16 de julho de 2021 - por Bárbara Ackerman
Michael Bloomberg é o criador e dono da Bloomberg LP, uma das maiores e mais rentáveis mídias da história. Dessa forma, seu nome se mistura com o próprio mercado financeiro.
Assim, seu negócio surgiu da ideia de criar uma mídia por assinatura, voltada para as questões que envolvem a bolsa de valores. Por fim, acabou virando um dos principais terminais de informações financeiras do mercado.
Bloomberg também é conhecido por sua carreira política. Afinal, ele governou a cidade de Nova York por doze anos. Além disso, Michael também tem destaque por conta de suas ações voltadas para a filantropia, ao qual destina boa parte da sua fortuna. Fortuna essa que, no ranking da Forbes do 2021, foi estimada em US$ 59 bilhões.
Como Bloomberg começou nos negócios?
O empresário é um engenheiro com MBA na Universidade de Harvard. E, para pagar seus estudos, utilizou do crédito universitário trabalhando como atendente em um estacionamento. Assim, ele estudou engenharia mecânica na Universidade Johns Hopkins.
Além disso, ele conseguiu seu primeiro emprego em Wall Street no Salomon Brothers, no ano de 1966. Depois de 15 anos, ele foi demitido por conta de uma disputa política interna depois da venda da empresa. Por fim, seu acordo de demissão rendeu US$ 10 milhões, afinal já era um dos sócios do banco de investimento.
Dessa forma, sem emprego, com dinheiro e uma ideia de mudar o mercado financeiro, Michael criou o terminal e agregou assim a ele uma rede de notícias. Por consequência, ele passou a oferecer informações precisas e em tempo real. Logo, o serviço conquistou os bancos, os gestores e também os investidores de todo mundo.
Assim, no começo, a companhia chamada Innovative Market Systems funcionava em um escritório de uma sala. Posteriormente, foi rebatizada com o sobrenome Bloomberg. Hoje, possui cerca de 20 mil funcionários em mais de 100 países e receita anual de 10 bilhões de dólares.
A Bloomberg LP viabilizou o financiamento de dezenas de projetos de saúde, educação e principalmente inovação por meio da sua fundação filantrópica. Porém, o mundo dos negócios não era mais suficiente e Bloomberg resolveu entrar para a política. Ele concorreu e ganhou três mandatos consecutivos como prefeito de Nova York.
Terminal da Bloomberg
Depois que Michael e seus sócios decidiram abandonar o nome IMS no ano de 1086 para usar o sobrenome de Bloomberg tanto para a empresa como para os principais produtos.
Logo, nesse momento, a empresa já tinha mais de 5 mil instalações e as novas funcionalidades começaram a ser adicionadas. Como, por exemplo, uma plataforma de trading, um mensageiro e distribuidor de notícias.
Dessa forma, abriu-se espaço para novas empreitadas como a criação de uma rede de notícias e televisão, além do lançamento do primeiro site financeiro na data de 29 de setembro de 1993. Já no ano de 1996, a companhia de Bloomberg foi avaliada em 2 bilhões de dólares. Então, Michael comprou por US$ 200 milhões uma fatia de 10% pertencente a Merrill Lynch.
Expansão
Assim, os 20% restantes nas mãos do banco foram negociados com Bloomberg durante a grande crise de 2007, por US$ 4,43 bilhões. Em consequência, fez com que a empresa fosse avaliada em US$ 22,5 bilhões. Então, além do próprio crescimento orgânico e desenvolvimento interno dos produtos, o crescimento veio também com a aquisição de soluções prontas no mercado.
Assim, foi a primeira delas em 1992, quando a empresa comprou por US$ 13,5 milhões uma estação de rádio de Nova York para montar então a Bloomberg Radio. Já a revista semanal Bloomberg BusinessWeek surgiu com a aquisição da BusinessWeek no ano de 2009.
Logo após, ainda no mesmo ano, a empresa comprou também a companhia inglesa de dados e análises em energia e mercado de carbono, a New Energy Finance. Que foi então rebatizada depois como BloombergNEF ou BNEF.
Então, a próxima década foi de expansão dos negócios com a compra da Bureau of National Affairs pelo valor de US$ 990 milhões. Com o objetivo da Bloomberg melhorar a cobertura de notícias e análises de Direito, negócios, mercado de trabalho, tributação, e muito mais.
Além disso, a empresa Bloomberg também adquiriu a provedora de softwares PolarLake para que aprimorasse a gestão de dados e então adquirir a área de índices do Barclays, pelo valor de US$ 787 milhões. Por último, em dezembro de 2019 a Bloomberg comprou o site CityLab, sobre notícias de inovação urbana e o futuro das cidades.
Carreira Política de Bloomberg
Primeiramente, entrou na política em 2001, vencendo a corrida pela prefeitura de Nova York. Assim, ele foi prefeito de uma das maiores metrópoles do mundo de 2002 até 2014. Além disso, Michael Bloomberg não recebia salário, além de usar seu próprio dinheiro para a própria manutenção no cargo.
Prefeito de Nova York
Então, Bloomberg viveu um dos momentos mais críticos da história dos Estados Unidos, após assumir o cargo da cidade logo depois do atentado terrorista. Além de passar pela crise de 2008, que para amenizar os efeitos financeiros, o candidato propôs e foi aceito para seu terceiro mandato.
Ele era filiado ao partido Democrata, mas decidiu deixar o partido e ingressar no partido Republicado com o apoio de Rudy Giuliani. Na época, Bloomberg se auto denominava um republicano liberal, e era, por exemplo, a favor da escolha e favorecia a legalização do casamento homoafetivo.
Além disso, um de seus programas mais populares como prefeito foi o estabelecimento da linha telefônica 311. Assim, essa linha servia para colocar os chamadores em contato com a cidade, o que permitia que a denúncia de crimes, problemas com lixo ou qualquer outra coisa fosse notificado com mais eficiência.
Porém, também teve polêmicas sociais negativas em seu governo. Por exemplo, ele defendeu abertamente e aplicou a impopular política chamada stop and frisk, que consistia em abordar, questionar e revistar suspeitos. Por fim, essa política acabou atingindo de maneira desproporcional em sua grande maioria a população de negros e latinos da cidade.
Michael Bloomberg deixou seu cargo em janeiro de 2014 e então passou o ano concentrado em atividades filantrópicas. Logo após, retornou como CEO da Bloomberg L.P.
Filantropia
Michael Bloomberg é um dos principais filantropos dos Estados Unidos. Ele defende a descarbonização da economia. Além disso, doou milhões para o fechamento de plantas de geração de energia de carvão.
Também defende a mitigação dos riscos da mudança climática. Além de fazer doações para restringir o fraturamento hidráulico na exploração de petróleo e gás e para iniciativas para proteger os oceanos.
Nesse sentido, Michael tem a Bloomberg Philanthropies, que atualmente possui mais de duas dezenas de projetos nas áreas como de defesa ambiental, arte, educação e saúde pública.
Além disso, Bloomberg também não mede esforços para derrotar seu rival Donald Trump. Nesse sentido, ele disse estar disposto a gastar pelo menos US$ 500 milhões para impedir a vitória de Trump no ano de 2020.
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Fontes: Infomoney; Suno; Seu Dinheiro e Crill17.
Imagens: DW; BBC; Neo Feed; Clima Info; New Trade; Exame e Investing.com.