, etc. Suas despesas também podem incluir aluguel ou hipoteca, contas de serviços públicos, alimentação, transporte, lazer, entre outras.

Depois de criar seu orçamento, o próximo passo é acompanhá-lo regularmente para garantir que você esteja seguindo-o. Isso pode envolver a verificação de suas despesas e receitas diariamente ou semanalmente para garantir que você esteja dentro do seu orçamento.

Além disso, seu planejamento financeiro deve incluir metas financeiras de curto e longo prazo. Isso pode incluir economizar para a aposentadoria, comprar uma casa, pagar dívidas, entre outros. Ter metas claras pode ajudá-lo a manter o foco e a motivação para manter o controle de suas finanças.

4. Faça o controle de fluxo de caixa

O fluxo de caixa é a gestão dos recursos que entram e saem do seu caixa diariamente, mensalmente e anualmente. Fazer o controle de fluxo de caixa é uma prática essencial para a gestão financeira de qualquer negócio. O fluxo de caixa é uma ferramenta que mostra as entradas e saídas de dinheiro em um determinado período, permitindo que você visualize a liquidez do negócio.

Se você tem uma empresa, o controle de fluxo de caixa pode incluir o registro de todas as vendas realizadas (entradas) e todas as despesas, como pagamento de fornecedores, salários, aluguel, entre outros (saídas). Isso permite que você veja claramente se o negócio está gerando lucro (mais entradas do que saídas) ou prejuízo (mais saídas do que entradas).

Além disso, o controle de fluxo de caixa também pode ajudar a identificar padrões, como períodos do mês ou do ano em que as vendas são maiores ou menores. Isso pode ser útil para planejar melhor as finanças e garantir a saúde financeira do negócio.

Portanto, o controle de fluxo de caixa é uma ferramenta poderosa para a gestão financeira, que pode ajudar a tomar decisões mais informadas e garantir a sustentabilidade do negócio a longo prazo.

5. Monitore as entradas e saídas

É importante acompanhar de perto todas as entradas e saídas para entender melhor a situação financeira. Monitorar as entradas e saídas é uma parte crucial do controle financeiro. Significa acompanhar de perto todas as receitas (entradas) e despesas (saídas) para entender melhor a situação financeira.

As entradas podem incluir salário, rendimentos de investimentos, aluguéis, etc. As saídas podem incluir despesas como aluguel ou hipoteca, contas de serviços públicos, alimentação, transporte, lazer, entre outras.

Você pode fazer isso de várias maneiras. Algumas pessoas preferem usar um caderno de anotações ou uma planilha no computador. Outras preferem usar aplicativos de controle financeiro, que podem conectar-se automaticamente às suas contas bancárias e cartões de crédito para rastrear as entradas e saídas.

Monitorar as entradas e saídas ajuda a identificar padrões de gastos, encontrar áreas onde você pode economizar e garantir que você esteja vivendo dentro de suas possibilidades. Além disso, pode ajudar a evitar surpresas desagradáveis, como descobrir que você gastou mais do que o planejado.

6. Tenha um bom plano de contas

Ter um bom plano de contas é fundamental para o controle financeiro eficaz. O plano de contas é uma estrutura que organiza as informações financeiras de uma empresa, permitindo uma visão clara e precisa da situação financeira.

Um plano de contas pode ser dividido em várias categorias, como ativos, passivos, receitas e despesas. Cada uma dessas categorias pode ser subdividida em contas mais específicas. Por exemplo, a categoria de ativos pode incluir contas como caixa, contas a receber, estoque, etc. A categoria de despesas pode incluir contas como salários, aluguel, utilidades, etc.

Um bom plano de contas deve ser personalizado para atender às necessidades específicas de sua empresa. Deve ser suficientemente detalhado para fornecer informações úteis, mas não tão complexo que se torne difícil de usar. Além disso, um bom plano de contas deve ser flexível o suficiente para se adaptar à medida que sua empresa cresce e muda.

7. Controle suas vendas

Controlar suas vendas é uma parte essencial do controle financeiro. Isso significa acompanhar todas as vendas que você faz, independentemente de quão grandes ou pequenas sejam. Isso pode incluir vendas de produtos ou serviços, tanto online quanto offline.

Se você tem uma loja de roupas, você deve registrar cada venda que faz, incluindo o item vendido, o preço, a data da venda e qualquer outra informação relevante. Fazer isso pode ajudá-lo a entender quais itens estão vendendo bem e quais não estão, permitindo que você ajuste seu estoque e estratégias de marketing de acordo.

Além disso, o controle de vendas também pode ajudá-lo a prever tendências de vendas e planejar o futuro. Assim, se você notar que as vendas de um determinado item tendem a aumentar em certos meses, você pode se preparar para isso estocando mais desse item antes desses meses.

8. Crie uma reserva de emergência

Criar uma reserva de emergência é uma prática financeira essencial que envolve economizar dinheiro para cobrir despesas inesperadas ou perdas de renda. Essa reserva pode ser usada em várias situações, como no caso de perda de emprego, despesas médicas inesperadas, reparos de automóveis ou casa, entre outras situações imprevistas.

Suponha que você tenha um salário mensal de R$ 5.000. Os especialistas financeiros geralmente recomendam que sua reserva de emergência seja suficiente para cobrir de três a seis meses de despesas. Portanto, se suas despesas mensais são de R$ 3.000, você deve ter entre R$ 9.000 e R$ 18.000 em sua reserva de emergência.

Para criar uma reserva de emergência, você pode começar economizando uma pequena porcentagem de sua renda a cada mês. Isso pode ser tão pouco quanto 1% a 5% de sua renda, ou o quanto você puder. O importante é começar e tornar o hábito de economizar uma parte regular de seu plano financeiro.

Lembre-se, a reserva de emergência deve ser mantida em uma conta segura e facilmente acessível, como uma conta poupança. Não é recomendado investir esse dinheiro em ativos de risco, pois você pode precisar dele a qualquer momento.

A ideia é ter uma “almofada” financeira que possa ajudá-lo a lidar com emergências sem ter que recorrer a empréstimos ou dívidas.

9. Identifique e diferencie os gastos

Identificar e diferenciar os gastos é uma parte crucial do controle financeiro. Significa entender onde seu dinheiro está indo e categorizar seus gastos de acordo. Aqui estão algumas categorias comuns de gastos:

  1. Gastos fixos: Estes são gastos que ocorrem regularmente e são geralmente os mesmos a cada mês. Exemplos incluem aluguel ou hipoteca, contas de serviços públicos (como água, eletricidade, internet), pagamento de empréstimos, entre outros.
  2. Gastos variáveis: Estes são gastos que podem mudar de mês para mês. Exemplos incluem alimentação, transporte, lazer, entre outros.
  3. Gastos periódicos: Estes são gastos que não ocorrem todos os meses, mas que você precisa planejar. Exemplos incluem seguro de carro, impostos anuais, presentes de aniversário ou de feriados, entre outros.
  4. Gastos discricionários: Estes são gastos com coisas que são agradáveis, mas não necessárias. Exemplos incluem jantares fora, viagens, hobbies, entre outros.

Ao identificar e diferenciar seus gastos, você pode ter uma visão mais clara de para onde seu dinheiro está indo, o que pode ajudá-lo a fazer ajustes conforme necessário para atingir seus objetivos financeiros.

10. Defina suas prioridades e programe-se

Definir suas prioridades e se programar é uma parte essencial do controle financeiro. Isto é, significa identificar quais gastos são mais importantes para você e planejar seus gastos de acordo.

Por exemplo, se a educação dos seus filhos é uma prioridade para você, então você pode querer alocar uma maior porcentagem do seu orçamento para isso. Ou, se você está economizando para a aposentadoria, pode querer priorizar contribuições para sua conta de aposentadoria.

Depois de definir suas prioridades, o próximo passo é se programar. Isso pode envolver a criação de um orçamento que reflita suas prioridades, estabelecendo metas de poupança e acompanhando seus gastos para garantir que você esteja vivendo de acordo com suas prioridades.

Assim, se você decidiu que economizar para a aposentadoria é uma prioridade, você pode se programar para contribuir automaticamente com uma certa quantia para sua conta de aposentadoria a cada mês. Ou, se você está tentando reduzir gastos desnecessários, pode se programar para revisar seus gastos semanalmente e identificar áreas onde pode cortar.

11. Gaste menos do que ganha

Gastar menos do que se ganha é uma regra básica para manter a saúde financeira. Ou seja, que suas despesas totais em um mês devem ser menores do que sua renda total. Se você gasta mais do que ganha, pode acabar acumulando dívidas.

Sendo assim, se você ganha R$5.000 por mês, suas despesas totais (incluindo aluguel, contas, alimentação, transporte, lazer, etc.) devem ser menores que esse valor. Se suas despesas são de R$6.000 por mês, você estará gastando mais do que ganha e pode acabar se endividando.

Para garantir que você esteja gastando menos do que ganha, é importante acompanhar suas despesas e receitas regularmente. Tal pode ser feito através de um orçamento, onde você registra todas as suas despesas e receitas e verifica se está vivendo dentro de suas possibilidades.

Se você perceber que está gastando mais do que ganha, pode ser necessário fazer alguns ajustes, como reduzir gastos desnecessários ou procurar maneiras de aumentar sua renda.

12. Controle seus gastos por impulso

Controlar os gastos por impulso é uma parte importante do controle financeiro. Gastos por impulso são compras que você faz sem planejamento prévio, geralmente motivadas por emoções ou desejos momentâneos, em vez de necessidades reais.

Assim, dando um exemplo, você pode ver um par de sapatos em uma vitrine e decidir comprá-los na hora, mesmo que não precise de sapatos novos. Ou você pode estar navegando em um site de compras online e decidir comprar um item que você vê, mesmo que não tenha planejado comprar nada.

Esses gastos por impulso podem se somar rapidamente e prejudicar seu orçamento. Aqui estão algumas estratégias para controlá-los:

  1. Faça uma lista de compras: Antes de ir às compras, faça uma lista do que você precisa e atenha-se a ela.
  2. Evite compras emocionais: Tente não fazer compras quando estiver emocionalmente abalado, pois isso pode levar a gastos por impulso.
  3. Espere antes de comprar: Se você vir algo que deseja comprar, espere alguns dias antes de tomar uma decisão. Isso pode ajudar a evitar compras por impulso.
  4. Use dinheiro ou débito em vez de crédito: Usar dinheiro ou débito pode tornar você mais consciente de quanto está gastando.

Lembre-se, o controle financeiro é sobre fazer escolhas informadas e conscientes sobre como gastar seu dinheiro. Controlar os gastos por impulso é uma parte importante disso.

13. Sempre que possível, pague à vista

Pagar à vista sempre que possível é uma estratégia financeira sábia por várias razões:

  1. Evita juros: Muitas vezes, quando você faz uma compra a prazo ou no cartão de crédito, pode acabar pagando juros sobre o valor da compra. Ao pagar à vista, você evita esses juros, o que pode economizar dinheiro a longo prazo.
  2. Descontos: Em muitos casos, os vendedores podem oferecer descontos para compras à vista. Isso ocorre porque eles recebem o dinheiro imediatamente, em vez de ter que esperar por pagamentos parcelados.
  3. Controle financeiro: Pagar à vista também pode ajudar no controle financeiro. Quando você paga à vista, você sabe exatamente quanto dinheiro está saindo de sua conta e pode ajustar seu orçamento de acordo.

Como exemplo, se você está comprando um item de R$100 e tem a opção de pagar à vista ou em 10 parcelas de R$10, pode parecer mais fácil pagar em parcelas. No entanto, se houver juros sobre as parcelas, você pode acabar pagando mais do que R$100 no total.

Além disso, você terá que se lembrar de fazer o pagamento todos os meses. Se você pagar à vista, pagará apenas R$100 e não terá que se preocupar com pagamentos futuros.

14. Utilize o cartão de crédito apenas para emergências

Utilizar o cartão de crédito apenas para emergências é uma estratégia financeira que pode ajudar a evitar dívidas desnecessárias. O cartão de crédito pode ser uma ferramenta útil para gerenciar despesas e melhorar o fluxo de caixa, mas também pode levar ao endividamento se não for usado com cuidado.

Se você usar o cartão de crédito para fazer compras diárias ou para itens que você não pode pagar à vista, pode acabar acumulando um saldo que não pode pagar integralmente quando a fatura chegar. Isso pode resultar em juros altos e um ciclo de dívida do qual pode ser difícil sair.

Por outro lado, se você usar o cartão de crédito apenas para emergências, como um reparo de carro inesperado ou uma despesa médica, pode ser uma maneira útil de cobrir esses custos sem ter que recorrer a empréstimos ou economias. No entanto, é importante lembrar que você ainda precisará pagar o saldo do cartão de crédito o mais rápido possível para evitar juros.

15. Fazer uma estimativa geral do orçamento familiar

Fazer uma estimativa geral do orçamento familiar envolve calcular todas as receitas e despesas da família para um determinado período, geralmente um mês.

  • Receitas podem incluir salários, rendimentos de investimentos, pensões, aluguéis, entre outros.
  • Despesas podem ser divididas em fixas e variáveis. As despesas fixas são aquelas que não mudam de mês para mês, como aluguel ou hipoteca, contas de serviços públicos, mensalidades escolares, entre outras. As despesas variáveis são aquelas que podem mudar de mês para mês, como alimentação, transporte, lazer, entre outras.

Dando um exemplo, se a renda mensal total da família é de R$ 10.000 e as despesas totais são de R$ 8.000, a família tem um superávit de R$ 2.000 que pode ser economizado ou investido. Se as despesas são maiores que a renda, a família terá que encontrar maneiras de reduzir despesas ou aumentar a renda.

Lembre-se, o objetivo de fazer uma estimativa geral do orçamento familiar é ter uma visão clara da situação financeira da família e fazer escolhas informadas sobre como gastar, economizar e investir dinheiro.

Fontes: Toro investimentos, Contabilizei, Como Investir, Serasa