3 de abril de 2023 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)
A Bolsa de Valores continua caindo e muita gente está correndo para a renda fixa. É verdade que, hoje, existem boas oportunidades para quem quer assumir menos risco, com investimentos mais seguros e rentáveis. Mas, será que chegou a hora de comprar títulos de renda fixa? Vale a pena vender ações e comprar títulos públicos? Afinal, como escolher um título de renda fixa?
Hoje, vamos tentar entender o que está acontecendo com a Bolsa de Valores e saber até que ponto a renda fixa vale a pena. Você vai conhecer um pouco mais sobre os ciclos do mercado financeiro e aprender a ganhar dinheiro com isso.
Ibovespa caindo, renda fixa em alta
A queda do Ibovespa e a manutenção da Taxa Selic em 13,75% ao ano tem feito muitos investidores migrarem para a renda fixa. Isso porque, atualmente, é possível comprar títulos que pagam 15, 16 e até 17% ao ano, com um risco muito baixo. Mas, será que vale a pena abandonar a renda variável?
A Bolsa de Valores está barata?
Um dos principais indicadores de preço das ações, usado para saber se uma ação está barata, é o P/L. O indicador mede a relação Preço/Lucro das empresas da Bolsa. É uma forma de saber em quantos anos determinada empresa vai retornar o valor do meu investimento, na forma de lucros.
Assim, se uma empresa tem lucro anual de R$ 100 mil e seu valor de mercado é de R$ 200 mil, significa que o P/L é 2. Hoje, a Bolsa de Valores está com um P/L de 4,94 – um dos mais baixos da história. Logo, é preciso avaliar se este não é um momento bom, também, para comprar boas ações que estão sendo negociadas com um belo “desconto”. Afinal, se a renda fixa está atraente é porque as ações estão “baratas”. Este é o ciclo mais natural do mercado.
Como escolher um título de renda fixa?
Para quem já decidiu que é hora de comprar renda fixa, aqui vão algumas dicas importantes:
1. Compare a rentabilidade
A primeira dica é comparar a rentabilidade dos títulos, sem se esquecer do fator “Imposto de Renda”. A verdade é que títulos como as LCIs, LCAs e os CRIs e CRAs são isentos de IR. Dessa forma, o investidor pode ser tentado a comprar um CDB, por exemplo, pensando apenas nos juros que o título está pagando.
No frigir dos ovos, pode ser mais vantajosa uma LCI com uma rentabilidade mais baixa, mas isenta do Imposto de Renda. É preciso fazer as contas, considerando, também, os limites de cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Na corretora IsaEx, que tem TAXA ZERO para todas as operações, a rentabilidade dos títulos já é ranqueada considerando o “desconto” do IR.
2. Quando a oferta é demais…
A segunda dica é sempre fazer uma análise criteriosa dos títulos que NÃO SÃO emitidos pelo governo nem pelos bancos. Na prática, isso significa que você precisa redobrar o cuidado na hora de comprar um CRI, um CRA ou uma debênture. Como estes títulos são emitidos por empresas privadas, a rentabilidade costuma ser maior, mas o risco também. Por isso, analise bem as empresas, comparando fatores como tamanho, rentabilidade, endividamento, rating e liquidez.
3. Tesouro Direto: títulos mais seguros
A última dica é a mais simples de todas. Se tiver em dúvida sobre qual título comprar ou não sentir segurança na hora de comparar as opções, prefira o feijão com arroz. Os títulos públicos do Tesouro Direto estão oferecendo uma rentabilidade interessante, com o menor risco dentre todos os títulos de renda fixa. Assim, este pode ser um bom momento para comprar Tesouro Prefixado, Tesouro IPCA+ ou o belicoso Tesouro Selic.
Diversifique seus investimentos
Seja aproveitando as oportunidades que uma taxa de juros maior oferece, seja adquirindo ações da Bolsa com ótimos descontos, você precisa manter sua carteira de investimentos balanceada.
E, claro, a melhor maneira de fazer isso é usando o Diagrama do Cerrado. A ferramenta da AUVP (A Única Verdade Possível) te ajuda a fazer os aportes no lugar certo, em qualquer ocasião, sempre mantendo os percentuais corretos para a manutenção de uma carteira sólida, segura e lucrativa.
E então, gostou do conteúdo? Não deixe de assistir ao vídeo acima (do canal Investidor Sardinha) em que detalho como aproveitar as melhores oportunidades da renda fixa, sem abrir mão das pechinchas da Bolsa.
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