4 de junho de 2025 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)

Hoje vou te falar sobre 3 opções de investimento de baixo risco para você ganhar da inflação! Mas, antes de qualquer coisa, vamos analisar o índice IPCA e ver se ele está correto ou não. Muitas pessoas acham que ele é “diferente” da realidade, mas isso ocorre por conta de um erro muito comum que as pessoas cometem na hora de calcular o IPCA.
Veja mais: IPCA-15: o que é, para o que serve e como calcular?
O IPCA está errado?
O IPCA, índice oficial que mede a inflação no Brasil, não é uma mentira, mas sim uma média. Ele considera uma cesta de produtos e serviços consumidos por famílias brasileiras. Ou seja, isso significa que nem todos os itens sobem na mesma proporção.
O IPCA é uma média. Ou seja, enquanto o leite aumentou mais do que a inflação, outros produtos, como a carne bovina, subiram menos. Por isso, o IPCA como média, funciona melhor do que parece.
Como se proteger da inflação
Entender a inflação é importante, mas mais importante ainda é saber como se proteger dela. Hoje, o mercado financeiro oferece diversas alternativas que acompanham ou superam o IPCA e é sobre isso que vamos falar! Investimentos de baixo risco que vão te ajudar a superar a inflação!
1. CRIs e CRAs
CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e CRA (do Agronegócio) são investimentos de renda fixa emitidos por empresas para captar dinheiro. Muitos deles oferecem rendimento atrelado ao IPCA mais uma taxa fixa, e o melhor: são isentos de Imposto de Renda.
Outras ofertas disponíveis chegam a IPCA + 9,02%, dependendo da empresa emissora. Mas atenção: é essencial pesquisar a solidez da empresa antes de investir.
2. Tesouro IPCA+
Para quem busca segurança, o Tesouro IPCA+ é a boa opção. Ele também rende a inflação oficial (IPCA) + uma taxa fixa definida na hora da compra. Existem títulos com vencimentos variados.
A única desvantagem aqui é o desconto de IR sobre o rendimento, que pode ser de até 15% se você mantiver o título até o vencimento.
Outro ponto de atenção é evitar os Tesouros com juros semestrais se seu foco é longo prazo. Eles antecipam o pagamento dos juros e você acaba pagando mais IR no total.
3. LCI, LCA e CDB
Além da correção pelo IPCA, alguns desses produtos oferecem isenção de imposto de renda, como é o caso do LCI e LCA. Já os CDBs podem ou não ser isentos, dependendo da oferta e da instituição financeira.
Outro ponto importante: esses investimentos são cobertos pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos) até o limite de R$ 250 mil por CPF e por instituição. Isso traz uma camada extra de segurança. No entanto, é fundamental acompanhar o valor aplicado para não ultrapassar esse limite.
Ações como proteção da inflação?
Apesar de parecer contraintuitivo, ações de boas empresas também são uma forma de se proteger da inflação, principalmente no longo prazo.
Isso ocorre porque as empresas ajustam seus preços para repassar os custos ao consumidor final, mantendo (ou aumentando) sua receita.
Por isso, ao investir em ações sólidas, com histórico de crescimento de lucros e receitas, você participa dessa dinâmica. Ou seja, empresas com poder de repasse de preços, como companhias de energia e bancos, costumam se sair bem nesse cenário.
Quer entender melhor sobre esses investimentos de baixo risco que citei aqui? Então, assista ao vídeo completo!
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