11 de setembro de 2024 - por Nathalia Lourenço
Rodadas de investimento são essenciais para o crescimento das startups, fornecendo o capital necessário em diferentes fases do desenvolvimento.
Para entender melhor como cada etapa funciona e seu impacto no sucesso das startups, continue a leitura.
O que é uma rodada de investimentos?
Rodadas de investimento ajudam startups a crescer mais rápido. Nesse processo, os fundadores mostram seus projetos para investidores, que, se gostarem, colocam dinheiro na empresa em troca de uma parte dela e de lucros futuros.
Empresas novas recebem investimentos menores, enquanto empresas mais avançadas conseguem captar valores maiores.
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Quais são os tipos de rodada de investimentos?
Existem várias rodadas de investimento, cada uma com um objetivo específico:
1) Investimento-anjo ou pré-seed
O investimento-anjo é a primeira rodada de financiamento para startups. Ele ajuda a testar a ideia, formar a equipe e criar o Produto Mínimo Viável (MVP).
Investidores-anjo são pessoas ou pequenos investidores profissionais que aportam capital. Normalmente, eles investem até R$ 1 milhão, pois a empresa ainda está começando.
Esse investimento é ideal para projetos iniciais que precisam validar um modelo de negócio. Nesse estágio, os investidores se baseiam mais na ideia dos fundadores do que em dados concretos.
Além de fornecer o capital, os investidores-anjo muitas vezes se tornam sócios. Eles oferecem experiência e conhecimento, o que agrega muito valor ao negócio. Enquanto a maioria dos investimentos-anjo vem de pessoas físicas, alguns fundos de venture capital também investem em startups nesse estágio.
Por fim, os investidores se preocupam principalmente com a demanda e a aceitação do público pela inovação da startup.
- Leia também: O que é e como encontrar um investidor-anjo?
2) Seed
O investimento seed, ou capital semente, é ideal para projetos que já foram validados e querem começar a crescer. Nessa fase, as startups usam o capital para ampliar a equipe e desenvolver produtos.
Com a startup mais avançada, ela faz pesquisas sobre o mercado e como o produto se encaixa nele, conhecido como product-market fit. O empreendedor deve mostrar aos investidores projeções claras e oportunidades definidas.
Os investidores costumam aportar entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões, pois a startup já tem uma base inicial de clientes que precisa se expandir.
3) Série A
Startups que querem crescer buscam o investimento Série A. Nessa fase, a empresa já está no mercado e quer atrair mais consumidores ou lançar novos produtos.
Para conseguir esse investimento, a startup precisa mostrar dados claros. Os investidores querem ver como a empresa usou o dinheiro anterior, quais métricas melhoraram e o potencial de lucro no futuro.
Os valores investidos variam de R$ 5 milhões a R$ 40 milhões. O objetivo é fortalecer a marca, expandir o negócio e aumentar a base de usuários.
Os financiadores geralmente são fundos de private equity e venture capital. Além disso, as startups nessa fase são chamadas de scaleups, devido ao seu grande potencial de crescimento.
4) Série B
Essa rodada de investimento é para negócios maduros que precisam acelerar o crescimento. Ela é a primeira rodada para empresas com uma estrutura de escala bem definida.
Nesse estágio, a startup deve melhorar seus processos internos para garantir uma expansão eficiente a médio prazo. Também é crucial estabelecer uma boa governança corporativa.
Os investidores costumam aplicar valores que podem ultrapassar R$ 30 milhões. Eles usam esse dinheiro para melhorar processos, expandir o mercado e adquirir outras empresas. Normalmente, fundos de private equity e family offices financiam essas rodadas.
5) Séries C, D, E, F e G
A partir da Série C, só startups em rápido crescimento entram nessas rodadas. Essas empresas trabalham para se profissionalizar e se consolidar no mercado, além de tentar expandir para o exterior.
Nessa fase, os investimentos são muito grandes, porque os retornos esperados são altos. Após essas etapas, a empresa pode dar o próximo passo: o Initial Public Offering (IPO), ou abertura de capital na bolsa de valores.
A duração de cada rodada pode variar. Nos estágios iniciais, o processo pode levar alguns dias ou semanas. Em fases mais avançadas, pode levar meses. Um ponto crucial é o valuation da empresa, que precisa atingir 1 bilhão de dólares.
Fontes: remessaonline, acolabam, liga, cubo, distrito e forbes