1 de outubro de 2020 - por Jaíne Jehniffer
Criado pelo Banco Central do Brasil, o Pix foi anunciado no início do ano de 2020. O Pix é uma forma de realizar pagamentos instantâneos, onde as transferências, além de não terem custos, ficam disponíveis todos os dias, sem exceção.
Atualmente, as transações entre bancos exigem prazos de espera e desconto de taxas. Logo, com o Pix, as transações são instantâneas e sem custos para a pessoa física.
Em resumo, o Pix oferece ao cliente facilidade acima de tudo. Portanto, os bancos terão que se adaptar ao sistema do Banco Central e disponibilizar o Pix para os clientes. Enfim, a competitividade entre os bancos pode aumentar e os clientes só têm a ganhar com isso.
O que é
O Pix é um meio de pagamentos e transferências instantâneo anunciado, pelo Banco Central, em fevereiro de 2020. Dessa maneira, através do Pix, os pagamentos e transferências demoram apenas dez segundos para serem realizados.
Na prática, o Pix faz com que seja não apenas mais rápido, mas também mais barato realizar os serviços de pagamento e transferências. Oficialmente, o Pix tem data para começar a funcionar em novembro de 2020.
Enfim, o meio de pagamentos e transferências instantâneos é uma forma segura de realizar serviços bancários, que prioriza a facilidade e a conveniência dos usuários.
Custos
Atualmente, para realizar pagamentos, é possível através de boletos, cartões ou, ainda, no dinheiro. Já as transferências interbancárias são por meio de TED e DOC, onde, normalmente, são cobradas tarifas pelo serviço. Todas essas operações, além de serem demoradas, custam caro.
Além dos custos, existe também restrições em relação aos dias e horários em que se pode realizar pagamentos e transferências. Mesmo o pagamento em dinheiro não é interessante, já que representa um risco.
Portanto, no momento, nós temos os seguintes serviços disponíveis de transferência:
TED (Transferência Eletrônica Disponível): Depois da transferência, existe o prazo de 17 horas para o dinheiro estar disponível na conta do destinatário. Ele funciona apenas em dias úteis, os demais dias em que se realiza o TED, a transferência só será concluída no próximo dia útil. Não tem limite de envio.
DOC (Documento de Ordem de Crédito): O dinheiro chega ao destinatário apenas no dia seguinte. Contudo, se a transferência for realizada depois das 22h, pode demorar mais do que um dia útil. O limite é de R$ 4.999,99. O DOC também só funciona em dias úteis.
Os pagamentos realizados no dinheiro, por meio de boleto ou cartão, também possuem restrições de dias e horários. Além disso, caso o pagamento seja feito presencialmente, existe o risco de roubo ao andar com grandes quantias.
Dessa maneira, o Pix visa reduzir os custos. Portanto, para as pessoas físicas, o Pix será totalmente gratuito. Ou seja, em comparação com os custos de TED e DOC, já é um grande avanço.
Para as instituições financeiras que oferecerem o Pix, a taxa não será alta, sendo de R$ 0,01 a cada 10 operações. Contudo, para pessoas jurídicas, pode haver cobranças, dependendo da instituição financeira.
Como vai funcionar o pix
Todos os bancos e fintechs terão que se adequar ao Pix. Essa adequação tem até o novembro de 2020 para ocorrer, já que é a data em que, oficialmente, o serviço estará disponível para funcionamento. Porém, a partir de outubro, as instituições financeiras já estarão disponíveis para o registro de chaves de Pix.
Com o Pix, a realização de transferências e pagamentos não terá mais restrições de dias e horários. Ou seja, o serviço estará disponível o tempo, 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Essas transferências instantâneas já são realidade em algumas instituições, mas apenas para contas do próprio banco. Com o Pix, a instantaneidade e zero custos ocorre em transferências entre instituições.
Dessa maneira, as transações podem ser realizadas entre pessoas, entre pessoas e estabelecimentos comerciais, entre estabelecimentos e, ainda, para entes governamentais no pagamento de taxas e impostos.
Transações com o pix
Para se realizar transações bancárias existem três formas diferentes, sendo elas:
1- Dados
Essa forma é a mais usual hoje em dia, em que são pedidos os dados bancários do destinatário. O processo é similar ao TED e DOC, onde se preenche o CPF, o nome completo e a conta.
2- Chave Pix
As chaves Pix serão uma espécie de apelido usado pelos usuários para a identificação da conta no Pix. Essas chaves podem ser compostas pode CPF, CNPJ, e-mail, número do celular ou pode, ainda, ser aleatória.
Portanto, através da chave Pix é mais fácil e rápido realizar as operações do que digitando todos os dados da pessoa, afinal, basta digitar apenas um dado.
As pessoas físicas terão direito de registrar cinco chaves Pix para cada conta que seja titular. Já as pessoas jurídicas poderão registrar até 20 chaves por conta.
Entretanto, para cada conta, as chaves devem ser diferentes. Portanto, não é possível usar o e-mail como chave para mais de uma conta, é preciso usar outro dado.
3- QR Code
Em transações utilizando o QR Code, a instituição que receber o valor, deve apresentar um QR Code para que o usuário o leia através do celular.
Dessa maneira, vão existir dois tipos diferentes de QR Code a serem usados em situações diferentes.
QR Code estático: Esse QR Code poderá ser utilizado em várias transações e permite que o valor seja definido pelo pagador. Ele é indicado para transações entre duas pessoas, como transferências.
QR Code dinâmico: Essa outra opção de QR Code, pode conter informações diferentes para cada transação e, ainda, podem ser adicionadas outras informações. Esse é ideal para pagamentos de compras.
E aí, gostou de conhecer sobre o Pix? Essa novidade certamente irá mudar a forma como os bancos tradicionais trabalham. Com a chegada do Pix e, em breve, do open banking, a dúvida se ações de bancos devem ser vendidas pode passar pela cabeça do investidor. Assista o vídeo de Raul Sena e veja o que ele acha sobre as novas mudanças:
Enfim, agora que você conhece como vai funcionar o Pix e a facilidade no pagamento eletrônico que ele vai proporcionar, entenda também como é o funcionamento dos Bancos digitais – O que são, como funcionam e lista dos principais bancos
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