Amortização: o que é, como funciona e quais são os tipos?
18 de maio de 2021, por Sidemar Castro
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A amortização é uma maneira de pagar aos poucos uma dívida. Por esse motivo, é bastante utilizada no pagamento de financiamentos e empréstimos.
A cada parcela paga, parte do saldo devedor é amortizado. Porém, as parcelas não são constituídas apenas do saldo devedor, mas também dos encargos e juros.
Existem diferentes sistemas de amortização e os dois principais é o SAC e a Tabela Price. No SAC as parcelas de dívida vão sendo reduzidas com o tempo, pois a amortização é constante. Já na Tabela Price o valor das parcelas é sempre o mesmo.
Leia a matéria a seguir e saiba mais sobre o que é amortização.
O que é amortização?
A amortização é uma ferramenta usada para diminuir o valor de custo de algo finito ou infinito que sofre com o acréscimo de encargos. Ou seja, a amortização consiste no pagamento de uma dívida através de prestações dentro de um prazo previamente determinado.
Por exemplo, em um financiamento imobiliário, a pessoa paga as prestações mensalmente e no final ela quita a dívida. Portanto, a cada prestação paga a dívida vai diminuindo, já que o saldo devedor é amortizado.
Quando o devedor realiza o pagamento antecipado de algumas parcelas, ocorre a amortização extraordinária. Geralmente esse tipo de amortização é realizado no FGTS, onde é possível usar esse recurso para pagar algumas parcelas ou para quitar a dívida.
Assim, esse recurso é utilizado tanto para diminuir o valor das parcelas quanto para reduzir o valor. Dessa maneira, se houver uma diminuição na quantidade de parcelas, ocorre uma redução nos encargos e juros embutidos.
Como funciona?
A amortização é calculada tendo como base o valor da dívida. Já as parcelas são o resultado não apenas da amortização, mas também dos juros e encargos embutidos. Em outras palavras, a amortização é calculada em cima do montante que foi emprestado, já as parcelas a serem pagas incluem os encargos e juros embutidos.
Nos empréstimos e financiamentos, as taxas cobradas podem ser prefixadas ou pós-fixadas. Em síntese, nas prefixadas a taxa é estabelecida no momento da contratação. Ou seja, a pessoa sabe desde a contratação qual será o valor correspondente em juros de cada parcela.
Em contrapartida, no pós-fixado as taxas acompanham indicadores econômicos, como, por exemplo, o índice de inflação. Logo, o preço final das parcelas podem ser mais altos ou mais baixos de acordo com a situação econômica nacional.
Quais são os tipos de amortização?
Os sistemas de amortização mais usados no Brasil são o SAC e a Tabela Price. Além desses dois sistemas principais, existe ainda o americano e o sistema de pagamento único.
Tabela Price
Na Tabela Price, o valor das prestações é a mesma do começo até a quitação da dívida. Dessa maneira, a pessoa já sabe qual será o valor das parcelas e os juros são calculados no momento da contratação. Esse tipo de sistema de amortização é bastante utilizado em compras parceladas de veículos e eletrodomésticos.
A diferença entre o SAC e a Tabela Price, é que no SAC a amortização acontece sempre que uma parcela é paga. Isso significa que a base de cálculo dos juros é reduzida mensalmente, o que faz com que o valor das parcelas seja reduzido conforme o tempo passa.
Por outro lado, na Tabela Price não ocorre a amortização a cada prestação paga, o que significa que os juros podem ser calculados quando a dívida é contraída e a parcela permanece a mesma até a dívida ser quitada.
SAC
O Sistema de Amortização Constante é o mais utilizado nos financiamentos imobiliários. A característica principal desse sistema é a diminuição do valor das parcelas, conforme elas vão sendo pagas. Esse sistema de amortização é chamado de constante, pois o valor deduzido mensalmente do valor da dívida é sempre o mesmo.
Sendo assim, o que faz o valor das parcelas serem reduzidas são os juros. Isso porque, os juros são calculados em cima do saldo devedor, o que faz com que as parcelas iniciais tenham valor maior.
Como a amortização da dívida ocorre de maneira constante, mensalmente ocorre uma redução na base de cálculo dos juros. Logo, quanto mais a dívida é amortizada, menores ficam os juros.
Sistema Americano
Neste sistema a amortização não é mensal e o pagamento ocorre somente em cima dos juros das parcelas. Dessa forma, quando o empréstimo é finalizado, o devedor paga o valor integral.
Pagamento único
Por fim, temos ainda o sistema de pagamento único onde o devedor faz o pagamento de uma única vez no final do contrato. O valor a ser pago é calculado tendo como base a amortização total da dívida e os juros.
Qual tipo vale mais a pena?
Escolher o melhor sistema de amortização depende das necessidades individuais, do perfil do cliente e de outros fatores. Cada tipo de amortização possui características e impactos financeiros diferentes na vida do titular da dívida.
Os tipos de amortização de empréstimos mais comuns no Brasil são a Tabela Price e a Tabela SAC. Além desses, há também o Sistema Americano e o Pagamento Único. Outros sistemas incluem o Sistema de Amortização Misto (SAM), o Sistema Alemão, o Pagamento variável, e a Amortização extraordinária.
Cada modelo possui uma incidência diferente sobre o cálculo de juros da dívida, alterando o valor da parcela de acordo com a regra escolhida. Portanto, é importante entender cada sistema para escolher o que melhor se adapta à sua situação financeira. A recomendação é consultar um consultor financeiro ou fazer uma simulação para entender melhor cada sistema antes de tomar uma decisão.
Por fim, antes de realizar um empréstimo ou financiamento, vale a pena fazer uma Organização financeira – 10 Passos para equilibrar as finanças pessoais
Como fazer a amortização?
A amortização é o processo de pagamento de uma dívida ao longo do tempo através de pagamentos regulares. O valor da amortização é a parte do pagamento que é usada para reduzir o valor da dívida.
Aqui está a fórmula básica para calcular a amortização:
Amortização = Pagamento – Juros
Isso significa que o valor amortizado é o que sobra do pagamento depois de descontados os juros. Por exemplo, se uma dívida inicial de 1000 acumulou 40 de juros após um mês e foi feito um pagamento de 90, então a amortização foi de 50 (ou seja, 90 – 40).
É melhor amortizar ou investir?
A decisão entre amortizar uma dívida ou investir o dinheiro depende de vários fatores, incluindo o custo do financiamento, a taxa de rendimento dos investimentos e o perfil de risco do indivíduo.
Aqui estão alguns pontos a considerar:
- Custo Efetivo Total (CET) do Financiamento: Este é o custo real do seu financiamento, que inclui não apenas a taxa de juros, mas também seguros e taxas embutidos no valor da parcela.
- Taxas de Rendimento dos Investimentos: Você deve considerar as taxas de rendimento dos investimentos disponíveis para você.
- Perfil de Risco: Se você é avesso ao risco, pode preferir a certeza de reduzir sua dívida em vez da incerteza dos retornos do investimento.
- Estado da Reserva Financeira: Se você já tem uma reserva financeira sólida, pode ser mais vantajoso investir o dinheiro extra.
Para tomar uma decisão informada, você pode comparar o CET do seu financiamento com a taxa de rendimento do investimento. Se o resultado for:
- Positivo: É mais vantajoso amortizar a dívida, pois você paga mais juros do que ganharia aplicando o dinheiro.
- Negativo: O investimento está rendendo mais do que você paga de juros. Nesse caso, seria mais vantajoso investir o dinheiro.
No entanto, lembre-se: esta não é uma regra que vale para todos e a escolha precisa levar em conta fatores pessoais. É sempre uma boa ideia consultar um consultor financeiro antes de tomar essa decisão.
Quais são as vantagens e as desvantagens da amortização?
A amortização é um processo financeiro que tem suas vantagens e desvantagens, e estas podem variar dependendo do sistema de amortização escolhido. Aqui estão algumas vantagens e desvantagens dos sistemas de amortização mais comuns:
1. Sistema de Amortização Constante (SAC):
- Vantagens: As parcelas diminuem ao longo do tempo, pois os juros diminuem à medida que a dívida é paga. Isso pode evitar problemas com endividamento no longo prazo.
- Desvantagens: As parcelas iniciais têm valor mais alto.
2. Tabela Price:
- Vantagens: As parcelas são previsíveis, mantendo um valor constante durante todo o financiamento ou empréstimo. As primeiras parcelas quitam os juros enquanto as últimas pagam o capital tomado.
- Desvantagens: A quitação do saldo devedor é mais demorada em relação a outros sistemas de amortização. Há um maior acúmulo de juros pagos em prazos mais longos.
3. Sistema Americano:
- Vantagens: Pagamentos mensais equivalentes aos juros, sem amortizações mensais, e prevê a amortização total da dívida inicial em um único pagamento no final de um período estipulado.
- Desvantagens: Pode ser arriscado se o devedor não tiver a capacidade de fazer o pagamento final.
4. Pagamento Único:
- Vantagens: Um único pagamento é feito no final de um período estipulado, correspondendo à amortização total da dívida inicial acrescida dos juros.
- Desvantagens: Pode ser arriscado se o devedor não tiver a capacidade de fazer o pagamento final.
A escolha do sistema de amortização depende de diversos fatores, como o valor da sua dívida, o objetivo com a antecipação e outras características. É sempre uma boa ideia consultar um consultor financeiro antes de tomar essa decisão.
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Fontes: Cashme, Omie, Serasa, Investnews, Eleve usas vendas, PagSeguro