Como funciona o empréstimo de criptomoedas?


Sobre o empréstimo de dinheiro por meio de bancos, com certeza você já ouviu falar. Mas você já ouviu falar sobre o empréstimo de criptomoedas?

Nas operações de empréstimos de criptos, você pode ser a pessoa que vai pegar os ativos emprestados ou pode ser aquela que vai emprestar os ativos.

No primeiro caso, você deve ter uma margem de garantia e pagar uma taxa de juros. No segundo caso, você obtém renda com ao emprestar suas criptos.

O que é empréstimo de criptomoedas?

As criptomoedas na carteira de uma pessoa podem passar por altos ou baixos. Seja como for, a pessoa não recebe nada por mantê-las em carteira.

O empréstimo de criptos é uma forma de obter renda com as suas moedas. Isso porque, ao emprestar suas moedas, você recebe juros por elas.

Isso é possível por causa da DeFi – Decentralized Finance. Ou em português, finanças descentralizadas.

Do ponto de vista da pessoa que deseja o empréstimo, a liberação do crédito é mais rápida e tem menos taxas do que os empréstimos tradicionais.

Como funciona o empréstimo de criptomoedas?

Por exemplo, é possível pegar dinheiro emprestado e deixar uma certa quantia de Bitcoins como garantia na plataforma.

Sendo que, se o preço do Bitcoin subir durante o empréstimo, você pode usar essa valorização para pagar o empréstimo.

A BlockFi e a Nexo são exemplos de plataformas norte-americanas que oferecem o serviço de empréstimo com criptomoedas como garantia.

No Brasil podemos citar a Rispar, a primeira startup brasileira a oferecer empréstimos com Bitcoin.

DeFi

A tecnologia blockchain carrega algumas promessas. Uma das principais é fazer com que os usuários de qualquer parte do mundo possam acessar as ferramentas usadas no mercado financeiro tradicional.

O conceito central para essa autonomia financeira é a DeFi. Por meio da DeFi, é possível fazer vários dos serviços oferecidos no mercado financeiro. Porém, isso é feito de forma descentralizada. 

A ideia é que a DeFi ofereça serviços por meio de contratos autônomos na blockchain. Esses contratos são termos pré-programados que se auto executam quando determinadas condições do acordo são cumpridas.

Como funciona o empréstimo de criptomoedas?

Como obter renda com empréstimo de criptomoedas?

Existem várias formas de obter renda com as criptomoedas. Uma das formas principais são os pools de empréstimos.

Neste caso, os usuários podem unir os seus ativos e fazer a sua distribuição para mutuários com regras previamente estabelecidas e programadas em contrato autônomo. 

Quando um mutuário quer pegar um empréstimo com um banco, ele deve oferecer um bem como garantia. Isso serve para assegurar ao banco que ele realmente vai pagar o empréstimo.

Logo, se a pessoa que pegou o empréstimo deixar de pagar, o banco terá o direito de pegar o bem como garantia. No sistema descentralizado essa garantia é feita de outra forma.

Afinal de contas, neste caso não é possível usar um bem físico como garantia. Sendo assim, o mutuário deve depositar um ativo com valor igual ao ativo que ele quer pegar emprestado.

Por exemplo, se você quer pegar 1 BTC emprestado, você deve depositar o preço atual do Bitcoin em DAI, por exemplo. Sendo que a DAI é uma stablecoin pareada com o dólar norte-americano.

Quando o empréstimo for finalizado e você precisa pagar o Bitcoin, vai ter uma taxa de juros relativos ao empréstimo e depois você vai receber de volta as DAIs que tinham sido depositadas como garantia.

Vale destacar que como as DAIs estavam bloqueadas no protocolo, o mutuário não consegue fazer a venda dessas criptos.

Variação

Uma desvantagem dos pools de empréstimos de criptos é a variação dos preços dos criptoativos.

Como os preços oscilam bastante, pode acontecer do preço do ativo dado como garantia cair e ficar abaixo do preço de ativo usado no empréstimo.

É por isso que algumas plataformas de empréstimos exigem uma garantia maior do que o ativo do empréstimo.

Por exemplo, a MakerDAO, uma das principais plataformas de empréstimos no setor de DeFi, exige uma garantia de ao menos 150% do valor do empréstimo.

Desse modo, se você quiser pegar 100 DAIs emprestado (US$ 100), você deve dar uma garantia de pelo menos US$ 150 em ETH.

Neste caso, se o preço da garantia cair abaixo dos US$ 150 em ETH, o empréstimo está sujeito a penalidade de liquidação.

É por isso que muitos usuários optam por depositar uma porcentagem maior, algo em torno de 200% do valor do empréstimo.

Se o preço do ativo dado como garantia começar a cair, o pool pode usar o seu “circuit-breaker” com o intuito de evitar a perda do dinheiro.

Por exemplo, se o preço cair abaixo de 120% do empréstimo, o pool pode começar a liquidar a garantia para cobrir o empréstimo. Logo, o mutuário é compensado pela perda, porém, ele não perde o ativo original.

Perfil de investidor

Apesar dessa ser a principal maneira de obter renda com criptos, se você optar por pools de empréstimos, pesquise sobre o pool que você vai entrar.

Isso porque, a forma de distribuir juros e as regras para a tomada de empréstimo podem variar de acordo com o pool.

Como funciona o empréstimo de criptomoedas?

Além disso, não deixe de analisar as características dessa operação e ver se ela se encaixa no seu perfil de investidor. O mercado de criptos é bastante arriscado e pode não ser condizente com o seu perfil.

Sendo que o mais recomendado é sempre aplicar em ativos de acordo com o seu perfil. Com isso você aumenta as suas chances de ter sucesso nos investimentos.

E aí, gostou de conhecer a possibilidade dos empréstimos com criptos? Então leia também sobre o Fim do Bitcoin: ainda vale a pena comprar essa criptomoeda?

Conte-nos a sua opinião...