Vale a pena comprar jóias para preservar o valor?

24 de julho de 2023 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)


Vale a pena comprar joias para preservar valor ao longo dos anos? Muitas pessoas, quando passam a conhecer sobre “reserva de valor”, acreditam que comprar joias é a mesma coisa que comprar ouro como reserva de valor, o que é um grande erro. Por isso, hoje eu vou te contar se vale a pena ou não comprar joias para proteger o seu dinheiro, além de te ensinar o que é e como funciona uma reserva de valor.

Antes de tudo, a gente precisa separar bem as coisas para entender se e onde entram, de fato, as joias nas suas finanças pessoais ou, até, nos seus “investimentos” de longo prazo.

O que é uma reserva de valor?

A primeira coisa a entender é que reserva de valor é uma coisa muito específica, que não anda junto dos investimentos, mas numa linha paralela. Ou seja, você nunca coloca seu dinheiro numa reserva de valor pensando na valorização dos ativos, como acontece com sua carteira de ações e de renda fixa.

Diferentemente dos investimentos tradicionais, a reserva de valor não serve para te enriquecer, mas apenas para PROTEGER seu patrimônio. E isso pode ser extremamente necessário porque a gente nunca sabe o que vai acontecer amanhã.

Então, se você está 100% posicionado em renda variável, por exemplo, uma turbulência muito grande ou muito longa no mercado financeiro pode te levar à lona. E é por isso que existe a reserva de valor.

Tipos de reserva de valor

Os principais tipos de reserva de valor são os metais preciosos comuns em qualquer canto do planeta. Por isso, o ouro e a prata são os elementos mais usados como proteção de patrimônio.

Ocorre que estes metais são muito fáceis de negociar (liquidez) e tendem a subir de preço nos momentos mais críticos da economia. Mas será que o mesmo acontece com as joias?

Jóias são reserva de valor?

Apesar de ser feito de metais preciosos, como ouro, prata e diamante, as joias têm um valor adicional embutido que diz respeito ao trabalho do designer ou do ourives. Assim, se você compra um anel por, suponhamos, R$ 3 mil, dificilmente você venderia pelo mesmo valor daqui a alguns meses ou anos.

Na verdade, na hora de vender uma joia você só vai conseguir o valor “cru” da grama do ouro, que leva em consideração o peso bruto da joia mas ignora qualquer outro valor intrínseco.

Por este motivo, você quase sempre vai perder dinheiro se comprar uma joia, hoje, pensando em vender no futuro. E este simples fato, de você perder dinheiro ao invés de protegê-lo, faz com que uma joia não seja considerada, necessariamente, uma reserva de valor.

E se ficou curioso sobre o assunto, é bom saber que você pode comprar ouro de várias formas: físico (em barras), pela Bolsa de Valores e até por um ETF (Exchange Traded Funds) negociado no mercado americano.

No vídeo abaixo (do canal Investidor Sardinha), eu te mostro em detalhes como e onde comprar ouro para que você tenha, de fato, uma reserva de valor e consiga proteger seu patrimônio ao longo dos anos.

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E não deixe de conferir, também: Investir em ouro: vantagens, riscos, formas de investimentos. 

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