7 de junho de 2021 - por Jaíne Jehniffer
A IOTA é uma criptomoeda que funciona através de um sistema próprio, o que possibilita que as transações sejam validadas mais rapidamente e sem a cobrança de taxas de negociação.
Essa moeda digital está diretamente relacionada com o conceito de Internet das Coisas (Internet of Things – IoT), a tecnologia presente em diversos aparelhos inteligentes, como smartphones e televisão.
Nesse sentido, a IOTA foi desenvolvida para resolver dois problemas presentes no Bitcoin (velocidade e custo) e para ser a moeda mais usada nos pagamentos nos ambientes da Internet das Coisas.
O que é IOTA?
A IOTA é uma criptomoeda descentralizada que objetiva se tornar a principal forma de pagamento dos aparelhos inteligentes. Lançada em 2015, por Serguei Popov, Dominik Shienere, David Sønstebø e Sergey Ivancheglo, a IOTA está relacionada com o conceito de Internet das Coisas (IoT).
Em síntese, IoT é a tecnologia que possibilita a transmissão de dados entre vários pontos e o controle do funcionamento de cada um deles. Sendo que, esses pontos são os aparelhos inteligentes (conhecidos como smart). Alguns exemplos são os smartphones, eletrodomésticos, iluminação e carros.
Como funciona?
A IOTA funciona como uma moeda digital descentralizada, que não possui taxas de negociação, mineração ou blocos, já que ela usa um sistema próprio. O Bitcoin é a criptomoeda mais conhecida do mercado, porém, ele enfrenta algumas limitações.
Isso porque, ele usa a tecnologia blockchain para armazenar as transações em uma base de dados de blocos sequenciais. Uma das principais desvantagens do blockchain é que ele exige um alto custo e tempo para realizar as transações. Em contrapartida, a IOTA se propõe a resolver esses problemas através da sua tecnologia própria, a tangle.
Sendo assim, a intenção desse algoritmo é que as transações sejam realizadas de maneira ágil, segura e sem taxas. Uma das diferenças entre a tangle e o blockchain, é que o blockchain funciona por meio da sequência de blocos, ao passo em que a tangle funciona de maneira similar aos nós de uma rede, onde não existe uma sequência entre as ligações de um ponto para outro.
Além disso, a IOTA se diferencia do Bitcoin em relação à forma de obtenção da moeda. Para conseguir Bitcoins, é preciso usar o poder computacional para encontrar as sequências de blocos de transações compatíveis.
Por outro lado, a IOTA é validada de forma mais simples, onde os compradores conferem somente duas transações e não blocos e sequências como o Bitcoin. Em troca da conferência das transações, os usuários recebem a validação de suas próprias transações. Enfim, atualmente a IOTA é supervisionada pela IOTA Foundation, uma entidade sem fins lucrativos.
Para que serve?
A IOTA serve como uma moeda digital que pode ser utilizada em diversos tipos de transações, sobretudo dentro do ambiente de Internet das Coisas. Como ela não cobra taxas, ela possui um alto potencial de expansão de uso.
Nesse sentido, ela permitirá que o pagamento seja efetuado de forma rápida e segura em atividades como: alugar um veículo por quilômetro rodado, disponibilizar um conteúdo em uma smart TV ou ainda fazer a bomba de combustível abastecer o carro.
A IOTA pode ser usada também fora do ramo da Internet das Coisas, para criar e implementar contratos inteligentes. Em resumo, a IOTA pode ser usada em:
- Micro-transações e nano-transações: Como não são cobradas taxas nas transações, a IOTA é útil para o envio de pequenas quantias de moedas para outras pessoas ou organizações.
- Transferência de dados: A IOTA também pode ser usada na comunicação entre dispositivos, já que ela criptografa as informações na rede e garante um canal seguro.
- Masked authenticated messaging (MAM): Este é um protocolo de comunicação que emite e acessa um fluxo de dados de uma maneira que garanta a integridade dos dados, já que é criptografado.
- Votações: Por fim, a IOTA pode ser usada ainda nas transmissões de dados em processos democráticos como votações.
Diferenças entre IOTA e Bitcoin
O Bitcoin foi a primeira moeda digital a ser lançada no mundo, ele funciona de maneira descentralizada e se baseia na tecnologia Blockchain. Uma das maneiras de adquirir Bitcoins é por meio do processo conhecido como mineração, onde o usuário usa o poder computacional em troca de frações de Bitcoins.
Entretanto, a mineração é um processo que exige bastante energia elétrica, o que além de não ser sustentável ainda eleva os custos do processo.
Uma das principais diferenças da IOTA é justamente o fato de que ela não exige mineração, o que torna o sistema muito mais barato. Em outras palavras, a IOTA se diferencia do Bitcoin ao usar o sistema próprio que é mais leve e possibilita que as transações sejam efetuadas de maneira ágil e sem cobrança de taxas.
Vantagens e desvantagens
Uma das principais vantagens da IOTA é que ela precisa de menos trabalho computacional para validar as transações, o que faz com que ela seja mais ágil do que o Bitcoin e tenha maior escalabilidade, isto é, potencial de expansão.
Outra vantagem é que, como os usuários validam transações em troca da validação da confirmação de suas próprias validações, a IOTA não cobra taxas para enviar ou receber criptomoedas e também não recompensa os usuários com moedas.
Em comparação com o Bitcoin, a IOTA tem ainda a vantagem de ser mais leve ao mesmo tempo em que é resistente contra ataques hackers. Inclusive, é possível realizar as transações offline e quando o dispositivo se conectar novamente com a internet, elas são validadas e completadas.
Por fim, a IOTA tem ainda a vantagem de contribuir com a diversificação da carteira de criptomoedas. Sendo que, a diversificação é uma ferramenta importante para potencializar os retornos e diluir os riscos, principalmente em ativos voláteis como as moedas digitais.
Em contrapartida, mesmo com a diversificação a IOTA continua sendo uma criptomoeda que passa por constantes oscilações. Isso significa que adquirir IOTA não é recomendado para todos os perfis de investidores.
Como comprar IOTA?
O primeiro passo para adquirir IOTA é analisar se essa criptomoeda se encaixa com o seu perfil de investidor, já que se trata de um ativo bastante volátil. Depois disso, é preciso criar uma conta em uma corretora de valores especializada na negociação de criptoativos, conhecidas como exchanges.
Um detalhe importante, é que a IOTA é negociada em MIOTA (um milhão de IOTAS). Sendo assim, após criar sua conta na exchange, você deve informar a quantidade de MIOTAS que deseja adquirir.
O pagamento pode ser feito com o cartão de crédito ou com sistemas digitais, como, por exemplo, o PayPal. Também é possível comprar Bitcoins e posteriormente fazer a troca por IOTA.
Depois de comprar suas criptomoedas, é importante que você use uma carteira digital para garantir a segurança dos seus criptoativos.
Não é recomendado manter a IOTA dentro da conta da exchange, pois caso o sistema passe por falhas ou ataques hackers, você pode perder todas as suas moedas. Aprenda mais sobre a importância de uma Carteira virtual, o que? Como funciona, tipos, vantagens e desvantagens
Fontes: Magnetis, Capital research e Tecblog
Imagens: I., Toro radar, Criptofácil, Pplware, Investopedia, I.e Coin central