Passivo circulante: o que é, exemplos, importância


Passivo circulante são as obrigações e dívidas a curto prazo em uma empresa. Também é um dos dados que compõem o balanço patrimonial. Lançamentos de contas a pagar, despesas provisionadas, dívidas de curto prazo e dívidas de longo prazo a vencer são exemplos de passivos circulantes.

Neste texto, vamos detalhar melhor este conceito, além de explicar o que é passivo não circulante.

O que é passivo circulante?

Primeiramente, entenda que passivos são as despesas e dívidas de uma empresa, seja com pessoas jurídicas ou físicas. Nesse sentido, o passivo circulante é o conjunto de obrigações e dívidas a curto prazo de uma empresa, chamado também de exigível a curto prazo.

Portanto, todas as obrigações financeiras com prazo inferior a um ano são consideradas um passivo circulante. Ficou claro?

Podemos citar três tipos: operacional, financeiro e cíclico.

O operacional diz respeito às operações da companhia, ou seja, são as contas relacionadas ao funcionamento da empresa. O passivo circulante financeiro são os valores monetários, por exemplo, financiamentos e duplicatas a curto prazo. Enfim, o terceiro tipo engloba as contas que são frequentes e/ou se repetem.

Exemplos de passivos circulantes

Os impostos referentes ao enquadramento tributário da empresa e os encargos sociais dos funcionários são alguns exemplos. Confira outros abaixo:

  • Matéria-prima;
  • Contas mensais;
  • Aluguéis;
  • Salário de funcionários;
  • Férias e 13º salário;
  • Encargos sociais;
  • Crédito de acionistas e sócios;
  • Impostos;
  • Empréstimos e financiamentos tomados de instituições financeiras;
  • Fornecedores;
  • Títulos;
  • Adiantamento de salário;
  • Obrigações com fornecedores;
  • Juros;
  • Lucros a distribuir entre os sócios;
  • Variações monetárias ativas com vencimento em menos de um ano;
  • Comissões ativas.

Normalmente, as obrigações que compõem o passivo circulante são liquidadas com o ativo circulante, isto é, os ativos derivados da operação empresarial, como, por exemplo, estoques e contas a receber no curto prazo.

Como calcular?

Como você vai ver, é bem simples fazer esse cálculo. Para isso, você deve utilizar a seguinte fórmula:

  • Patrimônio Líquido = Ativo Circulante + Passivo Circulante

Dessa forma, ao somar, separadamente, todos os ativos e passivos, você terá o valor do patrimônio líquido da companhia. Por meio dele, você saberá se houve retorno financeiro e de quanto foi.

Qual é a importância para a empresa?

Analisar o passivo circulante de um negócio é primordial para os gestores e investidores, sobretudo os relacionados ao endividamento das companhias. Isso porque o endividamento das empresas serve como um indicativo da sua saúde financeira.

Vale lembrar que é normal as empresas terem um certo nível de alavancagem que possibilite a aceleração do crescimento. Entretanto, empresas com dívidas descontroladas podem ser muito perigosas.

Assim, para os gestores, analisar os dados financeiros é importante para evitar o descontrole da companhia e tomar cuidado ao utilizar a manobra conhecida como rolar a dívida.

De forma simples, essa manobra consiste em quitar as dívidas antigas da empresa através de novas dívidas de curto prazo. A lógica é que o dinheiro de curto prazo custa mais barato do que o de longo prazo. Esse ato pode funcionar por um tempo, porém, se as taxas de juros subirem, a empresa pode perder o controle das dívidas.

Portanto, para os investidores, a análise do passivo circulante é útil para verificar a saúde financeira da empresa e evitar investir naquelas que estão com dívidas tão descontroladas que podem acabar falindo.

Qual é a diferença entre passivo circulante e não circulante?

Tanto o passivo circulante quanto o não circulante fazem parte do balanço patrimonial e representam as obrigações e dívidas da companhia.

Contudo, a diferença entre eles são justamente os prazos. No passivo circulante, as obrigações devem ser liquidadas no prazo de 12 meses.

Por outro lado, as dívidas e obrigações são de longo prazo no passivo não circulante, ou seja, todos os passivos com prazo superior a um ano são considerados como passivo não circulante.

Por fim, listamos a seguir alguns exemplos desse tipo. São eles:

  • empréstimos e aportes financeiros de médio ou longo prazo;
  • debêntures;
  • compras parceladas em mais de 12 vezes.

E aí, gostou desta matéria? Esperamos ter ajudado! Então, aproveite que está aqui e confira este outro conteúdo que trata de ativos financeiros, seus tipos e características. Boa leitura!

Fontes: Suno, Cobre fácil, Capital research, Dicionário financeiro, Keruak e Provu.

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