Superendividamento: o que é e o que fazer se acontecer?

Superendividamento é a incapacidade de uma pessoa de pagar dívidas sem comprometer o sustento básico e essencial para viver. Veja o que é.

1 de abril de 2025 - por Sidemar Castro


O superendividamento é uma situação em que uma pessoa acumula tantas dívidas que não consegue pagá-las sem comprometer o básico para sua sobrevivência, como alimentação, moradia e saúde. Sendo assim, isso acontece quando os gastos e as obrigações financeiras ultrapassam a renda disponível, tornando impossível equilibrar as contas.

Existem várias razões para o superendividamento. Algumas das mais comuns incluem uso excessivo de crédito, imprevistos financeiros ou falta de educação financeira.

No Brasil, a Lei do Superendividamento foi criada para proteger consumidores nessa situação. Ela incentiva a renegociação das dívidas e proíbe práticas abusivas na oferta de crédito.

Entenda nessa matéria, o que fazer se acontecer de você cair no superendividamento.

O que é o superendividamento?

O superendividamento ocorre quando uma pessoa acumula tantas dívidas que não consegue mais pagá-las sem comprometer o dinheiro necessário para suas despesas básicas, como alimentação, moradia e saúde. Em outras palavras, a dívida se torna maior do que a capacidade de pagamento.

Essa situação desesperadora pode acontecer por vários motivos. Por exemplo, gastos excessivos com cartão de crédito, empréstimos com juros altos, redução inesperada da renda ou imprevistos, como doenças ou desemprego. Além disso, a falta de planejamento financeiro pode aumentar o risco de cair nessa situação.

Para lidar com o superendividamento, é essencial tomar algumas medidas. A renegociação das dívidas, a busca por orientação financeira e a organização de um orçamento realista são passos importantes.

Ademais, no Brasil, existe a Lei do Superendividamento, que ajuda pessoas a negociarem suas dívidas de maneira mais justa, preservando o mínimo necessário para o sustento.

Com isso, podemos entender o superendividamento como um problema que vai além das finanças, afetando também a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas.

O que é o mínimo existencial?

O mínimo existencial é o valor necessário para garantir que uma pessoa consiga viver com dignidade. Esse conceito está relacionado às despesas básicas indispensáveis, como alimentação, moradia, saúde, educação e transporte. Em outras palavras, é o que uma pessoa precisa para atender às suas necessidades essenciais e manter uma vida minimamente confortável.

No contexto das dívidas e do superendividamento, o mínimo existencial é protegido para que ninguém precise sacrificar o básico para pagar credores. A Lei do Superendividamento no Brasil, por exemplo, estabelece que, ao renegociar dívidas, o pagamento não pode comprometer o mínimo existencial.

Esse conceito é importante porque prioriza a qualidade de vida das pessoas, mesmo em situações financeiras difíceis. Assim, ele ajuda a evitar que o endividamento comprometa aspectos fundamentais do bem-estar. Com um bom planejamento financeiro, é possível equilibrar dívidas e despesas essenciais de forma mais justa.

Como é a Lei do Superendividamento?

A Lei do Superendividamento, também conhecida como Lei nº 14.181/2021, foi criada para proteger os consumidores que não conseguem pagar suas dívidas. Ela altera o Código de Defesa do Consumidor e estabelece regras para evitar que as pessoas se endividem de forma excessiva.

Primeiro, a lei define o que é superendividamento. Assim, isso acontece quando a pessoa não tem condições de pagar suas dívidas atuais e futuras sem comprometer sua subsistência básica, como alimentação, moradia e saúde.

Em seguida, a lei exige que as empresas ofereçam informações claras sobre os contratos de crédito. Elas devem informar o valor total da dívida, as taxas de juros e os prazos de pagamento. Ademais, isso ajuda o consumidor a entender melhor os riscos antes de assumir uma dívida.

Além disso, a lei cria mecanismos para renegociar dívidas. Se o consumidor estiver superendividado, ele pode procurar a empresa credora para tentar um acordo. Se não houver consenso, ele pode recorrer aos Procons ou à Justiça para buscar uma solução.

Outro ponto importante é a proibição de práticas abusivas. As empresas não podem oferecer crédito de forma indiscriminada, especialmente para pessoas que já estão endividadas. Também é proibido cobrar taxas excessivas ou pressionar o consumidor de forma agressiva.

Por fim, a lei incentiva a educação financeira. O objetivo é ajudar as pessoas a administrar melhor seu dinheiro e evitar dívidas descontroladas.

Como identificar o superendividamento?

Para identificar essa situação, observe os seguintes sinais:

1) Endividamento crescente: Primeiramente, você começa a usar crédito para pagar contas básicas, como aluguel e supermercado. Além disso, você precisa fazer novos empréstimos para quitar dívidas antigas.

2) Pagamento mínimo do cartão de crédito: Em seguida, você só consegue pagar o valor mínimo da fatura do cartão, o que aumenta o valor total da dívida devido aos juros.

3) Atraso nas contas: Ademais, você atrasa o pagamento de contas com frequência, resultando em multas e juros.

4) Dificuldade em cobrir despesas básicas: Outro ponto importante é que sua renda não é suficiente para cobrir despesas essenciais, como alimentação e moradia, após o pagamento das dívidas.

5) Negociação constante de dívidas: Por fim, você negocia prazos e condições de pagamento com credores com frequência, sem conseguir quitar as dívidas.

Quais são os benefícios da Lei do Superendividamento?

A Lei do Superendividamento traz vários benefícios para os consumidores e para a sociedade como um todo. Em primeiro lugar, ela protege as pessoas que estão em situação financeira difícil, garantindo que elas não comprometam suas necessidades básicas, como alimentação, moradia e saúde, para pagar dívidas.

Além disso, a lei promove maior transparência nas relações de consumo. As empresas são obrigadas a fornecer informações claras e detalhadas sobre os contratos de crédito, como taxas de juros, prazos e o valor total da dívida. Desse modo, isso ajuda o consumidor a tomar decisões mais conscientes e evitar surpresas no futuro.

Outro benefício importante é a possibilidade de renegociação das dívidas. A lei cria mecanismos para que o consumidor superendividado possa buscar acordos com os credores, seja diretamente com as empresas. Assim, facilita a reorganização das finanças e evita que a situação se agrave ainda mais.

A lei também combate práticas abusivas. Ela proíbe, por exemplo, a oferta indiscriminada de crédito para pessoas que já estão endividadas, além de coibir cobranças excessivas e pressões agressivas por parte dos credores. Sendo assim, contribui para um mercado mais justo e equilibrado.

Por fim, a Lei do Superendividamento incentiva a educação financeira. Ao promover campanhas e orientações sobre como administrar o dinheiro, ela ajuda as pessoas a evitar dívidas descontroladas e a planejar melhor suas finanças no longo prazo.

Fontes: Serasa, SPC Brasil, BCB, Camara, Migalhas.

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