6 de maio de 2021 - por Jaíne Jehniffer
O top down consiste em uma estratégia de cima para baixo na gestão de empresas, desenvolvimentos de produtos e análise de investimentos. Por exemplo, em uma empresa que usa o top down, os gestores tomam as decisões e os níveis hierárquicos inferiores seguem as resoluções.
No desenvolvimento de produtos segundo a lógica do top down, ocorre primeiro a criação de um produto que atende o mercado no geral para depois desenvolver variáveis que atendam a nichos específicos. Já nos investimentos, o top down pode ser utilizado para analisar primeiramente a macroeconomia, depois o setor e por fim a empresa em si.
Além do top down existe também o bottom up, onde os processos são mais horizontalizados. Sendo assim, enquanto no top down as decisões e processos ocorrem de cima para baixo, no bottom up os setores podem participar das decisões e processos.
O que é top down?
O termo top down significa de cima para baixo. Dessa maneira, ele é usado na gestão de empresas, desenvolvimentos de produtos e análise de investimentos. Ao ser utilizado na gestão de empresas, a hierarquia é valorizada e os níveis mais altos passam a ser considerados mais importantes do que os inferiores.
A gestão de cima para baixo, também pode ser usada no desenvolvimento de um produto. Neste caso, a empresa pode priorizar a criação de um produto que seja mais abrangente e depois focar em nichos específicos que podem ser atendidos.
Nos investimentos o top down é usado ao se analisar a situação macroeconômica ou ciclos da economia e depois essa análise desce para os níveis setoriais e finalmente para as empresas. Sendo que, para usar esse tipo de análise nos investimentos é preciso ter amplo conhecimento sobre o mercado.
Como o top down funciona?
Nas companhias que decidem implementar o top down, ele funciona como uma orientação guiada, que busca como resultado o aumento da produtividade e a realização dos objetivos da empresa. Ou seja, o intuito do top down não é negligenciar ou diminuir outros setores do negócio.
Na verdade, a abordagem tem como intuito analisar primeiramente os elementos principais e depois os demais. Desse modo, várias etapas podem ser identificadas, analisadas e otimizadas. Nas análises (inclusive de investimento), a estratégia de top down considera também o ciclo econômico:
1- Expansão: Na expansão a produtividade aumenta, já que existe uma demanda maior dos consumidores. Com a elevação das vendas e da produção, o Produto Interno Bruto (PIB) também aumenta.
2- Pico: É o ponto máximo de maior atividade de uma economia.
3- Contração: Depois que a economia atinge o pico, a tendência é que as atividades sejam reduzidas. Portanto, na contração ocorre uma redução na demanda e na produção.
4- Ponto de virada: Como a economia é cíclica, depois da redução da demanda e da produção, ocorre a virada e o cenário de expansão recomeça.
Top down versus bottom up
O top down consiste em uma abordagem de cima para baixo. Na prática, a gestão dá as ordens que são difundidas para os demais setores da companhia. Por outro lado, no bottom up, ou em português, debaixo para cima, o desenvolvimento e inovação são estimulados por meio da participação de toda equipe.
Ou seja, o bottom up possui uma filosofia mais horizontalizada, onde todos os setores podem participar das inovações no negócio. Algumas vantagens do bottom up são:
- Menos falhas e conflitos;
- Detecção rápida de problemas;
- Maior engajamento dos funcionários;
- Reconhecimento de talentos;
- Maior flexibilidade na gestão.
Podemos comparar a estratégia de top down e bottom up em relação à tomadas de decisões. Sendo assim, no modelo top down o gerente toma as decisões, que posteriormente refletem nas camadas hierárquicas inferiores. Em contrapartida, no bottom up a empresa reúne um grupo de pessoas e juntas elas chegam a um direcionamento.
Enfim, não existe um método melhor que outro. Cada um deles se encaixa em empresas, projetos e decisões específicas. A escolha da melhor estratégia vai depender da situação da empresa no momento e da sua cultura organizacional.
O porte do negócio também influencia no tipo de método escolhido. Isso porque, empresas pequenas têm mais facilidade para usar o bottom up, ao passo em que as grandes empresas geralmente precisam recorrer ao top down.
Porém, não existe uma regra que obrigue uma empresa a escolher apenas um dos dois métodos. Logo, uma empresa que usa top down pode recorrer ao bottom up periodicamente. Da mesma maneira, as empresas que usam bottom up podem usar o top down para algumas tomadas de decisões.
Vantagens e críticas
Uma das principais vantagens do top down, é a uniformidade dos processos no geral. Desse modo, no desenvolvimento de estratégias, o top down oferece uma orientação direta para a equipe, o que contribui para a realização das atividades.
O resultado é que as ações da equipe são realizadas de acordo com o esperado pela gestão, o que dá maior solidez para a empresa. Além disso, esse tipo de gestão normalmente facilita o fechamento de parcerias e realização de contratos.
Por outro lado, existem algumas críticas às empresas que utilizam o top down. A primeira delas, é de que o top down desconsidera a participação de toda a equipe, já que se pressupõe que os níveis hierárquicos mais altos irão tomar as decisões e os inferiores irão seguir.
Outra crítica é que os níveis hierárquicos inferiores possuem menor poder decisório, já que a diretoria ou o conselho de administração é que irão tomar as decisões. Portanto, a crítica é que o top down é contrário ao conceito de liderança. Por fim, existe ainda a crítica de que a aplicação do top down prejudica a integração de diferentes setores.
Como aplicar?
Como o top down valoriza a hierarquia das empresas, é preciso considerar o funcionamento dos processos de cada companhia antes de realizar sua aplicação. Sendo que, para as empresas com cultura organizacional mais interativa, talvez esse não seja o método mais recomendado.
A aplicação do top down varia de acordo com o setor da empresa. Por exemplo, na gestão ele pode ser utilizado no processo de formação e organização da companhia. Já que, antes do negócio estar bem estruturado, ele se desenvolve a partir da visão do fundador.
Posteriormente, com o negócio já formado, o top down pode ser aplicado no desenvolvimento de produtos e estratégias de atuação no mercado.
Para isso, é necessário decidir o esquema de produção e distribuição, tipo e meio de interação com os clientes e nas estratégias de marketing. Depois que esses pontos são definidos, a equipe entende a personalidade da empresa e guia suas atitudes a partir disso.
Já para aplicar o top down nos investimentos, é preciso ter bastante conhecimento sobre o mercado, a análise dos números econômicos e seus impactos nos setores e empresas.
Enfim, uma boa maneira de analisar as empresas, é por meio da análise fundamentalista e utilizando os Indicadores fundamentalistas – Pra que servem e lista dos 12 principais
Fontes: Suno, Empreender dinheiro e Eu quero investir
Imagens: Sertms, Quero bolsa, Formare associados, Intelidata, Unifor e Hotmart