Futuro dos bancos tradicionais – Definição de Open Banking e vantagens

O Open Banking disponibiliza o acesso não é só aos dados bancários mas também serviços financeiros e produtos. Dessa forma, estarão disponíveis as características dos termos dos produtos,os custos e as condições contratuais.

21 de agosto de 2020 - por Jaíne Jehniffer


Qual o futuro dos bancos tradicionais é tema de discussão desde que surgiu o conceito de open banking. Isso porque, uma das características dos bancos tradicionais presentes no mercado é o tratamento dos dados bancários dos clientes como pertencente a eles. Conduto, com a abertura dos bancos, esses dados passam a serem vistos como pertencentes aos clientes.

É claro que diversas dúvidas surgem acerca da implementação dos open bankings e da segurança da informação. É claro que com todos os dados em um só lugar, parece mais fácil um ataque aos dados bancários das pessoas. Por isso, medidas de segurança são tomadas.

Outra questão recorrente é quanto às vantagens em abrir seus dados para as outras instituições. Para os clientes, talvez a principal vantagem seja a concorrência que irá aumentar entre os bancos. Com maior concorrência, a tendência é que os bancos passem a oferecer melhores serviços.

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O que é Open Banking

Traduzindo, Open Banking quer dizer banco aberto. Ou seja, Open Banking é o sistema bancário aberto. 

Basicamente, o Open Banking se refere ao conceito de que os donos dos dados bancários são os clientes, não os bancos. Em outras palavras, outras empresas podem acessar seus dados bancários se você autorizar. Dessa forma, o banco X tem que disponibilizar seus dados e os outros bancos terão acesso a eles. 

open banking

PagBrasil

O resultado disso é o acesso dos clientes às contas do banco por meios mais viáveis, além do aplicativo disponibilizado por determinado banco.

Open Banking é diferente dos bancos digitais que são completamente digitais, ou seja, não possuem instituição física que o cliente possa ir. As instituições financeiras continuam atendendo os clientes presencialmente e suas agências mantêm o funcionamento normal.

Contudo, com a lógica Open Banking, os dados estarão em plataformas completamente digitais, chamadas de APis. Assim, para que as instituições usem os dados, é preciso solicitar exatamente quais dados precisam e esclarecer seus objetivos.

O que é API

APIs – Application Programming Interface, em tradução livre, significa Interface de Programação de Aplicativos.

Em síntese, as APIs são protocolos de programação usados para possibilitar a interação entre diferentes sistemas. As informações são atualizadas de maneira automática, sempre, é claro, mantendo a segurança.

Nas APIs os programadores poderão desenvolver novos serviços e soluções aos clientes, visando sempre a melhor troca de dados. 

Open Banking

Podemos resumir da seguinte maneira: As APIs são uma reunião de programações padrões que possibilitam que sistemas diferentes interajam entre si.

Em outras palavras, as APIs permitem o compartilhamento de dados entre empresas bancárias. Os dados, portanto, ficam a disposição de seguradoras, bancos e fintechs (startups que trabalham para otimizar sistemas financeiros) autorizadas. 

Como o Open Banking Funciona?

Através das APIs os bancos tem acesso e disponibilizam dados bancários, bem como serviços financeiros e produtos. Dessa forma, ficam disponíveis as características dos termos dos produtos, os custos e as condições contratuais. 

Uma vantagem para o cliente é que, se ele precisar de algum serviço, o do crédito, por exemplo, todos os bancos terão acesso ao seu histórico. Dessa maneira, poderão analisar melhor seu histórico e oferecer condições mais vantajosas e competitivas. 

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Assim, controlar as finanças com o Open Banking fica mais fácil, já que através de um único aplicativo, o cliente já possui acesso à todas as contas e serviços contratados em todos os bancos em que tiver conta. Além do mais, com todas as informações disponíveis para os bancos analisarem, as instituições podem traçar o perfil mais detalhado de cada cliente e, dessa maneira, oferecer ofertas e produtos personalizados. 

Por outro lado, é importante lembrar que o compartilhamento é opcional. Cabe ao cliente analisar se pretende ou não que todos os outros bancos tenham acesso aos seus dados. Contudo, alguns países desenvolvidos como Estados Unidos, Japão, Austrália e Hong-Kong já implementaram o sistema.

Dessa maneira, ao implementar o sistema, o Brasil entra para a lista dos países com bancos mais tecnológicos e com transparência na informação.

É claro que ao juntar todos os dados em um único lugar, surge a dúvida em relação à segurança. Pois, o risco de ocorrerem transações não autorizadas e fraudes aumenta. Portanto, para que haja segurança total, os dados são protegidos por criptografia e senha, além de outros mecanismos desenvolvidos para aumentar a proteção. 

Vantagens

O futuro dos bancos tradicionais é um tema em debate, pois ascende a questão que se todos os clientes aderirem ao open banking, logo, os bancos terão que rever tanto a sua estrutura de atendimento, quando a forma com a qual lidam com as informações dos clientes. Diversas vantagens podem ser mensuradas com o compartilhamento de dados. Algumas delas são:

Aumento de concorrência entre os bancos: Como os serviços prestados pelas instituições a cada cliente, estarão disponíveis ao acesso dos outros bancos, logo a competitividade na oferta de novos produtos e serviços aumenta. Dessa maneira, os bancos tratarão melhor seus clientes, disponibilizando melhores ofertas e atendimentos personalizados.

O cliente decide: Os dados dos clientes deixam de serem vistos como pertencentes às instituições financeiras. Dessa forma, cabe ao cliente decidir por compartilhar seus dados ou não. Se ao analisar todas as vantagens você optar por não compartilhar seus dados, tudo bem, afinal, os dados pertencem a você, não aos bancos.

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Facilidade: Com todos os serviços em um único aplicativo, fica mais fácil ter acesso à sua vida financeira. Deixa de ser necessário, por exemplo, baixar vários aplicativos no celular. Dessa forma, não é preciso decorar vários usuários e senhas. 

Transparência: com o Open Banking, todos os contratos de serviços e produtos ficam disponíveis, dessa maneira, é mais transparente, uma vez em que é possível comparar claramente as vantagens e desvantagens que cada banco oferece. 

Perfil: Serviços e produtos poderão ser oferecidos baseados no perfil do cliente, ou seja, com o compartilhamento de dados fica mais viável o perfil ser analisado. 

Implementação

Já à alguns anos a possibilidade do Open Banking ser aderida pelo Brasil vem sendo debatida. Em 2019, o Banco Central publicou um comunicado em que previa os requisitos para a implementação. Inicialmente, a perspectiva é que a implementação comece ainda em 2020. 

Para que isso ocorra, o Banco Central vai auxiliar as empresas bancárias. Aos poucos, os bancos vão se encaixando nos quesitos necessários e, posteriormente, a plataforma estará aberta ao público.

Agora que você entendeu o que são Open Bankings, como funcionam e qual é o futuro dos bancos tradicionais, assista ao vídeo do Raul Sena e entenda sobre as revoluções bancárias que tivemos até chegarmos até o debate atual dos open bankings.

E aí, gostou de conhecer o futuro dos bancos tradicionais? Então conheça também o investidor Warren Buffett –  Vida e ensinamentos do maior investidor e filantropo do mundo

Fontes: Nubank, InfomoneyFia

Imagens: Forbes, PagBrasil, OB, Startupi, Forbes e 7comm

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