Tipos de renda fixa – Vantagens, desvantagens, opções e como escolher


Os ativos de renda fixa são aplicações que passam por poucas oscilações e possuem poucos riscos para os investidores que mantiverem os títulos até o vencimento.

De maneira geral, os títulos de renda fixa funcionam como uma espécie de empréstimo do investidor para a instituição emissora do ativo, em troca de uma taxa de juros.

A vantagem dos ativos de renda fixa é que boa parte deles possuem a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que também é responsável pela segurança da poupança.

O que é renda fixa?

A renda fixa é uma categoria de investimento onde as regras de rendimento são conhecidas no momento da aplicação. Dessa maneira, o investidor consegue prever qual será o retorno obtido antes de realizar a aplicação.

O nome renda fixa passa a impressão de que os ativos não oscilam. Porém, a verdade é que alguns tipos de títulos passam por oscilações diárias devido à marcação a mercado.

Tipos de renda fixa - Vantagens, desvantagens, opções e como escolher

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Contudo, os ativos de renda fixa são bem mais seguros e estáveis do que os ativos de renda variável.

Devido à segurança e estabilidade, os diferentes tipos de aplicações em renda fixa são escolhidos sobretudo por investidores de perfil conservador. Enfim, o rendimento dos ativos de renda fixa podem ser de três maneiras diferentes:

  • Prefixada: Nesse tipo de aplicação a taxa de juros é previamente definida e permanece a mesma até o vencimento do título. 
  • Pós-fixados: Nos títulos pós-fixados o rendimento é equivalente à variação de um indicador como, por exemplo, o CDI ou a Selic. Um exemplo de título pós-fixado é o Tesouro Selic, que remunera a Selic do período. 
  • Híbrido: Os títulos híbridos são aqueles que possuem parte da rentabilidade prefixada e outra parte que varia. Por exemplo, o Tesouro IPCA + remunera o IPCA e uma taxa de juros previamente determinada.

Vantagens e desvantagens da renda fixa

Em comparação com a poupança, os ativos de renda fixa possuem um rendimento muito mais vantajoso. Sendo que alguns desses ativos possuem a mesma segurança do que a poupança.

Isso porque, tanto a poupança quanto ativos como CDB, LCI e LCA possuem a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que devolve até R$ 250 mil por CPF e instituição, em caso de calote.

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Outra vantagem é que as aplicações são bastante acessíveis. Por exemplo, os títulos do tesouro direto exigem o investimento inicial de apenas R$ 30,00.

Além disso, boa parte dos ativos de renda fixa possuem alta liquidez, o que permite que os investidores resgatem o investimento quando desejarem. 

Por outro lado, o investidor deve tomar cuidado com os custos da aplicação. A maioria das corretoras já zeraram as taxas para investir em renda fixa. Contudo, existem custos que devem ser considerados, como taxa de custódia, Imposto de Renda e IOF

Outra desvantagem é que alguns ativos possuem um prazo de carência longo. Sendo assim, o investidor fica impossibilitado de fazer o resgate em determinado período. Existe ainda a desvantagem de que a instituição emissora do título pode falir e alguns tipos de renda fixa não possuem a proteção do FGC. 

Quais são os tipos de ativos de renda fixa

Os principais tipos de ativos de renda fixa são:

1- Tesouro direto

O tesouro direto é um programa criado pelo Tesouro Nacional em parceria com a BM&FBovespa, em 2002.

Ao investir nesses títulos, o investidor está emprestando dinheiro para o governo e contribuindo com a dívida pública brasileira. Esses são considerados os títulos mais seguros do mercado, já que contam com a garantia do governo. Enfim, os títulos podem ser:

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  • Tesouro Selic: Esse título rende o equivalente à variação da Selic no período. A Selic é definida a cada 45 dias pelo COPOM.
  • Tesouro prefixado: Rende a taxa previamente estipulada. Essa taxa é definida tendo como base a expectativa do mercado e da inflação.
  • Tesouro IPCA+: Esse é um título híbrido que remunera a inflação do período e uma taxa previamente determinada. A vantagem desse ativo é que ele garante o ganho real para o investidor.

2- CDBs

Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são ativos de renda fixa emitidos por bancos que objetivam arrecadar recursos para a realização das suas atividades.

Desse modo, ao investir em CDBs, o investidor empresta dinheiro para o banco por determinada taxa de juros e o banco posteriormente empresta esse dinheiro para os clientes por uma taxa de juros bem mais alta.

A vantagem desses títulos é que eles proporcionam um rendimento superior aos títulos do tesouro direto. Sendo que os bancos menores oferecem uma taxa de juros mais alta do que os grandes bancos, já que possuem maior risco de quebrar. Apesar do risco de falência, todos os CDBs contam com a garantia do FGC, sendo assim, o investidor está protegido.

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3- LCIs e LCAs

As Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e  do Agronegócio (LCAs) são títulos emitidos por bancos. O funcionamento desses títulos é bastante parecido com os CDBs, mas possuem duas diferenças: 1º o dinheiro deve ser obrigatoriamente destinado para os setores imobiliário e do agronegócio e 2º elas são isentas de IR.

4- Debêntures

A debêntures são ativos de renda fixa emitidos por empresas, geralmente com a intenção de financiar projetos de crescimento e expansão. A vantagem das debêntures é que elas podem proporcionar um rendimento bem interessante para o investidor.

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A desvantagem é que elas não contam com a proteção do FGC. Dessa forma, se o investidor levar um calote da empresa emissora ele fica no prejuízo. Por isso é extremamente importante verificar a solidez da empresa antes de investir em debêntures.

5- LCs

As letras de câmbio (LCs) são bem parecidas com os CDBs, porém são emitidas por financeiras e não por bancos. Isso significa que elas são mais arriscadas, já que é mais fácil uma financeira quebrar do que um banco. No entanto, elas também contam com a proteção do FGC e devido ao risco, elas oferecem um retorno mais alto.

6- CRIs e CRAs

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e do Agronegócio (CRAs) são similares às LCIs e LCAs. A diferença é que elas são emitidas diretamente pelas empresas, sem o envolvimento dos bancos. Outra diferença é que elas não possuem a proteção do FGC.

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7- Fundos

Por fim, temos ainda os Fundos de DI e os Exchange Traded Funds (ETFs). Os fundos de DI aplicam majoritariamente em ativos de renda fixa e normalmente possuem liquidez diária. Já os ETFs possuem gestão passiva e replicam um índice.

Como escolher o melhor ativo de renda fixa?

A escolha do melhor ativo de renda fixa vai depender do seu perfil de investidor e objetivos. Apesar dos ativos de renda fixa no geral serem escolhidos por investidores conservadores, existem ativos mais arriscados como as debêntures, CRIs e CRAs que não são recomendados para todos os investidores conservadores, pois não possuem garantia do FGC.

Os objetivos devem ser considerados, pois os ativos de renda fixa possuem diferentes formas de remuneração e tempo de aplicação. Por exemplo, se você estiver investindo para a realização de um objetivo de longo prazo, o Tesouro IPCA+ pode ser uma boa escolha, já que ele possui prazos longos e deve ser mantido até o vencimento.

Após definir quais ativos se encaixam com seu perfil e objetivos, é preciso pesquisar a fundo sobre o funcionamento desses ativos. Por fim, basta fazer uma transferência para a sua corretora e investir.

Você sabia que alguns tipos de renda fixa podem render mais do que ações? Veja o vídeo de Raul Sena e descubra quais são:

Agora que você conhece os tipos de renda fixa, descubra o que são os Fundos referenciados, o que são? Como funcionam, prós e contras

Fontes: Magnetis, Infomoney e Capital research

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