8 de dezembro de 2020 - por Nathalia Lourenço
O custo-meta é um método de custeio utilizado pelas empresas para estabelecer objetivos financeiros claros e garantir a competitividade no mercado. Baseado na ideia de determinar um custo máximo aceitável para a produção de um produto, o método busca otimizar os processos e maximizar a margem de lucro.
Ao definir uma meta de custo, as empresas são desafiadas a reduzir seus custos de produção sem comprometer a qualidade, buscando sempre o equilíbrio entre preço e rentabilidade.
Quer entender melhor como esse método funciona e como aplicá-lo na prática? Continue lendo para descobrir mais sobre o custo-meta e suas vantagens para a gestão financeira.
O que é custo-meta?
O custo-meta também chamado de custeio-alvo, é um método de custeio. O termo deriva do inglês target costing ou target cost. Empresas montadoras de veículos usam este método e propõem o custeio-alvo para os fornecedores e parceiros.
O ponto de partida do custo-meta é que o mercado define o preço de qualquer produto, de acordo com o valor que ele está disposto a pagar por ele. Portanto, para aumentar a margem de lucro, é preciso diminuir o preço da produção.
Como o custo-meta funciona?
No cálculo do custo-meta, é importante considerar que o preço de um produto, determina qual pode ser o seu custo, Geralmente, a lógica levada em consideração no mercado é inversa: o custo determina o preço cobrado pelo produto.
Entretanto, o princípio do custeio-alvo define que os preços dos produtos são determinados pelos preços que o mercado está disposto a pagar. Ou seja, devemos considerar que o preço não é determinado pela empresa, mas sim pelo mercado.
Para aumentar sua margem de lucro, a empresa deve reduzir os custos de produção. Em outras palavras, quando busca obter um lucro específico com um produto, ela precisa diminuir os custos de produção de forma proporcional. Assim, o custo permitido se torna a meta que a empresa deve alcançar
Como se calcula o custo-meta?
Para encontrar o custo-meta temos a seguinte fórmula: C = P – α. Sendo que C é o custo-meta, P é o Preço competitivo do mercado e, por fim, o α é a margem de lucro desejada.
Suponhamos que o mercado esteja disposto a pagar 200,00 reais por um produto e sua empresa deseja ter uma margem de lucro de 100,00 reais. Logo, o seu custo meta será de 100,00 reais.
Contudo, vale ressaltar que nem sempre é possível estabelecer um custo-meta alcançável. Isso porque, por vezes, o custo básico do produto é superior ao custo-meta desejado. Em uma situação como esta, cabe ao gestor encontrar outras maneiras de reduzir os valores da produção, como encontrar uma nova matéria-prima mais barata.
Quais as diferenças entre custo-meta e custo padrão?
A principal diferença entre o custo-meta e o custo padrão, se refere à forma de ver os preços dos produtos. No custo padrão, o preço do produto depende do seu custo. No cálculo tradicional para determinar o custo padrão, a empresa estima o custo de produção. Depois de determinar o custo de produção, é preciso acrescentar a margem de lucro desejada, o que resulta do preço de venda do produto.
No custo padrão a empresa desconsidera a média de preço do mercado ao fazer seus planejamentos de custos. Desse modo, a redução de custos será voltada somente para as ineficiências do processo e nos prejuízos.
Por outro lado, no custo-meta, acredita-se que o preço já está determinado pelo mercado e cabe a empresa encontrar formas de reduzir os custos de produção. Em resumo, os dois conceitos funcionam de maneiras opostas.
Origem do custo-meta
O método do custo-meta surgiu em 1965, por meio da Toyota. O intuito ao criar o método, era aliviar a grande pressão que as empresas passavam em relação à produção.
Acontece que, no cenário pós-guerra, os produtos que estavam no mercado asiático eram oriundos das empresas ocidentais, o que significava que eles estavam superfaturados. Além disso, as empresas estavam passando por escassez de mão de obra qualificada e matéria-prima.
Dessa maneira, baseando-se no conceito norte-americano de Engenharia de Valor, o custeio alvo foi criado como uma forma de diminuição de custos e planejamento de lucros.
Sendo assim, inicialmente a empresa buscou novos materiais com custos mais baixos, para substituir os insumos anteriores. Posteriormente, foi incorporada a ideia da redução de custos ao planejamento e desenvolvimento do produto, o que contribuiu com o foco estratégico da empresa.
Além do custo-meta, existem outros termos econômicos uteis, como por exemplo: lucratividade, patrimônio líquido e incentivos fiscais. Além disso, é importante saber também como fazer um Balança comercial.
Fontes: Suno, Techoje e Custos e agronegócio online