Origem dos bancos: onde e quando surgiram?

12 de fevereiro de 2021 - por Jaíne Jehniffer


A origem dos bancos está atrelada ao desenvolvimento do comércio, mas trilharam um longo caminho até chegar ao sistema internacional que se estende por todo o planeta.

Atualmente, além dos bancos tradicionais, existem os bancos digitais que proporcionam uma experiência totalmente virtual para os clientes. Os bancos são regulados pelo Banco Central de cada país, que possui a função de emitir dinheiro, capturar recursos financeiros e regular os bancos comerciais e industriais.

Quer saber a história da origem dos bancos? Nesta matéria, contamos o que de mais importante você precisa saber.

Quais foram os precursores dos bancos?

De certa forma, os bancos surgiram há milhares de anos, com registros de instituições financeiras existentes desde a Mesopotâmia por volta de 2000 a.C., onde templos recebiam depósitos de grãos e metais preciosos e concediam empréstimos aos comerciantes.

Na China, no século VII, surgiram as casas de câmbio para trocar moedas de comerciantes de diferentes regiões, que posteriormente começaram a oferecer serviços bancários como depósitos e empréstimos.

No Ocidente, acredita-se que os primeiros bancos tenham surgido na Itália a partir do século XII, conhecidos como “bancos de depósito”. Porém, não há comprovação de que eles trabalhassem com recursos de terceiros desconhecidos ou configurassem uma rede capaz de multiplicar depósitos com empréstimos contínuos.

A primeira instituição bancária de grande escala surgiu da Ordem dos Cavaleiros Templários, fundada em Jerusalém por volta de 1118. Eles dedicaram sua vida ao serviço da Igreja e à tarefa de libertar os Lugares Santos, mas posteriormente se tornaram empreendedores, gerenciando a maior corporação bancária internacional por quase 200 anos.

O primeiro banco moderno, o Banco di San Giorgio, data de 1406, em Gênova, na Itália. Já os primeiros serviços bancários eletrônicos surgiram apenas em 1983, na Escócia.

Onde e quando surgiram os bancos?

Acredita-se que as primeiras operações bancárias da história tenham sido desenvolvidas na civilização fenícia. Entretanto, o nome banco foi concebido pelos romanos: significava a mesa em que eram realizadas as trocas de moedas.

Com o florescimento do comércio no fim da Idade Média, surgiu a função do banqueiro, se tornou algo muito comum na Europa.

Durante a Idade Média, a atividade bancária ganhou ímpeto nas cidades comerciais da Europa. Os banqueiros italianos notáveis, como os Medici, estabeleceram casas bancárias, desempenhando papéis cruciais no financiamento do comércio e nas transações internacionais.

A necessidade crescente de financiamento nas feiras medievais estimulou o desenvolvimento de instrumentos financeiros, como letras de câmbio, marcando uma fase importante na evolução do sistema bancário.

O Banco de Veneza é considerado o primeiro banco comercial do mundo. Foi estabelecido em Veneza, na Itália, em 1157. Sua função era financiar os monarcas em suas atividades comerciais e transações internacionais.

A pedra fundamental do sistema bancário, no entanto, foi lançada em outro estado italiano, Gênova, pelo Banco di San Giorgio, em 1406. Esse banco foi bastante longevo, operando por quase 400 anos, até seu fechamento em 1805.

Os bancos e a origem do dinheiro em cédulas

Conforme a economia europeia se desenvolvia, os banqueiros passaram a aceitar depósitos monetários.

Como uma comprovação de que as pessoas tinham reservas com os bancos, eram emitidos certificados conhecidos como goldsmith’s notes, nos bancos londrinos. Para que os valores depositados fossem resgatados, bastava apresentar o certificado e sacar integralmente ou parte do valor guardado. 

Com o passar do tempo, esses certificados passaram a ser aceitos como meio de pagamento, já que eram mais seguros, fáceis e leves de carregar do que o ouro físico.

Foi assim que surgiram as primeiras cédulas de dinheiro. Ou seja, inicialmente as notas eram lastreadas em ouro, não eram como hoje em dia, emitidas e controladas pelos governos.

Com o passar do tempo, os banqueiros perceberam que as pessoas, geralmente, não retiravam tudo o que haviam depositado. Dessa maneira, surgiu a ideia de usar parte dos recursos guardados para conceder empréstimos em troca de juros. Portanto, através do empréstimo dos recursos dos clientes, os banqueiros encontraram uma forma de acumular riqueza. 

Uma curiosidade é que a cobrança de juros não era aprovada pela igreja. Por isso, os judeus eram os donos de muitos dos bancos da época. Outro fato interessante é que os donos dos bancos se tornaram bastante poderosos com a queda do feudalismo, já que eles passaram a receber terras como pagamento das dívidas dos senhores feudais.

Para que servem os bancos?

Os bancos desempenham funções essenciais no sistema financeiro e na economia. Eles atuam como intermediários entre poupadores (indivíduos e empresas que têm dinheiro para investir) e tomadores de empréstimos (aqueles que precisam de dinheiro). Captam depósitos dos poupadores e concedem empréstimos aos tomadores, facilitando o fluxo de recursos na economia.

As instituições finaneiras oferecem uma variedade de serviços financeiros, como contas correntes, poupança, investimentos, cartões de crédito, transferências, pagamentos e cheques. Eles também fornecem custódia (guarda) de dinheiro e ativos.

Os bancos concedem crédito a indivíduos e empresas, permitindo que eles financiem projetos, comprem bens ou invistam em suas atividades. Isso impulsiona o consumo e o investimento na economia.

Assim, os bancos incentivam a poupança, oferecendo contas de poupança com juros. Eles também facilitam o investimento, permitindo que as pessoas comprem ações, títulos e outros ativos financeiros.

Os bancos gerenciam o sistema de pagamentos, permitindo que as pessoas transfiram dinheiro de forma segura e eficiente, facilitando transações comerciais e pessoais.

Como os bancos funcionam?

Os bancos são instituições financeiras que captam recursos de clientes (pessoas físicas, empresas, indústrias e/ou governo) por meio de depósitos e os utilizam para conceder empréstimos a outros clientes, cobrando juros nessas operações. Dessa forma, os bancos ajudam na circulação do dinheiro e no desenvolvimento do comércio nacional e internacional.

Eles obtêm lucros através dos juros e taxas cobradas pelas transações, como taxa de manutenção de conta, juros de empréstimos, taxas, etc. As instituições são regulados pelo Banco Central (ou órgão correspondente de cada país), que possui funções como emitir dinheiro, capturar recursos financeiros e regular os bancos comerciais e industriais.

No Brasil, o horário de funcionamento das agências bancárias varia de acordo com a localização:

  • Capitais: 10h às 16h
  • Cidades do interior: 11h às 16h

As instituições financeiras ficam abertas por no mínimo 5 horas ininterruptas durante o dia, com atendimento obrigatório das 12h às 15h. Porém, os bancos podem optar por estender seus horários ou oferecer atendimento diferenciado conforme suas políticas.

Nos feriados, as agências não abrem presencialmente e as compensações bancárias não são efetivadas, exceto o Pix que funciona 24h. Como alternativa, os clientes podem utilizar os canais digitais dos bancos (sites e aplicativos) para realizar transações nesses dias.

Fontes: Lifetime, ServiCOOP, A Terra é Redonda, Brasil Escola

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