29 de junho de 2025 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)

Você já parou para pensar se vai conseguir se aposentar no Brasil? Essa é uma dúvida que preocupa não só os jovens, mas principalmente os nossos pais e avós, como será o futuro deles? Qual o futuro da aposentadoria no Brasil? O sistema previdenciário brasileiro enfrenta uma crise séria e muita gente ainda não entendeu a dimensão desse problema.
Mas antes, vamos entender melhor sobre como tudo começou. A Constituição 1988, estabeleceu as bases da Seguridade Social no Brasil e foi o que definiu as regras do que chamamos de aposentadoria atualmente. Quando ela surgiu, não existia uma idade mínima para se aposentar por tempo de contribuição. Homens poderiam se aposentar com 35 anos de contribuição e mulheres com 30.
Enfim, essa configuração da aposentadoria permitia que os trabalhadores se aposentassem muito jovens ou pela idade. Aos 60 anos, era muito comum que as pessoas se aposentassem.
Veja também: Previdência privada: o que é e como funciona?
Primeira reforma
No entanto, em 1998 ocorreu a primeira grande reforma previdenciária, desde seu surgimento. As principais mudanças foram:
- Idade mínima obrigatória de 60 anos para homens e 55 para mulheres, mesmo que já tivessem tempo de contribuição suficiente;
- Fim da aposentadoria proporcional no setor público e;
- Criaram também uma fórmula que reduzia o valor da aposentadoria para quem se aposentasse mais cedo.
No entanto, mesmo com a reforma, o problema não foi resolvido e novamente, houveram mudanças. Entre 2003 e 2005 foram criadas emendas constitucionais que focaram nas regras para servidores públicos. Afinal, eles tinham benefícios muito superiores aos da população em geral.
Para tornar tudo mais justo, o cálculo da aposentadoria passou a ser feito pela média salarial e não mais com base no último salário. Acabaram com a paridade e integralidade para novos servidores. E também começaram a taxar as pessoas que já eram aposentadas.
Essas reformas enfrentaram resistência, mas foram consideradas necessárias para equilibrar as contas públicas.
Lei 13.183/2015
Em 2015, surgiu uma nova tentativa de simplificar o sistema com a chamada fórmula 85/95.
Essa fórmula permitia que a pessoa se aposentasse com 100% do benefício, sem descontos do fator previdenciário, desde que a soma da idade e do tempo de contribuição atingisse: 85 pontos para as mulheres ou 95 para os homens.
Parece confuso? E era de fato, no entanto, foi mais uma tentativa de resolver o problema.
Acabou por aqui? Ainda não.
Reforma da Previdência de 2019
Com o envelhecimento da população e o déficit crescente da previdência, em 2019 foi aprovada a reforma mais significativa até então.
Nessa reforma foi extinta a aposentadoria por tempo de contribuição, a idade mínima passou a ser de 62 anos para mulheres e 65 para os homens. E, além disso, fixaram o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para mulheres e 20 para os homens.
Ou seja, desde 1998 foram 4 reformas constitucionais alterando os critérios de aposentadoria. No entanto, nenhum deles resolveu o problema.
Saiba mais: Tributação sobre aposentadoria: como funciona?
O INSS vai quebrar? Qual o futuro da aposentadoria?
O resultado? O rombo do INSS só cresce e pode chegar a R$ 725 bilhões até 2029, segundo algumas projeções. Hoje, mais de 50% do dinheiro disponível para gastos no orçamento federal vai para a Previdência. Ou seja, metade dos nossos recursos está comprometida com aposentadorias, pensões e auxílios, o que limita os investimentos em outras áreas.
Se continuarmos empurrando o problema com a barriga, podemos acabar em uma situação parecida com a da Grécia, que entrou em colapso em 2010. Na época, o país gastava cerca de 15% do seu PIB só com aposentadorias. Quando a dívida pública explodiu, o governo foi forçado a adotar medidas drásticas!
Aumentaram a idade mínima para aposentadoria, cortaram drasticamente vários benefícios, criaram contribuições extras e cortaram algumas pensões pela metade (sem nenhum aviso). O impacto social foi devastador! O PIB da Grécia encolheu 25%, e milhões de pessoas passaram a viver abaixo da linha da pobreza. Além disso, o país contraiu dívidas que devem durar até 2060.
E porque eu citei esse exemplo? Porque é muito importante que as autoridades do nosso país tentem fazer uma reforma, antes que algo parecido ocorra aqui. Nós ainda temos alguns saídas!
Sei que é um assunto delicado e que as autoridades preferem evitar, no entanto, é necessário. Mas, uma forma de contornar isso é através dos plebiscitos. Vocês podem apresentar as possibilidades e deixa a população decidir!
Porque, se não fizermos isso, podemos ter um grande problema no futuro!
O melhor investimento para se aposentar
Agora que você já sabe que a situação está crítica, é muito importante que você se prepare. Por isso, indico que você crie algum sistema para se proteger ou para proteger seus país e avós. E como você pode fazer isso?
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É óbvio, se você é um investidor mais organizado, com mais conhecimento, é possível ter resultados ainda melhores! No entanto, se você não tem muito conhecimento a respeito, essa é uma ótima alternativa.
Quer entender melhor sobre o futuro da aposentadoria no Brasil? Então, assista ao vídeo em que comento mais sobre.
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