Passivo circulante: o que é e como calcular?

Passivo circulante é o conjunto de dívidas e obrigações de uma empresa que devem ser pagas no prazo de um ano. Conheça mais sobre ele.

19 de maio de 2021 - por Nathalia Lourenço


O Passivo Circulante representa as obrigações e dívidas de curto prazo de uma empresa, ou seja, aquelas que devem ser saldadas dentro de um período de até 12 meses.

Essas informações são essenciais no balanço patrimonial, fornecendo uma visão clara das responsabilidades financeiras imediatas da empresa.

Entre os exemplos comuns de passivo circulante estão as contas a pagar a fornecedores, salários e adiantamentos de funcionários, impostos a serem recolhidos e provisões para contingências.

Hoje te conto um pouco melhor sobre o assunto!

O que é passivo circulante e seus tipos?

Passivo, em termos gerais, refere-se a todas as obrigações financeiras de uma empresa, inclusive suas despesas e dívidas, independentemente dos prazos de pagamento ou da frequência. Isso inclui compromissos com salários, impostos, tributos, empréstimos, fornecedores e outros.

Além disso, o passivo é considerado um fator que reduz os lucros e o valor patrimonial da empresa.

Especificamente, o Passivo Circulante compreende as obrigações e dívidas que devem ser quitadas no curto prazo, ou seja, em até 12 meses. Exemplos incluem empréstimos com vencimento próximo, compras de matérias-primas ou insumos e contas a pagar, tanto fixas quanto emergenciais.

Para a quitação dessas obrigações de curto prazo, a empresa utiliza o Ativo Circulante, que é composto pelos bens mais líquidos disponíveis. O Passivo Circulante pode ser subdividido em três categorias principais:

  • Operacional: Contas relacionadas ao funcionamento diário dos negócios.
  • Financeiro: Contas associadas às movimentações de dinheiro da empresa.
  • Cíclico: Contas que são frequentes e se repetem regularmente.

Essa classificação ajuda na gestão eficaz das finanças e na manutenção da liquidez da empresa.

Como calcular o passivo circulante?

Calcular o Passivo Circulante envolve a soma de todas as obrigações e dívidas de curto prazo que uma empresa deve pagar em até 12 meses.

Para obter o valor total do Passivo Circulante, você deve identificar e somar todos os componentes que se enquadram nessa categoria.

Ativo Circulante + Passivo Circulante = Patrimônio Líquido.

Você consegue entender, então, que a partir da soma de todos os ativos e, separadamente, de todos os passivos, você chega ao patrimônio líquido da sua empresa.

Exemplos de passivos circulantes

Aqui estão alguns exemplos:

  • Impostos: relacionados ao enquadramento tributário dos negócios e encargos sociais de todo e qualquer funcionário da organização, mesmo que terceirizado.
  • Contas mensais a pagar: como luz, água, telefone, internet etc.
  • Férias e 13º salário.
  • Pagamento e adiantamento de salário.
  • Outras obrigações tributárias e fiscais: como os impostos a nível municipal, estadual e federal.
  • Obrigações com fornecedores.
  • Obrigações com bancos e instituições financeiras também a curto prazo.
  • Pagamentos de juros.
  • Pagamento de aluguel.
  • Variações monetárias ativas com vencimento em menos de 12 meses.

Qual é a importância do passivo circulante?

Fluxo de Caixa

Os passivos circulantes têm um impacto direto no fluxo de caixa da empresa a curto prazo. É crucial gerenciá-los de forma eficaz para garantir que a empresa disponha dos recursos financeiros necessários para honrar suas obrigações no prazo estabelecido.

Endividamento

Analisar o passivo circulante é essencial para controlar o nível de endividamento de curto prazo da empresa. Um passivo circulante elevado pode ser preocupante, mas se a empresa consegue pagar essas dívidas conforme vencem, sua situação financeira permanece saudável. Investidores devem considerar esse aspecto para avaliar a saúde financeira da empresa.

Planejamento Financeiro

Uma administração eficiente do passivo circulante é fundamental para um planejamento financeiro sólido. Através da previsão de pagamentos, é possível estimar o montante necessário para manter as finanças em dia nos próximos meses, ajudando a garantir que a empresa possa cumprir suas obrigações financeiras e manter a estabilidade operacional.

Atenção

Analisar o passivo circulante de uma empresa é essencial tanto para gestores quanto para investidores, especialmente no que diz respeito ao nível de endividamento.

Embora um certo nível de alavancagem seja comum e possa impulsionar o crescimento, dívidas descontroladas representam um risco significativo. Gestores devem monitorar cuidadosamente as finanças da empresa para evitar o descontrole e ter cautela ao adotar a estratégia de rolar a dívida.

A estratégia de rolar a dívida envolve pagar dívidas antigas com novas dívidas de curto prazo, aproveitando condições mais favoráveis em relação ao custo do crédito de curto prazo comparado ao de longo prazo.

Embora essa abordagem possa ser útil temporariamente, ela pode se tornar problemática se as taxas de juros aumentarem, resultando em uma perda de controle sobre as dívidas.

Para investidores, analisar o passivo circulante é vital para avaliar a saúde financeira da empresa e evitar investimentos em companhias com um nível de endividamento tão alto que possa comprometer sua solvência e levar à falência.

Diferenças entre passivo circulante e não circulante

O Passivo Circulante e o Passivo Não-Circulante são duas categorias distintas do passivo total de uma empresa, diferenciadas principalmente pelo prazo de vencimento das obrigações.

  • Passivo Circulante: Refere-se às obrigações financeiras de curto prazo que devem ser pagas dentro de um ano. Inclui itens como contas a pagar, salários a pagar, impostos a recolher, empréstimos de curto prazo e outras dívidas que vencem no curto prazo.
  • Passivo Não-Circulante: Também conhecido como Passivo a Longo Prazo, abrange as obrigações financeiras com vencimento superior a um ano. Exemplos incluem empréstimos de longo prazo, obrigações de arrendamento e outras dívidas que têm um prazo de pagamento mais extenso.
  • A principal diferença entre eles é o prazo de liquidação. Enquanto o passivo circulante deve ser quitado dentro do próximo ano fiscal, o passivo não-circulante possui um horizonte de tempo mais longo para sua quitação.

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