Déficit público: o que é, quais são os tipos e impactos na economia

Neste texto, vamos explorar em detalhes o que é o déficit público, quais são seus tipos e quais os efeitos que ele pode causar na economia. Continue lendo para descobrir mais!

27 de setembro de 2024 - por Nathalia Lourenço


O déficit público é um conceito fundamental na economia, pois refere-se à situação em que as despesas de um governo superam suas receitas em um determinado período. Essa discrepância leva a diferentes tipos de déficits, como o primário, operacional e nominal, cada um com suas próprias características.

Além disso, o déficit público causa impactos significativos na economia de um país, afetando a dívida, as taxas de juros e a qualidade de vida da população.

Neste texto, vamos explorar em detalhes o que é o déficit público, quais são seus tipos e quais os efeitos que ele pode causar na economia. Continue lendo para descobrir mais!

O que é déficit público?

O déficit público acontece quando as despesas de um governo são maiores que suas receitas. Isso força o governo a pedir empréstimos ou a emitir títulos para equilibrar as contas. Esse problema surge de gastos irresponsáveis, como salários, programas sociais e obras, que, se mal planejados, geram um saldo negativo.

Além disso, medimos o déficit como uma porcentagem do PIB. Isso mostra como a arrecadação se compara às obrigações financeiras. Assim, o déficit indica que a receita não cobre as despesas em um período específico, enquanto o superávit é o oposto. Por fim, o déficit não é apenas uma preocupação econômica; ele também afeta a saúde financeira de organizações e administrações públicas de várias formas.

Quais são os tipos de déficit público?

1) Déficit Primário

Considera apenas as despesas primárias, sem incluir os juros da dívida. Ele mostra a diferença entre o que o governo gastou e arrecadou.

2) Déficit Operacional

Inclui as despesas primárias e os juros, mas não considera a correção monetária. Isso reflete a necessidade de financiamento do setor público.

3) Déficit Nominal

Este é o cálculo mais completo. Ele inclui todas as despesas, os juros e a correção monetária, mostrando a diferença real entre gastos e receitas.

Além desses, existem outros déficits, como o déficit previdenciário, onde os benefícios da Previdência superam as contribuições, e o déficit comercial, que ocorre quando as importações superam as exportações, levando a um saldo negativo na balança comercial.

Esses déficits impactam a confiança de investidores estrangeiros e podem afetar as exportações e a saúde financeira do país.

Como calcular o déficit público?

O déficit público é expresso como um percentual do PIB, o que facilita a comparação da situação financeira de um país em diferentes momentos. Para calcular o déficit público, você pode usar a seguinte fórmula:

Déficit Público = Resultado Primário + Variação Patrimonial + Variação Monetária – Serviço da Dívida.

Agora, vamos entender melhor cada um desses componentes:

  1. Resultado Primário: Primeiramente, este item refere-se à diferença entre os gastos públicos e as receitas arrecadadas. Assim, ele oferece uma visão clara do desempenho fiscal.
  2. Variação Patrimonial: Em seguida, você considera o montante gerado pela compra e venda de ativos do governo, como bens e imóveis. Portanto, essa variação também influencia o patrimônio total do Estado.
  3. Variação Monetária: Depois, esse componente se refere ao aumento ou diminuição da quantidade de moeda em circulação, o que, por sua vez, impacta diretamente a inflação e a estabilidade econômica.
  4. Serviço da Dívida: Finalmente, este item envolve os pagamentos feitos para quitar a dívida interna e externa do país. Dessa forma, ele é essencial para entender a pressão sobre as finanças públicas.

Em resumo, as pessoas geralmente veem o déficit público de forma negativa, pois ele pode indicar falta de responsabilidade fiscal e dificuldades na gestão financeira do governo.

Portanto, é importante que os gestores públicos monitorem e administrem esse déficit com cuidado. Além disso, um déficit controlado pode contribuir para a estabilidade econômica a longo prazo.

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Quais são os impactos do déficit público?

Os impactos do déficit público podem ser significativos e variados, afetando tanto a economia quanto a sociedade. Aqui estão alguns dos principais efeitos:

1. Aumento da Dívida Pública

Primeiramente, um déficit persistente leva ao acúmulo de dívida, pois o governo precisa financiar suas operações por meio de empréstimos.

2. Taxas de Juros Mais Altas

Além disso, para atrair investidores, o governo pode precisar oferecer taxas de juros mais altas, o que torna o crédito mais caro para empresas e consumidores.

3. Inflação

Em seguida, o aumento da oferta de moeda para financiar o déficit pode gerar pressão inflacionária, impactando o poder de compra da população.

4. Corte de Gastos Públicos

Para equilibrar as contas, o governo pode ser forçado a reduzir investimentos em serviços essenciais, como saúde, educação e infraestrutura.

5. Impacto na Confiança do Investidor

Além do mais, um déficit elevado pode desestimular investimentos estrangeiros, pois os investidores podem vê-lo como um sinal de instabilidade econômica.

6. Desvalorização da Moeda

Um déficit crônico pode, por sua vez, levar à desvalorização da moeda, encarecendo as importações e afetando o comércio exterior.

7. Aumento da Carga Tributária

Para cobrir o déficit, o governo pode, portanto, aumentar impostos, o que impacta o consumo e o crescimento econômico.

8. Desigualdade Social

Além disso, os cortes em gastos públicos podem afetar desproporcionalmente as populações mais vulneráveis, aumentando a desigualdade social.

9. Dificuldade em Implementar Políticas Públicas

Por fim, um governo com alto déficit pode encontrar menos margem para implementar novas políticas ou responder a crises econômicas.

Em resumo, o déficit público gera efeitos amplos e profundos, afetando não apenas a saúde financeira do governo, mas também a economia e a qualidade de vida da população.

Portanto, é crucial que os gestores públicos monitorem e administrem essa questão com responsabilidade.

Fontes: guru, warren e empiricus

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