11 de março de 2021 - por Jaíne Jehniffer
A Monero é uma criptomoeda caracterizada por funcionar de maneira totalmente anônima. Ou seja, as suas transações não podem ser rastreadas, o que é uma grande vantagem em comparação com outras moedas.
Para garantir o anonimato, a Monero se utiliza de algumas medidas, como por exemplo a criptografia que protege os endereços de envio e recebimento, além do valor transacionado. Nesse sentido, essa moeda protege muito mais a privacidade dos usuários do que o Bitcoin.
Ao dar prioridade máxima para a proteção de dados dos usuários, a Monero atraiu a atenção não apenas de pessoas que gostam de usar o sistema descentralizado e anônimo, mas também criminosos que utilizam a criptomoeda em negociações na Dark Web.
O que é Monero?
A Monero (XMR) é uma moeda digital com objetivos semelhantes ao Bitcoin, porém suas transações são mais difíceis de serem rastreadas.
Diferente das outras criptomoedas, a Monero não surgiu a partir do código do Bitcoin. Na verdade, o protocolo CryptoNote foi criado completamente do zero, exclusivamente para que essa moeda fosse desenvolvida.
Lançada em 2014, inicialmente a Monero não tinha preço atrelado. Entretanto, assim como as outras moedas, o seu valor de mercado é resultado da oferta e demanda. Logo, com o aumento do seu uso, a Monero passou por uma forte valorização ao longo dos anos, e continua a se valorizar rapidamente.
A Monero é caracterizada principalmente pelo anonimato. Sendo que, na época em que foi lançada, ela era a única criptomoeda que impossibilitava completamente o rastreio de transações.
Outra característica da Monero, é que ela funciona de maneira descentralizada. Portanto, as suas transações ocorrem diretamente entre um usuário e outro, sem a necessidade da intermediação de um banco.
Os dados das transações são gravados em uma base de dados pública, o blockchain. O Bitcoin também tem sua estrutura no blockchain, contudo, a Monero se preocupa ainda mais com o anonimato das transações e, por isso, toma medidas para que elas não sejam rastreadas.
Enfim, as características citadas acima, são também suas vantagens: descentralização, anonimato e rapidez nas operações, já que não depende de bancos.
Como a Monero funciona?
O ecossistema Monero funciona por meio do software Nitrogen Nubela, o que possibilita que as transações sejam anônimas. Na rede, elas são transmitidas pelo Dandelion, onde todas as transações são possíveis graças à uma carteira, que é o método de armazenamento principal.
Desse modo, quando os tokens são enviados para os usuários, eles aparecem nas carteiras individuais. A função da Monero é a mesma da moeda digital mais famosa do mundo, o Bitcoin. Sendo assim, o seu objetivo é possibilitar que transações sejam realizadas rapidamente em qualquer parte do mundo.
Para serem mineradas, é preciso que o computador resolva um problema matemático, o que resulta na criação de um novo bloco transmitido no ecossistema. Quem consegue minerar é recompensado com um XMR especificado. Enfim, a Monero pode ser guardada em diferentes tipos de carteiras:
- Monero GUI – Desktop;
- Monerujo – carteira móvel;
- MyMonero – carteira baseada na web;
- Guarda – Carteira Web/móvel;
- Edge – carteira móvel.
Anonimato
A grande vantagem da Monero, em comparação com as demais moedas virtuais, é a proteção da privacidade dos usuários. Enquanto criptomoedas como o Bitcoin são distribuídas em carteiras digitais, a Monero cria uma senha que muda a cada transação.
Desse modo, os valores podem ser visualizados somente por quem possui a chave, o que significa que a localização dos usuários é dificultada.
Além disso, no blockchain não é possível identificar as pessoas que fizeram transferências, pois ele deixa público apenas um identificador que não está vinculado às carteiras virtuais (como acontece com o Bitcoin). Sendo que esses identificadores podem ser bloqueados somente pelo dono da senha secreta da transação.
A Monero tem ainda embutido em seu código, um sistema de lavagem integrado. Em síntese, esse sistema atribui os valores transferidos pela blockchain em várias senhas e redistribui aos mesmos donos. A quantidade de Monero continua a mesma, mas a origem dos valores se torna impossível de rastrear.
Como a Monero não pode ser rastreada, ela ganhou uma certa popularidade entre os criminosos. Sobretudo depois que ela passou a ser aceita como forma de pagamento na Dark Web. Inclusive, alguns hackers usam o vírus Adylkuzz para infectar computadores e minerar a Monero.
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Fontes: Tectudo, Guia do bitcoin, Infomoney e Getmonero
Imagens: Live coins, Criptonizando, Cryptoverze e Welive security