Seguro de vida: o que é, como funciona, como contratar e vale a pena?

19 de outubro de 2020 - por Jaíne Jehniffer


O seguro de vida é um tipo de suporte financeiro para a família em caso de falência do titular do seguro. Em outras palavras, é uma espécie de proteção financeira. Desse modo, além de lidar com a dor da perda, a família não precisa se preocupar com os custos que a morte traz.

Apesar de ter como característica principal o suporte financeiro em caso de morte, o seguro de vida também pode contar com outros serviços inclusos, como o pagamento de despesas médicas e hospitalares.

Enfim, existem diversos tipos de seguros de vida que se encaixam em perfis diferentes. Portanto, o importante é analisar qual melhor se encaixa nos seus objetivos antes de contratar o serviço. Leia e se informe bem.

O que é seguro de vida

O seguro de vida é uma espécie de suporte financeiro para a família do titular em caso de morte acidental ou por doença. Ou seja, é uma indenização paga à família quando a pessoa que contratou o seguro vai à falência.

Dessa maneira, a principal característica de um seguro de vida é justamente a cobertura do risco de morte. Pode parecer um pouco mórbido pagar um seguro de vida, mas a morte raramente avisa quando está chegando e os custos para lidar com ela são altos.

Como funciona o seguro de vida

O seguro de vida é um contrato que assume o risco de morte do contratante. Desse modo, a pessoa que contrata o seguro passa a pagar mensalmente para que a seguradora assuma o seu risco de morte. Esse pagamento mensal é chamado de prêmio e varia segundo o seguro contratado.

Os seguros de vida podem ser individuais, quando a pessoa contrata diretamente o plano. Essa opção custa mais caro. A outra possibilidade são os seguros coletivos, onde uma empresa, ou sindicato, é a responsável pelas negociações. Essa opção costuma ser mais barata, mas pode não se encaixar completamente aos objetivos do contratante.

Caso o titular do seguro vá a falência, a seguradora paga para os beneficiários uma indenização. Os beneficiários são escolhidos no momento da assinatura do contrato de seguro. Porém, caso não seja indicado nenhum, são os dependentes legais quem recebem a indenização.

Na hora de acionar o seguro de vida, é preciso estar com a apólice de seguro, que é um documento com todas as informações sobre o serviço contratado.

Depois disso, basta entrar em contato com a seguradora. Os beneficiários podem entrar em contato até 3 anos após a morte do titular. Depois da entrega dos documentos, a indenização ocorre em até 30 dias.

A função principal do seguro de vida é ser um suporte financeiro em caso de morte. Porém, existem seguros com outros serviços inclusos, como, por exemplo, a invalidez.

Dessa maneira, caso ocorra a invalidez funcional ou laborativa, total ou parcial, tendo sido causada por acidente ou doença, a pessoa conta com um aporte financeiro.

Alguns outros serviços voltados para o ramo da saúde também podem ser cobertos pelo seguro de vida, como exemplo:

  • Diárias de internação hospitalar (DIH);
  • Doenças graves;
  • Despesas médicas, hospitalares e odontológicas (DMHO).

Para que serve um seguro de vida?

O principal objetivo do seguro de vida é garantir a segurança financeira da sua família. Em caso de falecimento, o seguro de vida pode ajudar a cobrir despesas como funeral, dívidas, e até mesmo manter o padrão de vida dos seus entes queridos.

Alguns seguros de vida também oferecem cobertura para despesas médicas e invalidez. Isso significa que, se você sofrer um acidente ou doença grave que o impeça de trabalhar, o seguro pode fornecer um suporte financeiro importante.

O seguro de vida também pode ser uma ferramenta eficaz no planejamento sucessório. Ele permite que você deixe um legado financeiro para seus herdeiros, ajudando a evitar conflitos e garantindo que seus desejos sejam respeitados.

Ter um seguro de vida proporciona tranquilidade, sabendo que seus entes queridos estarão protegidos financeiramente, independentemente do que acontecer. Assim, isso pode trazer uma grande paz de espírito tanto para você quanto para sua família.

Quais são os tipos de seguro de vida que existem?

Apesar da característica principal de ser um suporte financeiro em caso de morte, existem tipos diferentes de seguros de vida:

1) Tradicional

O modelo tradicional de seguro de vida é o de cobertura vitalícia. Portanto, o tradicional é válido enquanto o titular estiver vivo.

Uma característica importante dessa modalidade é que se o contratante deixar de pagar, o seguro é cancelado. Ou seja, a pessoa só tem a proteção se pagar mensalmente.

Esse tipo de seguro normalmente é mais barato, porém, caso o contratante decida parar de pagar, ele não consegue recuperar todo o dinheiro aplicadoaté então.

2) Resgatável

Como o próprio nome sugere, no seguro de vida resgatável, o titular pode resgatar uma parte do dinheiro aplicado até então. Para que o resgate seja feito, existe um prazo de carência que pode variar, mas, no geral, gira em torno de dois anos.

Esse tipo de seguro também é caracterizado por ser pago somente por um prazo estipulado, e não a vida toda. Logo, ao finalizar o período de pagamento, o titular continua a contar com o suporte financeiro em caso de morte (se ele não fizer o resgate), mas não precisa continuar pagando.

Outro detalhe é que esse plano costuma ser mais caro do que o tradicional, já que permite o resgate de parte do dinheiro.

Em resumo, caso o contratante precise do dinheiro para outros projetos ou queira desistir do plano, basta fazer o resgate. Mas atenção, o resgate é de uma porcentagem, não do valor total.

3) Temporário

O tipo de seguro de vida temporário é semelhante ao tradicional e não pode ser resgatado. O que o difere do tradicional é a sua duração. Justamente por ter um prazo temporário, ele custa mais barato do que o tradicional.

4) Acidentes pessoais

O seguro de vida de acidentes pessoais não pode ter seu valor resgatado e sua proteção cobre apenas morte por acidente e invalidez temporária.

Esse seguro, normalmente, é o contratado por profissionais autônomos, como os empreendedores. Isso porque, caso esses profissionais sofram algum acidente que os impossibilite de trabalhar, eles podem ficar sem uma fonte de renda.

Logo, o seguro é uma forma de se prevenir; então, caso fiquem sem renda, eles terão o aporte do seguro.

Como contratar um seguro de vida?

Como tudo na vida, a primeira questão que você deve responder é qual o seu objetivo. Pois, somente com um objetivo em mente é possível chegar a uma escolha acertada.

Como existem diversos tipos diferentes de seguro de vida, você deve se questionar qual o seu objetivo e encontrar o tipo de seguro que se encaixa.

Depois disso, você tem duas opções: contrata um corretor ou encontra o seguro sozinho. O corretor é o profissional responsável por comparar as opções e descobrir qual se encaixa com você.

Mas, caso você prefira encontrar um seguro de vida sozinho, existem diversas opções de seguradoras no mercado, o que você precisa é pesquisar bastante antes de escolher.

Vale a pena ter um seguro de vida?

A contratação de um seguro de vida é uma decisão individual. Alguns aspectos como o orçamento pessoal e histórico familiar devem ser levados em consideração.

O seguro de vida é destinado, principalmente, para as pessoas responsáveis pela renda principal de uma família. Isso porque, em caso de falência, os familiares podem ficar totalmente desamparados financeiramente.

Porém, se você for aderir ao seguro de vida, é importante encaixar essa nova despesano seu controle financeiro e ver qual o valor de seguro que melhor se encaixa em seu orçamento.

Afinal, os seguros de vida não são um investimento, na verdade, eles são considerados como uma despesa fixa.

Custos

Os valores dos seguros de vida variam conforme a seguradora e o perfil do titular. Alguns critérios são levados em consideração na definição desse perfil, como a idade, o estado de saúde e os vícios, como cigarro e bebidas alcoólicas.

O motivo disso é simples. Uma pessoa jovem, que pratica atividades físicas e tem uma boa saúde, corre menos riscos do que uma pessoa mais velha, fumante e sedentária.

Fontes: Mapfre, Infomoney, Azos, Serasa, Mag, Warren

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