Drex: saiba tudo sobre o real digital

25 de outubro de 2023, por Sidemar Castro

Tempo de leitura médio: 6 min, 14 seg


O Drex é a nova moeda digital do Brasil, que será uma extensão do dinheiro físico e permitirá operações por meio de carteiras virtuais.

Tem o intuito de facilitar as transações dos usuários, tornando-as mais seguras e rápidas. O Drex é uma transformação digital da moeda brasileira, enquanto o Pix é uma transação, assim como o TED ou o DOC. Ou seja, ele será utilizado no Pix, transferências ou até mesmo pagamentos. O Banco Central anunciou o nome oficial do Real Digital como Drex.

O Drex não é uma criptomoeda, mas sim uma moeda digital oficial do país. Ele será armazenado em carteiras digitais das instituições financeiras. O Drex trará algumas novas funcionalidades, como smart contracts, que são acordos digitais automatizados. O Banco Central iniciou o programa-piloto do Drex, e a expectativa é que a moeda digital brasileira esteja disponível para o público até o fim de 2024.

Continue a ler e saiba mais sobre a nova moeda virtual.

O que é o Drex?

É a nova moeda digital brasileira, sendo considerado o “Real Digital”. Seu nome é uma abreviação do termo “real digital x”, e cada letra da sigla tem um significado específico:

– O “D” representa o Digital;

– O “R” representa o Real;

– O “E” representa uma plataforma Eletrônica;

– O “X” representa a modernidade das transações.

O Drex será a primeira moeda virtual oficial do Brasil. Trata-se, em suma, de uma extensão das tradicionais cédulas físicas de dinheiro, mas será transacionada exclusivamente no ambiente digital. Cada R$ 1 equivalerá a 1 Drex. As regras e fundamentos para manter a estabilidade do real serão mantidas e será possível fazer transações financeiras, transferências e pagamentos com Drex.

O objetivo do Banco Central com ela é modernizar o sistema financeiro, promovendo agilidade nas transações, redução de custos e facilidade de acesso ao mercado financeiro. Assim como o Pix, o sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, revolucionou as transações bancárias, a moeda também promete impactar positivamente os negócios.

Como vai funcionar?

O Drex funcionará como uma extensão virtual das cédulas físicas. Para ter acesso à moeda digital, o cliente (que pode ser pessoa física ou empresa) deverá depositar em reais a quantia desejada numa carteira virtual. Em seguida, essa a moeda é convertida, sempre na taxa de R$ 1 para 1 Drex. Na sequência, bancos, fintechs, cooperativas, corretoras vão operar a carteira, sempre com a aprovação do BC. Esse processo é chamado de tokenização, quando um ativo físico se converte em ativo digital.

Com a moeda, será possível fazer pagamentos, transferências e operações via instituições bancárias ou financeiras autorizadas pelo Banco Central. Além disso, também será possível realizar operações em Pix com a nova moeda.

Os serviços financeiros inteligentes serão liquidados pelos bancos dentro da Plataforma Drex do Banco Central (BC), que é um ambiente em desenvolvimento utilizando a tecnologia de registro distribuído (em inglês Distributed Ledger Technology – DLT).

O Drex deverá usado de fato no final de 2024 ou início de 2025. Até lá, a moeda estará em fase de testes.

Quais são as vantagens?

Ele traz várias vantagens, incluindo:

  • Agilidade nas operações: Promete ser rápido e eficiente, facilitando as transações financeiras.
  • Quebra de barreiras globais: Com ele, será possível realizar transações internacionais de forma mais fácil.
  • Infraestrutura e segurança: Contará com uma infraestrutura robusta e segura para evitar fraudes.
  • Redução de custos: A utilização do Drex pode reduzir os custos associados às movimentações financeiras. Além disso, o uso do Drex economizará verbas do governo com a impressão de papel-moeda.
  • Inclusão financeira: Ele promete incluir mais brasileiros no ambiente financeiro virtual de forma segura.
  • Possibilidade de compra e venda de títulos públicos: Uma das diferenças importantes entre o Drex e o Pix é a possibilidade de compra e venda de títulos públicos com o Drex.

Essas vantagens podem trazer grandes benefícios para os usuários e para a economia brasileira como um todo.

Qual é a diferença entre o Pix e o Drex?

O Pix e o Drex são dois produtos do Banco Central do Brasil com base tecnológica e finalidades financeiras, mas são bem diferentes em essência e na prática.

  • Pix: É um sistema de transações instantâneas que permite transferências e pagamentos em tempo real. É um tipo de transação instantânea, que ocorre na mesma hora.
  • Drex: É a moeda digital oficial do Brasil com valor atrelado ao Real. Ela é de fato uma moeda, porém virtual. Cada R$ 1 promete ser sempre igual a 1 Drex. O Drex é projetado para transações que envolvem condições específicas, como garantir que o pagamento seja feito apenas quando certas condições são atendidas.

Portanto, enquanto o Pix é um meio que possibilita fazer transferências e pagamentos, o Drex é o “Real digital” que será disponibilizado em carteiras virtuais até o fim de 2024. Em vez de “fazer um Pix” em Real, será possível “fazer um Pix” com valores Drex.

Quando começa?

O Drex está previsto para o final de 2024 ou início de 2025. Até lá, a moeda estará em fase de testes.

No entanto, é importante notar que essas datas são estimativas e podem mudar dependendo de vários fatores. Isso inclui o progresso do desenvolvimento e os resultados dos testes.

Qual será o valor das transações com o Drex?

O valor das transações com o Drex será equivalente ao valor em reais. Ou seja, cada R$ 1 será igual a 1 Drex. Portanto, o valor das transações dependerá do valor da transação em reais. Por exemplo, se você quiser transferir R$ 50 para alguém usando Drex, você transferirá 50 Drex.

Fontes: BCB, Santander, G1 Economia, Infomoney, Seu Dinheiro