Qual a diferença entre juros e correção monetária?

Juros são a remuneração pelo uso do dinheiro ao longo do tempo; já a correção monetária ajusta valores para manter o poder de compra. Entenda.

3 de junho de 2025 - por Sidemar Castro


Seja para investir, comprar a casa própria ou solicitar um empréstimo, você certamente já se deparou com os termos juros e correção monetária. Embora os dois estejam ligados ao valor do dinheiro, são conceitos bem diferentes.

Quer entender de vez o que separa um do outro? É isso que vamos esclarecer neste artigo.

Leia mais: Poder de compra: o que é, como se determina, quais fatores afetam?

O que são os juros?

Entendendo os juros: Eles são o valor cobrado pelo empréstimo de dinheiro, ou a recompensa por investi-lo. Se você financia um carro ou faz um investimento, está lidando com juros: no primeiro caso, você os paga ao banco; no segundo, o banco os paga a você.

E como se calcula? É uma porcentagem definida conforme três fatores: prazo (tempo), valor envolvido e risco da operação. Simples assim!

Para maiores informações, leia também: Juros, o que são? Definição, principais tipos e como funcionam

O que é correção monetária?

Traduzindo a correção monetária: ela é o ajuste que protege seu dinheiro da corrosão da inflação. Quando os preços sobem (e seu poder de compra cai), ela atualiza valores para manter a equivalência real.

Quer ver um exemplo real? Se você guardou R$ 1.000 hoje, em um ano esse dinheiro valerá menos por causa da inflação. A correção monetária “recarrega” esse valor usando índices como:

Assim, contratos e investimentos não são corroídos pelo tempo!

Leia sobre esse conteúdo: Correção monetária: o que é, como funciona e como se calcula?

Principais diferenças entre juros e correção monetária

Suponha que você está financiando um imóvel: Os juros são o “aluguel” que você paga ao banco pelo dinheiro emprestado. A correção monetária é o “reajuste” que protege o valor da dívida contra a inflação – como se atualizasse o preço original pra compensar a alta geral dos preços.

Na prática, no seu financiamento, você pagará juros sobre o valor que usou (remuneração do banco); e correção do saldo devedor (atrelada a índices como IGP-M ou INCC, que refletem custos da construção).

Veja a diferença vital entre eles: Juros são iguais ao custo pelo uso do dinheiro, ou seja, você paga ou recebe. Enquanto que a correção é igual a um escudo contra a inflação. Em outras palavras, ela mantém o valor real do dinheiro no tempo.

Você pode até perguntar: Por que isso importa? Bom, entender essa dupla evita surpresas! Sem correção, uma dívida de 10 anos ficaria defasada pela inflação. Sem juros, ninguém emprestaria dinheiro. Juntos, eles equilibram riscos e oportunidades – seja num empréstimo ou investimento. Percebeu?

Leia também: Tipos de Juros: conheça os sete principais e como impactam suas finanças

Fontes: Imoteca, Faoliva e Debit.

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