8 de dezembro de 2020 - por Jaíne Jehniffer
O custo-meta é um método de custeio usado principalmente pelas empresas montadoras de veículos com seus parceiros de negócios e fornecedores. Sendo assim, é uma forma de aumentar a margem de lucro por meio da diminuição do preço de produção.
O foco desta estratégia, é colocar como meta para a empresa a redução dos custos de produção. Ou seja, como os preços já estão determinados pelo mercado, cabe à empresa encontrar formas internas de reduzir seus custos e, consequentemente, aumentar os lucros.
O uso do custo-meta remonta dos anos pós-guerra, quando a Ásia buscava meios de reestruturar suas empresas. Dessa forma, a Toyota foi a responsável por desenvolver este método, baseando-se na Engenharia de Valor.
O que é custo-meta
O custo-meta também chamado de custeio-alvo, é um método de custeio. O termo deriva do inglês target costing ou target cost. Este método é usado, principalmente, por empresas montadoras de veículos, que propõem o custeio-alvo para os fornecedores e parceiros.
O ponto de partida do custo-meta é que o mercado define o preço de qualquer produto, de acordo com o valor que ele está disposto a pagar por ele. Portanto, para aumentar a margem de lucro, é preciso diminuir o preço da produção.
Origem
O método do custo-meta surgiu em 1965, por meio da Toyota. O intuito ao criar o método, era aliviar a grande pressão que as empresas passavam em relação à produção.
Acontece que, no cenário pós-guerra, os produtos que estavam no mercado asiático eram oriundos das empresas ocidentais, o que significava que eles estavam superfaturados. Além disso, as empresas estavam passando por escassez de mão de obra qualificada e matéria-prima.
Dessa maneira, baseando-se no conceito norte-americano de Engenharia de Valor, o custeio alvo foi criado como uma forma de diminuição de custos e planejamento de lucros.
Sendo assim, inicialmente a empresa buscou novos materiais com custos mais baixos, para substituir os insumos anteriores. Posteriormente, foi incorporada a ideia da redução de custos ao planejamento e desenvolvimento do produto, o que contribuiu com o foco estratégico da empresa.
Como o custo-meta funciona
No cálculo do custo-meta, é importante considerar que o preço de um produto determina qual pode ser o seu custo, Geralmente, a lógica levada em consideração no mercado é inversa: o custo determina o preço cobrado pelo produto.
Entretanto, o princípio do custeio-alvo é de que os preços dos produtos são definidos pelos preços que o mercado está disposto pagar. Ou seja, devemos considerar que o preço não é determinado pela empresa, mas sim pelo mercado.
Enfim, se uma empresa deseja aumentar sua margem de lucros, ela deve reduzir os custos da sua produção. Em outras palavras, quando uma empresa quer lucrar uma quantidade específica com determinado produto, ela deve reduzir os custos da sua produção da maneira proporcional. Dessa forma, o custo permitido se torna a meta a ser alcançada pela companhia.
Cálculos
Para encontrar o custo-meta temos a seguinte fórmula: C = P – α. Sendo que, C é o custo-meta, P é o Preço competitivo do mercado e, por fim, o α é a margem de lucro desejada.
Suponhamos que o mercado esteja disposto a pagar 200,00 reais por um produto e sua empresa deseja ter uma margem de lucro de 100,00 reais. Logo, o seu custo meta será de 100,00 reais.
Contudo, vale ressaltar que nem sempre é possível estabelecer um custo-meta alcançável. Isso porque, por vezes, o custo básico do produto é superior ao custo-meta desejado.
Em uma situação como esta, cabe ao gestor encontrar outras maneiras de reduzir os valores da produção, como encontrar uma nova matéria-prima mais barata.
Diferença entre custo meta e custo padrão
A principal diferença entre o custo-meta e o custo padrão, se refere à forma de ver os preços dos produtos. No custo padrão, o preço do produto depende do seu custo.
No cálculo tradicional para determinar o custo padrão, a empresa estima o custo de produção. Depois de determinar o custo de produção, é preciso acrescentar a margem de lucro desejada, o que resulta do preço de venda do produto.
No custo padrão a empresa desconsidera a média de preço do mercado ao fazer seus planejamentos de custos. Desse modo, a redução de custos será voltada somente para as ineficiências do processo e nos prejuízos.
Por outro lado, no custo-meta, acredita-se que o preço já está determinado pelo mercado e cabe a empresa encontrar formas de reduzir os custos de produção. Em resumo, os dois conceitos funcionam de maneiras opostas.
Além do custo-meta, existem outros termos econômicos uteis, como por exemplo: lucratividade, patrimônio líquido e incentivos fiscais. Além disso, é importante saber também como fazer um Balança comercial, o que é? Definição, principais tipos e como calcular
Fontes: Suno, Techoje e Custos e agronegócio online
Imagens: Serjal, Direito diário, Endeavor, Ps imobiliária, RH profissões e Jornal contábil