Passivos financeiros: o que são, tipos e exemplos

22 de março de 2023, por Jaíne Jehniffer

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Os passivos financeiros são as despesas, dívidas e obrigações de uma empresa. É impossível que uma empresa opere sem nenhum tipo de passivo, mas é preciso ficar de olho para que os passivos não ultrapassem a quantidade de ativos.

Existem vários tipos de passivos, de acordo com o setor e tipo de obrigações que eles se relacionam. São eles:

  • Passivos circulantes
  • Passivos não circulantes
  • Ambientais
  • Passivos a descoberto
  • Passivos permanentes
  • Operacionais
  • Passivos flutuantes

O que são passivos financeiros?

Os passivos financeiros são as obrigações e dívidas de uma pessoa ou empresa. Por exemplo, os passivos de uma pessoa pode ser um serviço que assinatura que quase não é usado. Já em uma empresa,os salários dos funcionários são exemplos de passivos.

A identificação dos passivos financeiros é essencial tanto para uma empresa quanto para uma pessoa física, já que entender como o dinheiro está sendo gasto é muito importante em ambos os casos.

No caso das empresas, o passivo é um conceito muito importante na contabilidade e está sempre presente no Balanço Patrimonial do negócio.

Um detalhe importante é que, como o passivo reduz os lucros de uma empresa, quanto maior for o seu valor, menor será o lucro da companhia. É impossível uma empresa não ter passivos, mas é preciso ficar de olho para que o gasto passivo não cresça demais.

Tipos de passivos financeiros

Os tipos de passivos financeiros são:

1- Passivos circulantes

Os passivos circulantes são as dívidas, despesas e obrigações financeiras com vencimento menor que 12 meses. Em outras palavras, esses são passivos que devem ser quitados dentro do exercício social da empresa, que é menos do que um ano.

O passivo circulante, muitas vezes, é pago com o ativo circulante, já que os dois são a entrada e saída de valores imediatos ou em até um ano.

Esse tipo de passivo é um dos mais importantes, pois com ele o gestor consegue identificar quais são os gastos e valores necessários para quitar as dívidas e obrigações nos próximos 12 meses. Enfim, exemplos de passivos circulantes são:

  • Aluguel;
  • Luz;
  • Água;
  • Telefone;
  • Notas promissórias;
  • Boletos;
  • Faturas.

2- Passivos não circulantes

Os passivos não circulantes são as dívidas, despesas e obrigações com prazo de vencimento maior que 12 meses. Sendo assim, a diferença entre o passivo circulante e não circulante é o prazo de pagamento.

Conhecer esse tipo de passivo é importante para que o gestor consiga organizar as finanças da empresa pra quitar as dívidas e obrigações de prazos mais longos, mantendo a saúde financeira do negócio. Exemplos de passivos não circulantes são:

  • Títulos de créditos de empréstimos;
  • Compras que se dividiram em prestações com prazo acima de um ano;
  • Empréstimos de longo prazo.

3- Passivos ambientais

O passivo financeiro ambiental são os resíduos que a empresa produz, ou seja, é a soma dos danos ambientais que a atuação da empresa causa. Desse modo, na contabilidade, os passivos ambientais são as obrigações que envolvem a empresa e o meio ambiente.

Portanto, as empresas têm a obrigação de aplicar capital no curto ou longo prazo para reparar de alguma forma os danos que elas causaram. Exemplos de danos que as empresas costumam causar são:

  • Poluição de rios;
  • Lixo descartado incorretamente;
  • Despejo de produtos químicos na natureza;
  • Poluição sonora;
  • Destruição de áreas verdes;
  • Emissão de gases poluentes.

4- Passivos a descoberto

O passivo a descoberto costuma gerar medo nas empresas, já que indica que uma dívida empresarial é maior do que o saldo positivo da companhia. Ou seja, é quando as dívidas e obrigações saem do controle e a empresa não tem de onde tirar o dinheiro para honrar esses passivos. Portanto, esse passivo deve ser evitado.

5- Passivos permanentes

Em resumo, o passivo permanente engloba todas as dívidas fundadas ou não, que dependem de autorização legislativa/orçamentária. É a autorização que permite a amortização ou resgate das dívidas.

6- Passivos operacionais

O passivo operacional engloba as operações da empresa que gera saída de dinheiro como, por exemplo, pagamento de funcionários e fornecedores. Na prática, são as obrigações com vencimento menor que 12 meses e que estão relacionadas com o ciclo operacional da empresa.

7- Passivos flutuantes

Por fim, o passivo flutuante é composto pelas dívidas e obrigações de curtíssimo prazo. Sendo que esse tipo de passivo não tem nenhuma vinculação direta com a operação da empresa.

Qual é a importância de conhecer esse conceito?

Conhecer os passivos financeiros é muito importante para identificar quais são as obrigações e deveres da empresa. Com isso, é possível verificar para onde está indo o dinheiro da companhia. Esse tipo de dado é importante não apenas para o gestor da empresa, mas também para os investidores.

Por exemplo, ao investir em uma empresa, é preciso analisar como está a sua situação patrimonial para saber se os recursos da empresa estão sendo bem administrados. Esse tipo de análise deve ser feita para que você invista apenas em empresas com boas perspectivas de futuro.

Conhecer os seus passivos é importante para as finanças pessoais. Desse modo, você consegue ver para onde está indo o seu dinheiro e consegue se organizar financeiramente, cortando gastos desnecessários.

Quais as diferenças entre ativos e passivos financeiros?

Apesar de serrem termos parecidos, os ativos e passivos são bem diferentes:

1- Entrada ou saída de dinheiro nos ativos e passivos financeiros

A grande diferença entre os ativos e passivos é o que é feito com o dinheiro. Isso porque o ativo gera dinheiro para a empresa, ao passo em que passivo representa as saídas e dinheiro da empresa.

2- Tipos de ativos e passivos financeiros

Os ativos são bens como: títulos públicos, CDBs, ações e bens que podem gerar rendimento para a empresa. Já os ativos são as dívidas, despesas, custos e obrigações que retiram dinheiro do negócio.

3- Quantidade

Quanto mais ativos a empresa tiver melhor, pois assim ela consegue gerar mais rentabilidade. Por outro lado, é essencial controlar os ativos, caso contrário a empresa pode perder o controle das dívidas e chegar, até mesmo, a entrar em processo de falência.

Fontes: Suno, Grupo cpcon e Contabilivre.