29 de setembro de 2021 - por Pedro Guimarães
A crise energética forçou a queda das ações na China nesta quarta-feira (29). Esta situação obrigou os investidores a saírem de setores propensos a paralisações. Inclui-se neste pacote os setores químicos e siderúrgicos.
Neste sentido, houve queda de 1,02%no índice CS1300 onde estão as maiores empresas de Xangai e Shenzhen. Por sua vez, o índice de Xangai também caiu 1,83%.
Segundo alguns analistas esta crise pode ser uma ameaça maior que a crise do Evergrande Group. Neste sentido, o fornecimento de eletricidade sendo racionado para as indústrias na China, causou impacto nas empresas e na bolsa.
Assim, a paralisia de algumas indústrias chinesas afugentaram os investidores da compra de ações. No entanto, este fenômeno foi sentido em todo o mundo. Portanto, a crise energética provocou a fuga do investidor do risco, fazendo vender suas ações. Tudo isto causou o fechamento das bolsas mundiais no vermelho, nesta terça-feira(28).
Cotações do mercado asiático
Seul: Índice Kospi teve desvalorização de 1,22% a 3.060 pontos
Xangai: índice SSEC caiu 1,83%, a 3.536 pontos
Tóquio: o recuo do índice Nikkei foi de 2,12% a 29.544pontos
Hong Kong: subida do índice Hang Seng de 0,67% a 24.663
Sydney: Recuo do índices&P/ASX 200 de 1,08%
Crise energética e queda do barril de petróleo no mundo
O atual fenômeno de crise energética juntamente com o aumento de preço de barril de petróleo em âmbito mundial impactou também o Brasil.
Por isso, a bolsa de valores brasileira fechou cm queda de 3%. Atualmente o motivo mais relevante que preocupa o mercado financeiro é o aumento do preço do barril de petróleo. Este aumento funciona como efeito dominó. Ou seja, o petróleo caro pressiona a inflação em âmbito mundial e a inflação provoca o aumento dos juros
Efeitos nas bolsas ocidentais e no Brasil
O efeito de alta dos juros é previsível na maior economia do mundo, os EUA. No entanto, quanto mais caros os juros menos consumo e investimentos. Tudo isso afetará diretamente o crescimento dos países.
Vale lembra que um fator que contribui para crise energética é a queda do fornecimento de gás natural no mundo.
Nas bolsas de valores do ocidente esses efeitos foram sentidos no Dow Jones, o principal índice da bolsa de Nova York. Assim, este índice teve queda de 1,63%.
Além disso, a queda se estendeu à Europa com queda de 2,09% em Frankfurt, em Londres de 0,5% e Paris de 2,17%. No Brasil o índice IBOVESPA da bolsa de valores de São Paulo teve queda de 3%. Tudo isso acompanhada de uma perda de R$ 141 bilhões das empresas brasileiras em valor de mercado.
Além disso, para contribuir para o cenário negativo brasileiro ocorreu a alta do dólar. A moeda norte-americana foi de 0,88% passando a valer R$ 5,42.
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