3 investimentos de baixo risco para quem quer tirar dinheiro do Brasil

Está em busca de investimentos fora do Brasil, mas não sabe quais as melhores opções? Confira aqui como você pode começar!

1 de julho de 2025 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)


Nos últimos tempos, cada vez mais brasileiros têm pensado em tirar parte dos investimentos do país e buscar oportunidades fora. Mas, ao se deparar com o mercado internacional, especialmente o americano, a reação comum é: por onde começar?

Marcas conhecidas como Coca-Cola ou McDonald’s aparecem ao lado de outras que você nunca ouviu falar. Surge a dúvida: será que vale mesmo a pena investir fora do Brasil? E mais: em que momento faz sentido essa diversificação? E é sobre isso que vamos falar hoje!

Veja também: Diversificação e pulverização: qual a diferença?

Diversificar Globalmente

Particularmente, acredito que a maior parte dos investidores deveria ter uma parte da carteira globalizada.

No entanto, se você está começando com R$ 5.000 ou R$ 10.000, enviar dinheiro para fora pode causar mais dor de cabeça do que benefício. Você vai pagar spread, IOF, taxas bancárias, enfrentar burocracia na declaração do Imposto de Renda e ainda corre o risco de ter o CPF bloqueado se fizer algo errado.

Além disso, pequenas quantias perdem muito com a oscilação cambial e custos de transação. Em contrapartida, o investidor pequeno no Brasil tem, hoje, um verdadeiro paraíso na renda fixa. Com a Selic alta, o retorno garantido em títulos públicos e CDBs é muito competitivo. Ou seja, investir fora por investir, ignorando o cenário local, pode ser um erro.

Faz sentido investir em dólar?

Agora, se você já tem mais de R$100 mil investido, vale a pena considerar a internacionalização da sua carteira. A economia americana é mais estável, a moeda mais forte e os dados históricos mostram que no longo prazo, o mercado americano tem tido o melhor desempenho.

O maior erro de quem começa é sair comprando ações aleatoriamente, baseado em gosto pessoal, isso não é estratégia, é aposta.

Investir em ETFs

Se você ainda não tem experiência e quer começar a investir fora do Brasil, prefira ETFs: fundos que reúnem diversas ações em uma só cota. Com isso, você diversifica com pouco dinheiro e muito menos risco.

Para quem está começando, ETF é o caminho mais seguro. Você se expõe ao mercado todo, com menos volatilidade e mais facilidade na hora de declarar.

IVV: o mais popular

O IVV é um ETF que replica o índice S&P 500, ou seja, é composto pelas 500 maiores empresas dos EUA. Ele oferece exposição direta a empresas como Apple, Microsoft, Amazon, Google, Tesla, Nvidia, McDonald‘s e Coca-Cola.

Sua rentabilidade histórica é sólida: cerca de 12,5% ao ano em dólar nos últimos 10 anos. A taxa de administração é extremamente baixa, apenas 0,03% ao ano. Os dividendos são pagos trimestralmente, com um yield médio de 1,3% ao ano. É um ETF com altíssima liquidez e ideal para quem quer exposição ampla ao mercado americano.

VT: exposição global em um único ETF

O VT (Vanguard Total World Stock ETF) é um fundo que investe em ações do mundo inteiro, EUA, Europa, Japão, China e até o Brasil.

Aproximadamente 58% da carteira está nos EUA e o restante é distribuído entre outros países. A rentabilidade média dos últimos 10 anos foi de cerca de 9% ao ano, com taxa de administração de 0,06% ao ano. Os dividendos são pagos trimestralmente, com yield médio de 1,9%. É uma ótima opção para quem quer diversificação global automática, com uma única posição.

AGG: renda fixa em dólar

O AGG (iShares Core U.S. Aggregate Bond ETF) é voltado para quem quer exposição à renda fixa americana. Ele investe em títulos do Tesouro dos EUA, títulos corporativos e hipotecários de alta qualidade. Nos últimos 10 anos ele teve uma rentabilidade média de 1,4% ao ano em dólar, com taxa de administração de 0,03% ao ano.

Os dividendos são pagos mensalmente e o yield gira em torno de 4,3% ao ano. Apesar de ser renda fixa, sofre com a marcação a mercado. Em 2022, por exemplo, caiu mais de 13%. No entanto, ainda assim, é uma opção sólida para proteger parte do patrimônio no exterior.

Vale a pena enviar valores pequenos?

Mandar dinheiro em quantias muito baixas pode não ser eficiente. Isso porque o IOF e o spread vão consumir uma parte relevante do capital, além do trabalho de fazer declaração, conversão, câmbio e envio.

Se você ainda não tem um patrimônio relevante em reais (acima de R$ 100 mil, por exemplo), talvez seja melhor acumular aqui no Brasil, aproveitar a renda fixa com juros altos, e só depois partir para a diversificação internacional.

Mas, com essas opções que apresentei aqui, você já tem um excelente ponto de partida! Quer entender melhor sobre esse investimentos de baixo risco? Então, assista ao vídeo completo!

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