Brasil encara crise hídrica e vira ameaça para bolsa de valores

Essa é a maior crise hídrica dos últimos 91 anos e por conta disso gestores estão buscando novas chances estrangeiras.

27 de agosto de 2021 - por Pedro Martoly


O Brasil está encarando a maior crise hídrica dos últimos 91 anos e, por conta disso, gestores estão buscando novas chances estrangeiras. O motivo disso é que existe o risco de impactos negativos econômicos como, por exemplo, a inflação, quedas de energia e até mesmo racionamento de água.

Além dos possíveis problemas já citados, há também a possibilidade de a safra de grãos no Brasil estar ameaçada devido ao fenômeno climático La Niña. Segundo o gestor e sócio da RPS Capital no painel da 11ª edição da Expert XP, por conta desses problemas que podem se desencadear em efeito dominó devido à crise hídrica, gerentes apostam em oportunidades para fora do Brasil porque siderúrgicas brasileiras foram prejudicadas por conta da falta de eletricidade recorrente.

O presidente Jair Bolsonaro editou o decreto que define a diminuição de 10% a 20% do uso de eletricidade na administração pública federal, autarquias e fundações. A alteração deve acontecer entre setembro e abril do ano que vem. No entanto, a norma não é necessária para as estatais.

Programas de auxílio

Invest News

De acordo com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, deve concluir em breve um programa com maneiras para reduzir de forma voluntária o uso da energia elétrica. A previsão é que a plataforma entre em ação no primeiro dia do próximo mês. No entanto, o governo ainda não se pronunciou sobre qualquer espécie de racionamento ou outras maneiras de evitar novos apagões devido à crise hídrica.

Já o sócio e gestor da Occam Brasil, Carlos Eduardo Rocha, focou no mercado internacional, com fundos superiores a 50%. Segundo ele, mesmo que um racionamento não seja utilizado, o cenário estrangeiro chama mais atenção para a economia. Ainda de acordo com Rocha, o governo federal demonstra interesses diferentes como o novo Auxílio Brasil, que irá substituir o Bolsa Família.

Auxílio Brasil

Brasil encara crise hídrica e vira ameaça para bolsa de valores

FDR

Rumores sobre o Auxílio Brasil, novo Bolsa Família, teriam sido o principal motivo do aumento das expectativas do mercado para a inflação do ano que vem. Ou seja, acima do previsto pela autoridade monetária. A informação foi divulgada, na semana passada (17), pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

De acordo com a expectativa do BC, a inflação deve ficar neutra na meta, que é 3,5% com isenção de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo. Em relação ao mercado, é esperado que o índice feche o período em 3,9% há um mês. Portanto, o esperado era de 3,75%.

Ainda segundo o BC, os economistas acreditam em um grande déficit fiscal, que seria maior que o previsto para 2022. Sendo assim, esse aumento será de 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e próximo de zero no ano que vem.

Os rumores sobre como será o Auxilio Brasil afeta as expectativas do mercado. Por conta disso, o presidente do BC quer que o Governo explique de onde sairá o dinheiro para o financiamento desse programa.

Benefícios

Gazeta do Povo

Os benefícios básicos são divididos em três tópicos:

  • Primeira Infância
  • Famílias com jovens de até 21 anos de idade
  • Complementação para famílias que conseguirem sair da extrema pobreza mesmo após receber os benefícios anteriores

O valor desse benefício será decidido somente no fim do próximo mês. Além disso, haverá outros benefícios. Será um total de seis. Eles são acessórios que serão somados com o valor recebido. Portanto, irão funcionar como uma recompensa para quem cumprir os requisitos adicionais.

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