16 de dezembro de 2025 - por Millena Santos
Quando falamos em investir, entender como o dinheiro cresce é bem importante, né? A capitalização simples e a capitalização composta, por exemplo, são dois métodos que ajudam você a visualizar esse crescimento.
Enquanto a capitalização simples calcula juros apenas sobre o valor inicial, a capitalização composta faz o dinheiro “trabalhar” sobre si mesmo, potencializando os ganhos ao longo do tempo.
Veja também: Título de capitalização: o que é, como funciona e vale a pena?
O que é capitalização simples?
A capitalização simples, também chamada de juros simples, é uma forma de fazer o dinheiro render de maneira direta e fácil de entender.
Nesse tipo de cálculo, os juros incidem sempre sobre o valor inicial investido ou emprestado, e não sobre o total acumulado ao longo do tempo.
Ou seja, o rendimento é fixo a cada período, o que torna essa modalidade bastante previsível e ideal para quem está começando a aprender sobre finanças.
Como calcular capitalização simples?
A fórmula usada é a seguinte:
J= VP × I × N
Em que:
- J é o valor dos juros (o quanto o dinheiro vai render);
- VP é o valor presente, ou seja, o capital inicial investido ou emprestado;
- I representa a taxa de juros;
- N indica o período de tempo da aplicação.
Exemplo capitalização simples
Imagine que você investiu R$ 2.000 em uma aplicação com juros simples de 1,5% ao mês, e pretende deixar o dinheiro rendendo por 6 meses.
Usando a fórmula:
J= VP × I × N
J= 2.000 × 0,015 × 6
J= 180
Isso significa que, ao final de 6 meses, você terá R$ 180 de juros. Somando ao valor inicial, o total acumulado será R$ 2.180.
O que é capitalização composta?
A capitalização composta, também chamada de juros compostos, é um jeito de fazer o dinheiro crescer de forma contínua.
Aqui, os juros não são calculados apenas sobre o valor inicial: eles também incidem sobre os rendimentos que já foram acumulados.
Ou seja, a cada período, você ganha juros sobre juros, fazendo o montante aumentar mais rápido com o tempo.
Como calcular a capitalização composta?
A fórmula é:
VF= VP × (1 + i)ⁿ
Onde:
- VF é o valor futuro, ou seja, o total que você terá no final;
- VP é o valor presente, ou seja, o capital inicial;
- i é a taxa de juros por período;
- n é o número de períodos em que o dinheiro vai render.
Exemplo capitalização composta
Agora, imagine que você investiu R$ 1.000 em uma aplicação com juros de 2% ao mês, e vai deixar o dinheiro rendendo por 6 meses.
Usando a fórmula:
VF= VP × (1 + i)ⁿ
VF= 1.000 × (1 + 0,02)⁶
VF= 1.000 × 1,1262
VF≈ 1.126,20
Ou seja, ao final de 6 meses, seu investimento terá crescido para cerca de R$ 1.126,20.
Percebe a diferença para os juros simples? Aqui, os rendimentos vão acumulando, e você começa a ganhar “juros sobre juros”, fazendo o dinheiro crescer muito mais rápido com o tempo.
Confira também: Taxas de juros proporcionais: o que são, como calcular, exemplos
Quais são as diferenças entre capitalização simples e capitalização composta?
A principal diferença entre a capitalização simples e a composta está em como os juros são calculados.
Na capitalização simples, os juros incidem apenas sobre o valor inicial do investimento ou empréstimo, ou seja, o rendimento é sempre fixo.
Já na capitalização composta, os juros são aplicados sobre o valor atualizado, ou seja, sobre o capital inicial mais os juros já acumulados. É por isso que o montante cresce mais rápido com o tempo.
Na prática, os juros compostos são muito usados em investimentos de renda fixa e costumam gerar rendimentos maiores do que os juros simples.
Por outro lado, quando se trata de dívidas, os juros compostos podem se transformar numa verdadeira “bola de neve”, aumentando rapidamente o valor a pagar e pesando no seu orçamento.
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Fonte: Topinvest