Conta poupança: conheça suas vantagens e desvantagens

Conta poupança, assim como toda aplicação, tem vantagens e desvantagens. É uma opção de investimento de baixo risco. Saiba mais.

21 de junho de 2022 - por Sidemar Castro


Assim como toda aplicação, existem vantagens e desvantagens na poupança. Vale lembrar que a conta poupança é uma opção de investimento de baixo risco que proporciona um rendimento baixo.

Ela se popularizou entre os brasileiros como uma opção conservadora de investimento. Mas, hoje em dia, a poupança não é mais considerada uma boa opção de investimento. Isso porque o retorno é baixo, principalmente, quando a inflação está alta. Sendo assim, mesmo investindo você perde parte do seu poder de compra para a inflação. É por isso que o mais vantajoso é investir em outras opções.

Saiba mais sobre as vantagens e desvantagens da conta poupança no texto a seguir.

O que é a conta poupança?

A conta poupança é um tipo de conta bancária que permite reservar dinheiro e obter uma rentabilidade sobre o valor depositado. Diferentemente das demais contas, a poupança tem como objetivo principal economizar dinheiro, ou seja, guardá-lo sem precisar movimentá-lo constantemente.

A poupança é uma aplicação de renda fixa simples e acessível para todos. Não há cobrança de tarifas de abertura, manutenção, taxas de administração ou performance. Além disso, os rendimentos não pagam Imposto de Renda.

A facilidade para resgatar os recursos é um dos principais atrativos da poupança. Os resgates podem ser feitos a qualquer momento, sem burocracia. Os valores caem na conta corrente imediatamente após a solicitação.

A rentabilidade da poupança é a mesma em qualquer instituição bancária. Ela é baseada em taxas de juros definidas previamente. Apesar de ser tradicional, a poupança oferece a pior rentabilidade do mercado, sendo importante considerar outras opções mais vantajosas para investir.

Quais são as vantagens da poupança?

A poupança tem vantagens e desvantagens. Algumas vantagens são:

1) Liquidez

A conta poupança é conhecida por sua alta liquidez, que significa que os investidores podem acessar seus fundos a qualquer momento. Essa liquidez é classificada como liquidez diária, permitindo que os poupadores realizem saques sem complicações e com a transferência dos valores para a conta corrente ocorrendo instantaneamente.

No entanto, é importante notar que, embora os saques possam ser feitos a qualquer momento, os rendimentos da poupança são creditados apenas na data de “aniversário”, que ocorre mensalmente, no dia correspondente ao depósito. Isso significa que, se um depósito for feito no dia 10, os rendimentos só serão disponíveis no dia 10 do mês seguinte. Portanto, se o investidor retirar o dinheiro antes dessa data, não receberá os juros acumulados.

2) Rendimento igual entre bancos

Não importa em qual banco você abra uma conta poupança. O rendimento será sempre o mesmo. Ou seja, todas elas devem seguir a regra de remuneração que o governo determina.

A razão pela qual isso acontece em todos os bancos, se deve à regulamentação estabelecida pelo governo brasileiro. O Banco Central determina as regras de rendimento da caderneta de poupança, que são as mesmas independentemente da instituição financeira onde a conta é mantida.

3) Sem imposto de renda

Existem poucos investimentos no Brasil que são isentos de imposto de renda. Um deles é justamente a poupança. Sendo assim, você não perde parte do seu rendimento com imposto de renda.

Existem várias razões pelas quais existe essa isenção:

Um deles é o incentivo à poupança. A isenção torna a poupança mais atraente, incentivando as pessoas a economizar e a investir, especialmente os pequenos investidores que podem não ter acesso a outras formas de investimento.

Outra razão é a proteção aos pequenos investidores. A isenção ajuda a proteger esse tipo de poupador, tornando a poupança uma opção segura e acessível para todos, independentemente de sua renda.

E, por fim, a promoção da inclusão financeira. Ao facilitar o acesso a um investimento sem tributação, o governo busca promover esse tipo de inclusão, permitindo que mais pessoas tenham acesso a produtos financeiros básicos

4) Isento de IOF

Além da isenção de Imposto de Renda, a poupança também não tem IOF – Imposto sobre Operações Financeiras. Muitos investimentos cobram este imposto caso a aplicação seja resgatada antes do prazo de 30 dias.

São várias as razões para a Isenção de IOF:

  • Acessibilidade: A isenção do IOF na poupança facilita o acesso ao investimento, especialmente para pequenos poupadores que buscam uma aplicação simples e segura.
  • Incentivo à Poupança: A ausência de impostos sobre os rendimentos estimula a cultura de poupança entre a população, promovendo um comportamento financeiro mais saudável.
  • Proteção ao Investidor: A isenção também protege os pequenos investidores, que podem não ter recursos para suportar a carga tributária de outros investimentos, tornando a poupança uma alternativa viável para todos.
  • Simplicidade: A caderneta de poupança é uma das formas mais simples de investimento, e a isenção de IOF contribui para essa característica, evitando complicações fiscais adicionais.

5) Garantida pelo FGC

A poupança é garantida pelo FGC – Fundo Garantidor de Créditos. Desse modo, ao aplicar na poupança, você pode receber até R$ 250 mil por CPF e instituição em caso de calote.

Essa proteção é uma importante característica que confere segurança aos investidores, pois assegura que, em caso de falência ou liquidação da instituição financeira onde a poupança está depositada, os depositantes têm direito a receber até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ.

6) Sem tarifa

Nas contas poupanças, os bancos não podem cobrar tarifa de manutenção. Além disso, o cliente tem direito a uma certa quantidade de transações gratuitas de saques, consulta de extrato e transferências.

E quais são as desvantagens da poupança?

Dentre as desvantagens da poupança temos:

1) Rende menos do que a inflação

O rendimento da poupança é tão baixo que fica abaixo da inflação. Ou seja, você ganha menos do que perdeu de poder de compra para a inflação.

Isso ocorre porque a inflação diminui o poder de compra da população. Logo, você precisa de cada vez mais dinheiro para comprar as mesmas coisas que antes.

Portanto, o ideal é investir em ativos que proporcionem ganhos acima da inflação, assim você protege o seu poder de compra.

2) Só rende no dia do aniversário da poupança

O rendimento da inflação não é diário. Na verdade, o rendimento é depositado apenas uma vez por mês, no dia em que a aplicação completa um mês. Dessa forma, se você fizer o resgate antes dos 30 dias, você perde o rendimento.

Por exemplo, vamos imaginar que você tenha investido R$ 1.000 no dia 15 de setembro. Se você resgatar o valor no dia 14 de outubro, você perde o valor investido.

3) Empréstimo

O dinheiro que você deixa na poupança é usado como empréstimo. Essa dinâmica permite que os bancos usem os recursos da poupança para financiar atividades econômicas, enquanto os poupadores recebem rendimentos e mantêm a segurança e a liquidez de seus investimentos.

4) O passado da poupança

O governo já confiscou a poupança no passado. Muitos economistas dizem que isso dificilmente aconteceria hoje. Mas como já aconteceu, o passado assusta.

O confisco da poupança, também conhecido como “empréstimo compulsório”, “enxugamento monetário” ou “bloqueio de liquidez”, foi uma medida econômica implementada durante o governo do presidente Fernando Collor de Mello, em 1990.

8 alternativas seguras e mais rentáveis que a poupança

A poupança, apesar de ser uma opção segura e acessível, não é a mais rentável em termos de retorno financeiro. Aqui estão algumas alternativas que oferecem maior rentabilidade e segurança:

1) Tesouro Direto

O Tesouro Direto é uma modalidade de investimento onde você empresta dinheiro ao Governo Federal, que o utiliza para financiar suas atividades. Essa opção é extremamente segura, pois o emissor é o próprio governo, considerado um bom pagador.

Atualmente, a rentabilidade do Tesouro Direto é bem superior à da poupança, oferecendo retornos que podem ultrapassar 10% ao ano, dependendo do tipo de título.

A segurança é um dos principais atrativos, pois os riscos são considerados inexistentes.

2) Certificado de Depósito Bancário (CDB)

Os CDBs são títulos de dívida emitidos por bancos, onde o investidor empresta dinheiro ao banco em troca de uma remuneração. Eles podem ser prefixados ou pós-fixados, indexados ao CDI. A rentabilidade dos CDBs é geralmente entre 70% e 130% do CDI, dependendo do banco e do prazo de vencimento.

Os CDBs são assegurados pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), reduzindo significativamente o risco de calote.

3) Fundos de Investimento

Os fundos de investimento são geridos por profissionais que aplicam os recursos em diversas opções de investimento, como CDBs, títulos públicos, ações, etc. Isso permite uma diversificação que pode aumentar a rentabilidade e reduzir os riscos.

Os fundos de investimento podem oferecer retornos superiores à poupança, especialmente os fundos de renda fixa, que podem ultrapassar 100% do CDI.

Embora haja um custo de administração, os fundos de investimento são uma opção segura, pois gestores profissionais cuidam da administração e estratégia do fundo.

4) Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA)

As LCI e LCA são títulos de crédito emitidos por instituições financeiras, lastreados em operações imobiliárias e agronegócio, respectivamente. Elas oferecem uma alternativa de renda fixa com rentabilidade competitiva. A rentabilidade desses títulos é geralmente indexada ao CDI, oferecendo retornos semelhantes ou superiores aos CDBs.

As LCI e LCA são asseguradas pelo FGC, garantindo a segurança do investimento.

6) Debêntures

Debêntures são títulos emitidos por empresas para captar recursos. Eles oferecem rendimentos atrativos, mas é importante avaliar a solidez da empresa emissora.

7) Fundo Multimercado

Esses fundos diversificam investimentos em diferentes ativos, como ações, câmbio e renda fixa. Podem ter maior volatilidade, mas também maior potencial de retorno do que a poupança.

8) Fundo de Renda Fixa

Os fundos de renda fixa aplicam em títulos públicos, privados ou empréstimos. Eles são geridos por gestores profissionais, o que garante sua qualidade e rentabilidade.

Essas alternativas permitem que os investidores obtenham retornos financeiros mais atraentes sem comprometer a segurança do investimento, o que é fundamental para proteger e crescer o patrimônio. Lembre-se de consultar um especialista financeiro para escolher a melhor opção de acordo com seu perfil e objetivos.

Fontes: Exame, Barkus, Tenda, Doutor Finanças

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