A renda fixa é o investimento queridinho de quem pretende viver de renda. Ela é mais segura do que investir em ações, por exemplo. E, ainda por cima, tem um bom rendimento. Outro ponto positivo é a possibilidade de calcular o quanto o seu dinheiro vai render de juros.
Existem diversas opções para quem pretende investir em renda fixa. Contudo, é importante ficar de olho nas taxas, tanto de rendimento quanto da cobrada pela corretora. Outro tipo de desconto que o seu investimento pode ter é o do imposto de renda.
Portanto, para investir em renda fixa, ou seja, emprestar o seu dinheiro para instituições financeiras ou até mesmo o Governo, é importante pesquisar bastante e decidir qual investimento se encaixa com o seu perfil de investidor, metas e objetivos.
O que é e como funciona a renda fixa?
Renda fixa é uma categoria de investimentos, onde o investidor sabe como será a sua rentabilidade. Isso significa que a renda fixa é o oposto da renda variável, onde não existe garantia de lucro e as chances de prejuízo são grandes.
Além disso, os ativos costumam contar com algum tipo de proteção, por isso, são investimentos menos arriscados. Apesar disso, eles ainda contam com um certo nível de risco, já que não existe nenhum investimento que seja completamente sem riscos.
O investimento em renda fixa é, normalmente, o mais procurado pelas pessoas que estão começando a investir. Isso porque a renda fixa têm ativos com risco mais baixo, que exigem um baixo investimento e que são fáceis de investir e acompanhar.
No geral, os títulos de renda fixa funcionam como uma espécie de empréstimo do seu dinheiro para o emissor do título. Em troca, você recebe uma taxa de juros.
Tipos de renda fixa
Existem várias opções de títulos de renda fixa, que podem ser divididos entre títulos públicos e privados:
Títulos públicos
Os títulos públicos são representados pelo Tesouro Direto, que é um tipo de título emitido pelo governo para captar recursos. Este é um dos investimentos de renda fixa mais seguros, já que conta com a garantia do governo. Existem alguns tipos de títulos do Tesouro Direto:
1. Tesouro Selic
O Tesouro Selic remunera de acordo com a taxa Selic. Dessa forma, este é um tipo de título pós-fixado, cuja remuneração varia segundo as variações da Selic. A Selic é definida a cada 45 dias pelo Copom, de acordo com a situação econômica do país.
2. Tesouro prefixado
Como o próprio nome indica, o Tesouro Prefixado tem uma taxa fixa de juros. Ou seja, a remuneração é a mesma desde a aplicação até o vencimento. A vantagem disso é a previsibilidade, pois você sabe exatamente o quanto a sua aplicação vai render.
3. Tesouro IPCA+
Por fim, o Tesouro IPCA+ é um título híbrido que remunera uma taxa de juros fixa mais a variação do IPCA. A grande vantagem disso é que você tem sempre um ganho acima da inflação, ou seja, um ganho real com o investimento.
Títulos privados
Os títulos privados são títulos emitidos por bancos ou empresas. Alguns exemplos disso são:
1. CDB
A sigla CDB significa Certificado de Depósito Bancário. Este é um tipo de título emitido por bancos com o intuito de captar recursos para as suas atividades como, por exemplo, empréstimos para os clientes.
Nesse sentido, ao investir em um CDB, você está emprestando dinheiro para o banco em troca de uma taxa de juros. Uma das vantagens dos CDBs é que eles contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que devolve até R$ 250 mil por CPF e instituição em caso de calote.
2. LCI/LCA
A sigla LCI significa Letra de Crédito Imobiliário e LCA é a Letra de Crédito Agropecuário. Ambas são emitidas por bancos e seu funcionamento é similar aos CDBs.
A diferença é que os recursos captados por CDBs vão para atividades do banco no geral, enquanto os recursos captados com as LCIs e LCAs são destinados exclusivamente para os setores imobiliário e do agronegócio, respectivamente.
Além disso, as LCIs e LCAs contam com isenção de Imposto de Renda, pois os recursos são destinados para setores que o governo deseja incentivar.
3. Debêntures
As debêntures são títulos de renda fixa emitidos por empresas com objetivo de financiar projetos ou pagar dívidas. A rentabilidade dessa modalidade costuma ser bastante atrativa. Entretanto, ela tem uma porcentagem de risco, uma vez em que não é protegida pelo FGC.
4. CRI/CRA
Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e do Agronegócio (CRA) são uma opção de renda fixa com um pouco mais de risco do que as alternativas anteriores. Isso porque as CRIs e CRAs não contam com a proteção do FGC.
A vantagem é que elas são isentas de IR, então o retorno pode ser mais alto já que não é preciso descontar uma porcentagem de imposto.
5. Letra de câmbio
A Letra de Câmbio (LC) se parece com os CDBs, inclusive na questão da rentabilidade. Mas elas são emitidas por financeiras e não por bancos. Apesar disso, elas também contam com a proteção do FGC e oferecem bons retornos.
6. Fundos de renda fixa
Os fundos de investimento, no geral, funcionam como uma reunião de investidores com foco na aplicação em um setor ou ativo em específico. Sendo assim, existem vários tipos de fundos, de acordo com o tipo de ativo que compõem a sua carteira.
Os fundos de renda fixa, em específico, aplicam em títulos de renda fixa públicos e privados. Uma das vantagens dos fundos é a praticidade, pois o gestor fica responsável por fazer os investimentos. A desvantagem são as taxas que corroem parte da rentabilidade.
Rentabilidade da renda fixa
A rentabilidade dos ativos de renda fixa podem ser: pós-fixados, prefixados ou híbridos. Os títulos pós-fixados estão ligados à taxa Selic ou ao CDI. Dessa forma, o emissor paga um percentual do índice. Esse percentual varia, mas pode ser 90%, 100% ou mais.
Por exemplo, se o CDI estiver em 6% e você escolher uma opção de investimento que paga 100% do CDI, logo, o seu dinheiro vai render 6% de juros. Entretanto, esses indicadores sofrem oscilações, pois não são fixos. Portanto, a rentabilidade também varia.
Ou seja, é possível fazer o cálculo apenas de uma projeção, mas não ter certeza do valor. Por outro lado, quando as taxas de juros estão subindo, investir em pós fixado pode ser uma maneira de ter maior rentabilidade.
Já os títulos prefixados mantêm uma mesma taxa de rendimento durante todo o período em que o dinheiro fica investido. Em outras palavras, independente das variações de mercado, a porcentagem inicial vai ser a mesma até o fim.
São ótimos para saber o quanto de rentabilidade você terá ao final do período. Se você acredita que a economia vai manter os juros baixos, ou que terá muitas oscilações no decorrer do ano, essa é a opção mais segura para não sofrer com as oscilações do mercado.
Por fim, os títulos híbridos são compostos por uma parte fixa e outra variável. Dessa maneira, você tem uma porcentagem base de ganhos e pode ganhar mais se a taxa variável subir.
Quais são as vantagens da renda fixa?
A grande vantagem da renda fixa é a segurança. É claro que não existe um investimento que seja 100% livre de risco. Mas a renda fixa conta com opções bem seguras que possuem garantia do FGC. Sendo assim, para quem tem medo de investir, os títulos de renda fixa são uma ótima opção.
Além disso, eles têm a vantagem de serem acessíveis. Algumas opções como, por exemplo, o Tesouro Direto, exige uma aplicação inicial bem baixa. Sendo assim, quem está começando a investir ou quem não tem muito dinheiro para aplicar, consegue investir nele.
Outra vantagem é que existem várias opções de renda fixa e, portanto, você consegue montar uma carteira bem diversificada com as opções disponíveis. E consegue fazer essa diversificação sem precisar investir valores muito altos.
A rentabilidade também é uma vantagem. É claro que como são ativos que priorizam a segurança, a rentabilidade não é tão alta quanto os ativos mais arriscados. Mas mesmo assim, os retornos são bem atrativos e são bem mais altos do que os da poupança.
E as desvantagens?
Eu disse que a rentabilidade da renda fixa é uma vantagem. De fato, se comparada com a poupança, é uma grande vantagem. Mas se comparado com aplicações de renda variável, o retorno costuma ser mais baixo.
Outra desvantagem é que alguns títulos de renda fixa possuem prazo de carência, sendo assim, não é possível fazer o resgate no momento que desejar.
Por fim, existe ainda o risco relacionado ao FGC. O Fundo Garantidor de Créditos devolve até R$ 250 mil ao investidor caso ele receba um calote da empresa emissora do título. Ou seja, se você investir um valor maior do que este, ficará no prejuízo.
Vale a pena investir em renda fixa?
Sim. Os títulos de renda fixa são uma ótima opção para quem quer ter um retorno maior do que a poupança e não gosta de correr riscos. Inclusive, para quem não sabe, a poupança também é protegida pelo FGC, a mesma instituição que protege várias aplicações de renda fixa.
Portanto, o risco de alguns ativos de renda fixa é o mesmo da poupança, mas o retorno é bem maior. A renda fixa também pode ser vantajosa para quem gosta de correr um pouco mais de risco, mas quer deixar parte do seu patrimônio em ativos mais seguros.
Por fim, agora que você conhece as vantagens e desvantagens da renda fixa, assista ao vídeo de Raul Sena, o Investidor Sardinha, e aprenda mais sobre esse tipo de investimento:
Agora que você sabe o que é Renda Fixa e como investir, saiba também Como o dinheiro é feito? Processo, moedas e como identificar nota falsa
Fontes: Toro investimentos, Blog rico e Infomoney