DFC: o que é a demonstração de fluxo de caixa e como fazer?

8 de fevereiro de 2021, por Jaíne Jehniffer

Tempo de leitura médio: 6 min, 57 seg


A sigla DFC significa Demonstração de Fluxo de Caixa. Sendo assim, a DFC é um relatório que busca a origem de todos os recursos obtidos pela empresa e como eles foram aplicados.

Ou seja, a DFC serve para demonstrar todas as entradas e saídas do caixa da empresa.

A elaboração do relatório é obrigatório para as companhias de capital aberto ou com patrimônio líquido acima de R$ 2 milhões.

Sendo que a DFC funciona como um instrumento que reflete a capacidade da empresa em gerar caixa. 

Além disso, esse relatório é importante, pois contribui para identificar possíveis fraudes contábeis. Também é útil para analisar a saúde financeira do negócio e encontrar erros.

O que é DFC?

A sigla DFC significa Demonstração de Fluxo de Caixa. Sendo que ela é também chamada de Demonstrativo de Fluxo de Caixa.

Em resumo, a DFC é um relatório de contabilidade que mostra quais foram as entradas e saídas de dinheiro da empresa dentro de um período e quais foram os resultados deste fluxo. 

Apesar da sigla DFC se referir ao fluxo de caixa da empresa, ela não leva em consideração apenas o caixa da companhia.

Sendo assim, também são consideradas as aplicações com liquidez imediata e contas bancárias. Sendo que a DFC é muito importante para a análise financeira de um negócio.

Por exemplo, ela é útil para analisar como está a saúde financeira da companhia. Além disso, ela contribui para identificar possíveis fraudes contábeis.

Por causa de sua importância, todas as empresas com patrimônio líquido acima de R$ 2 milhões devem apresentar uma DFC.

Pra que serve?

A DFC é útil para analisar a capacidade que um negócio tem em gerar caixa e equivalentes de caixa em um certo período.

Para isso, ela considera os pagamentos e demais recebimentos em dinheiro.

Dessa forma, o Demonstração busca detalhar a origem de todos os recursos obtidos pela empresa e como eles foram aplicados. 

A DFC serve também como base para a tomada de decisões em relação aos investimentos futuros da empresa.

Isso porque ela demonstra como está o caixa, o que possibilita a tomada de decisões para que sempre haja dinheiro suficiente para arcar com as obrigações dentro do prazo de vencimento. 

Todas as empresas com patrimônio líquido acima de R$ 2 milhões ou que tenham capital aberto devem, obrigatoriamente, elaborar a Demonstração de Fluxo de Caixa.

A obrigatoriedade existe pois através deste relatório é possível analisar a saúde da empresa e encontrar possíveis erros e fraudes contábeis. 

Sendo assim, ao menos uma vez por ano, estas empresas devem apresentar o relatório de Demonstração de Fluxo de Caixa, juntamente com outros relatórios no balanço da companhia. 

O resultado final de uma Demonstração de Fluxo de Caixa é a soma dos resultados líquidos dos três grupos principais de atividades.

Sendo que esse resultado deve conciliar também a diferença entre o saldo disponível no início e no final do período analisado. 

Como funciona a DFC?

A DFC funciona como um relatório que busca a origem de todos os recursos obtidos pela empresa e como eles foram aplicados.

Na prática, ele é um relatório bem simples e claro, que apresenta o balanço da empresa e a sua real situação financeira.

Desse modo, com este documento em mãos você consegue verificar todas as entradas e saídas do caixa da empresa. Com isso, você pode conferir como está a saúde financeira do negócio.

Qual é a estrutura da DFC?

Segundo as normas contábeis, todas as empresas precisam seguir uma estrutura de DFC, para que os resultados entre os desempenhos das diferentes empresas possam ser comparados pelos investidores. 

Desse modo, o Demonstrativo de Fluxo de Caixa deve ser estruturado tendo como base três atividades principais:

1- Atividades operacionais

Essa categoria engloba todos os fluxos resultantes da produção e entrega de produtos e serviços da empresa.

Portanto, dados referentes aos custos e despesas, contas a receber e pagamento à vista, são considerados. Para isso, a DFC reúne dados do balanço patrimonial e do DRE – Demonstração do Resultado do Exercício. 

2- Atividades de investimento

Nessa categoria entram as transações realizadas pela empresa, na compra e venda de ativo não circulante do balanço patrimonial. 

3- Atividades de financiamento

Por fim, as atividades de financiamento são todas aquelas em que a empresa precisa recorrer aos recursos de terceiros ou de seus proprietários, por causa da falta de dinheiro no caixa da companhia.

Além de financiamentos e empréstimos, esses recursos de terceiros podem vir também de outros meios, como por exemplo, a emissão de novas ações.

Vantagens e desvantagens

Existem diversas vantagens para as empresas que fazem a DFC. Primeiramente, ela serve como um espelho da saúde financeira da empresa, contribuindo assim nas tomadas de decisões do negócio.

A companhia pode ainda, usar a DFC para comparar os resultados entre os meses e identificar quais são as épocas em que recebe mais dinheiro.

A DFC possibilita também a comparação entre as metas da empresa e o que já foi feito.

Além disso, por meio da equação Receitas – Despesas = Fluxo de Caixa, é possível identificar se a companhia teve um caixa positivo ou negativo e tomar medidas para corrigir eventuais desequilíbrios financeiros. 

Outra vantagem é que, por meio do DFC, os investidores possuem a certeza de que a empresa está saudável, já que, além de demonstrar a capacidade da companhia em gerar caixa, o DFC também ajuda na identificação de possíveis fraudes contábeis. 

Por fim, temos a vantagem de que o investidor pode usar o DFC na comparação entre empresas, ou até mesmo para comparar um relatório antigo com o atual e verificar o crescimento da companhia.

Em contrapartida, temos a desvantagem de que o DFC requer um tempo considerável para a sua realização. 

Diferenças entre DFC e DRE

Tanto o DFC, quanto a DRE são demonstrativos financeiros importantes para uma empresa. O que difere as duas é o registro na contabilidade. 

Isso porque, a DFC registra as saídas e entradas de dinheiro no caixa da empresa.

Dessa forma, é possível identificar com exatidão os recursos que a empresa possui, o que significa que é possível saber como está a sua real saúde financeira. 

Por outro lado, a DRE é a Demonstração do Resultado do Exercício. Em resumo, ela registra os custos, rendimentos, despesas e perdas independente da realização em moeda.

Dessa maneira, ele serve para representar o resultado líquido da empresa, demonstrando prejuízos ou lucros. 

Métodos de realizar o DFC

Para fazer o relatório de DFC é possível se utilizar de dois métodos diferentes:

1- Método direto

Nesse método, as atividades operacionais são elaboradas tendo como base os reais recebimentos de clientes e pagamento de fornecedores e despesas.

Em outras palavras, o método direto leva em consideração as entradas e saídas brutas de recursos. 

2- Método indireto

O método indireto se difere do indireto na maneira em que considera os pagamentos e recebimentos.

Logo, ele não utiliza as entradas e saídas brutas, ao invés disso, ele faz a elaboração das atividades operacionais através do ajuste do lucro líquido e considera as variações das contas patrimoniais ligadas ao DRE. 

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Fontes: Investorcp, Xpi,  Dicionário financeiro, Eu quero investir e Jornal contábil.