Entender a taxa de retorno é essencial para quem investe e gosta de acompanhar o desempenho dos investimentos. Saiba mais sobre ela!
1 de julho de 2025 - por Diogo Silva
Taxa de retorno é um dos mais importantes indicativos quando o desejo é avaliar o investimento, se ele está dando bons retornos ou não. Isso porque ela fornece os dados sólidos a respeito disso, oferecendo uma perspectiva tangível da valorização ou desvalorização com o passar do tempo.
Logo, entender essa dinâmica é fundamental para qualquer investidor que deseja tomar decisões com base no mercado financeiro. Diante disso, trouxemos uma explicação completa sobre o assunto. Confira.
Veja também: 5 investimentos que PARECEM bons, mas na verdade são podres
O que é taxa de retorno?
A Taxa de retorno, que também é conhecida como taxa interna de retorno (TIR), é um indicador essencial na avaliação do desempenho e rentabilidade de um investimento. Ela representa a porcentagem de lucro ou perda obtida em relação ao capital investido em certo período de tempo.
É muito útil para pedir o que chamamos de custo de oportunidade de um investimento. Explicando melhor, a taxa de retorno mede o sucesso financeiro de uma aplicação, uma vez que permite aos investidores analistas avaliarem o investimento e como está performando.
Sendo assim, trata-se de um indicador usado para avaliar esse equilíbrio. Investimentos com retornos altos costumam envolver maior risco. Logo, a taxa de retorno é a ferramenta perfeita para entender essa dinâmica.
Exemplo de taxa de retorno
Como exemplo, imagine uma empresa que fez R$ 10.000,00 em investimentos num projeto e, no final, obteve um retorno de R$ 12.000,00. Para fazer o calculo da taxa de retorno, usa-se a fórmula:
Taxa de retorno = 12.000 – 10.000 / 10.000 x 100.
Isso aponta que o investimento gerou um retorno de 20% sobre o capital inicial.
Tipos de taxa de retorno
1. Retorno Nominal Bruto
Esse é o retorno mais simples de todos. Ele mostra quanto seu investimento cresceu em termos absolutos, sem descontar nada. É como olhar para o saldo final da aplicação e compará-lo com o valor que você investiu no início.
Por exemplo, se você aplicou R$ 10.000 e depois de um ano tem R$ 11.000, o seu retorno nominal bruto foi de 10%. Mas atenção: ele não leva em conta nenhuma taxa, imposto ou inflação.
Ou seja, é o valor no papel, aquele que parece bonito à primeira vista, mas que ainda precisa ser limpo para saber o quanto realmente sobrou pra você.
2. Retorno Nominal Líquido
Agora a gente entra na parte em que a realidade bate à porta. O retorno nominal líquido mostra o quanto você realmente ganhou depois que o governo e a corretora pegaram a parte deles, ou seja, depois de descontar imposto de renda, IOF, taxa de administração, custódia, essas coisas.
Voltando ao exemplo: você tinha R$ 10 mil, ganhou R$ 1.000, mas depois de todos os descontos, ficou com R$ 850 de lucro. Nesse caso, seu retorno nominal líquido é de 8,5%. Ainda é um bom resultado, mas já dá pra perceber que o valor limpo é menor do que o que apareceu inicialmente.
3. Retorno Real Líquido
Agora sim, estamos falando do ganho verdadeiro. O retorno real líquido é aquele que mostra se o seu dinheiro passou a valer mais de verdade, ou seja, se hoje você consegue comprar mais coisas do que comprava antes com ele.
Isso porque ele leva em conta tudo: as taxas, os impostos e a inflação. Porque, vamos ser honestos, se seu investimento rendeu 8%, mas a inflação no período foi de 6%, seu lucro real foi bem pequeno.
No fim das contas, o que importa é saber se o seu dinheiro cresceu de verdade, no sentido de te dar mais poder de compra, e não só em números na tela.
Fatores que influenciam a taxa de retorno
1. Risco do investimento
Ativos mais arriscados podem, sim, oferecer retornos um pouco mais elevados. No entanto, também estão sujeitos a perdas significativas.
2. Prazo do investimento
Os investimentos a longo prazo tendem a ser mais suscetíveis a variação do mercado. Enquanto isso, os de curto prazo podem ser impactados por volatilidade e custos de transação.
3. Condições de mercado
As mudanças nas taxas de juros, flutuações cambiais, instabilidade política e outros eventos macroeconômicos podem causar impacto direto na rentabilidade dos investimentos.
4. Desempenho da gestão de ativos
As empresas com boa administração e fundos geridos de forma eficiente possuem maior probabilidade de oferecer retornos sólidos.
5. Diversificação da carteira
Após distribuir os investimentos em diferentes classes de ativos e setores, é possível reduzir a exposição à flutuações específicas do mercado, o que contribui para uma carteira mais equilibrada.
Confira também: Como começar a investir o seu dinheiro: Guia de investimento para iniciantes
Como calcular a taxa de retorno?
Calcular a taxa de retorno é basicamente entender quanto seu dinheiro rendeu num investimento. É como comparar o valor que você colocou no começo com o quanto você tem no final.
Se investiu R$ 1.000 e terminou com R$ 1.200, você ganhou R$ 200. Pra saber a taxa de retorno, basta dividir esse lucro (R$ 200) pelo valor investido (R$ 1.000) e transformar em porcentagem. Nesse caso, deu 20% de retorno.
Se você terminou com menos do que investiu, o cálculo é o mesmo, mas o resultado será negativo, mostrando um prejuízo.
Só que, na prática, o número que realmente importa é o que sobra no seu bolso. Por isso, o ideal é calcular o retorno líquido, já descontando impostos e taxas.
E se quiser saber se o dinheiro realmente cresceu em valor, precisa considerar também a inflação, aí você chega ao retorno real líquido, que mostra o ganho verdadeiro do seu poder de compra.
Vantagens da Taxa de Retorno
A taxa de retorno é muito útil porque mostra, de forma clara e simples, quanto seu dinheiro cresceu em um investimento.
Ela não se baseia só no valor final que você tem, mas compara esse valor com o que você investiu no começo, transformando esse resultado em porcentagem.
Isso facilita muito na hora de comparar diferentes investimentos, porque você consegue ver qual rendeu mais, mesmo que tenham prazos e valores diferentes.
Além disso, acompanhar a taxa de retorno ao longo do tempo ajuda você a entender se seu investimento está rendendo bem ou se precisa de algum ajuste.
E o mais importante, quando você calcula a taxa já considerando taxas, impostos e inflação, ela mostra o quanto seu dinheiro cresceu de verdade, no seu poder de compra, não só números no papel.
Dicas para melhorar a taxa de retorno
Se você quer melhorar o retorno dos seus investimentos, tem umas coisas que podem ajudar bastante. Primeiro, não fica colocando todo o seu dinheiro numa só aplicação.
Espalhar seu dinheiro em vários lugares diferentes ajuda a diminuir o risco e aumenta suas chances de ganhar mais, porque se um investimento não vai bem, os outros podem compensar.
Outra coisa importante é pensar no longo prazo. Quanto mais tempo seu dinheiro ficar aplicado, mais ele vai crescer, principalmente por causa dos juros compostos, que meio que fazem seu dinheiro “trabalhar para você” e crescer sozinho.
Também é bom ficar de olho nas taxas e impostos. Às vezes um investimento parece muito bom, mas quando você vê as taxas que cobram, acaba sobrando menos do que você esperava.
Então, sempre vale a pena buscar opções que cobrem menos. E não esquece de dar uma revisada nos seus investimentos de vez em quando.
O mercado muda, suas prioridades mudam, e assim você consegue ajustar o que for preciso para aproveitar melhor as oportunidades e evitar perder dinheiro à toa.
Outra coisa que faz diferença é entender direitinho onde você está investindo. Saber o que está por trás daquele investimento, o risco que ele tem, e o que esperar dele ajuda a fazer escolhas mais seguras.
E, claro, tentar sempre investir em coisas que rendem mais do que a inflação, pra garantir que seu dinheiro vai valer mais de verdade, no seu dia a dia.
Importância da taxa de retorno nos investimentos
Como ficou bem claro ao longo do texto, a taxa de retorno é importante porque ela te ajuda a entender, de forma clara, se o seu dinheiro está realmente valendo a pena onde está.
Sabe quando você investe e fica naquela dúvida se está indo bem ou não? A taxa de retorno responde isso pra você. Ela mostra, com sinceridade, se o investimento está rendendo o suficiente pra te aproximar dos seus planos, seja guardar pra uma viagem, dar entrada num imóvel ou se preparar pra aposentadoria.
Mais do que mostrar lucro, ela coloca as coisas em perspectiva. Às vezes o valor final parece alto, mas quando você olha a taxa de retorno e considera o tempo que o dinheiro ficou aplicado, as taxas, os impostos e até a inflação, percebe que o ganho real não foi lá essas coisas.
Ou o contrário, acha que o investimento foi simples, mas descobre que ele rendeu super bem pelo pouco risco que tinha.
Ela também te ajuda a tomar decisões com mais consciência. Em vez de seguir modinha ou dica aleatória, você olha os números com calma e pensa: “isso aqui tá me levando onde eu quero chegar?”.
Acompanhar a taxa de retorno é um jeito de cuidar do seu dinheiro com mais atenção, sem precisar virar especialista. É só se dar esse momento de olhar com carinho para o que você construiu, e fazer escolhas mais certeiras daqui pra frente.
Leia também: Taxa de câmbio nominal: o que é e como funciona?
Fontes: Empiricus; H4 Money; Prosegur; Suno