Desemprego estrutural: o que é, causas e consequências

Desemprego estrutural é a perda de empregos causada pela automação e que afeta o mercado de trabalho. Saiba causas e consequências.

31 de julho de 2024 - por Sidemar Castro


O desemprego estrutural é um tipo de desemprego que ocorre quando há um descompasso entre as habilidades dos trabalhadores disponíveis e as exigências do mercado de trabalho. Esse fenômeno é geralmente causado por mudanças profundas na economia, como inovações tecnológicas, alterações nos padrões de consumo e transformações nos modelos de negócios.

Quer saber mais sobre o que é desemprego estrutural? Continue a leitura para conhecer suas causas e consequências.

O que é o desemprego estrutural?

O desemprego estrutural ocorre quando há uma substituição significativa da mão de obra humana por máquinas e tecnologias avançadas. Isso geralmente acontece devido à modernização e automação dos processos produtivos, resultando em uma mudança permanente na estrutura do mercado de trabalho.

Por exemplo, a introdução de linhas de produção totalmente automatizadas em fábricas de automóveis é um caso clássico de desemprego estrutural. Esse tipo de desemprego é diferente do desemprego conjuntural, que é temporário e relacionado a flutuações econômicas.

As principais causas do desemprego estrutural incluem o avanço tecnológico e a busca por maior eficiência e redução de custos nas empresas. As consequências podem ser graves, como o aumento da pobreza e da informalidade, já que muitos trabalhadores precisam se requalificar para se reinserirem no mercado de trabalho.

Quais são as causas do desemprego estrutural?

Desemprego estrutural é um fenômeno complexo e multifacetado, com raízes em transformações profundas na economia. Suas causas principais estão ligadas a mudanças nas estruturas produtivas e sociais, que geram um desencontro entre as habilidades da força de trabalho e as demandas do mercado.

As principais causas do desemprego estrutural são:

  • Automação e robotização: A substituição da mão de obra humana por máquinas e robôs em diversos setores da economia é um dos principais motores do desemprego estrutural. Essa tendência é impulsionada pela busca por maior eficiência e produtividade.
  • Mudanças tecnológicas: A rápida evolução tecnológica gera novas profissões e torna outras obsoletas. A digitalização de processos, a inteligência artificial e a internet são exemplos de tecnologias que reconfiguram o mercado de trabalho.
  • Globalização: A abertura de mercados e a intensificação do comércio internacional podem levar à desindustrialização de alguns países, resultando em perda de empregos em setores tradicionais.
  • Mudanças nos padrões de consumo: Alterações nos hábitos de consumo da população podem afetar a demanda por determinados produtos e serviços, levando ao fechamento de empresas e ao desemprego.
  • Desigualdades sociais e econômicas: A falta de acesso à educação de qualidade, o treinamento profissional inadequado e a concentração de renda podem limitar as oportunidades de emprego para parte da população.
  • Reestruturação produtiva: As empresas buscam constantemente otimizar seus processos produtivos, o que pode levar à redução de pessoal e à reconfiguração das linhas de produção.

Quais são as consequências do desemprego estrutural?

O desemprego estrutural é um fenômeno econômico que ocorre quando há um descompasso entre as habilidades dos trabalhadores e as demandas do mercado de trabalho, em geral resultante de mudanças tecnológicas ou alterações nos padrões de consumo. As consequências desse tipo de desemprego são amplas e impactam tanto os indivíduos quanto a economia como um todo.

Uma das consequências mais diretas é o aumento do índice geral de desemprego. O desemprego estrutural contribui para um aumento nesse índice, pois muitas pessoas ficam sem trabalho e não conseguem se realocar em novas funções devido à falta de habilidades requeridas.

Os trabalhadores afetados muitas vezes enfrentam dificuldades em se reintegrar ao mercado de trabalho, especialmente se não adquirirem novas habilidades que atendam às exigências atuais do setor.

Com a escassez de vagas formais, muitos indivíduos podem ser levados a aceitar trabalhos informais ou subempregos, o que não garante a mesma segurança ou benefícios que um emprego formal.

Dessa maneira, o desemprego estrutural tende a aumentar a pobreza e as desigualdades sociais, uma vez que os indivíduos desempregados perdem sua capacidade de consumo, afetando a economia local e nacional.

Essas consequências destacam a complexidade do desemprego estrutural e a necessidade de políticas públicas eficazes que promovam a requalificação profissional e a adaptação das habilidades da força de trabalho às novas demandas do mercado.

Diferenças entre o desemprego estrutural e conjuntural?

O desemprego é um problema complexo que se manifesta de diversas formas. Duas das principais categorias são o desemprego estrutural e o conjuntural. Embora ambos representem a falta de empregos, suas causas, características e soluções são distintas.

  • Desemprego Estrutural:

Ele tem causas relacionado a mudanças profundas na estrutura da economia, como a automação e robotização, ou seja, a substituição da mão de obra humana por máquinas. Além disso, novas tecnologias que tornam obsoletas determinadas habilidades.

Outra causa é a globalização, que causa deslocalização de indústrias e perda de empregos em setores tradicionais. Também é ocasionado pelas mudanças nos padrões de consumo, com a alteração na demanda por determinados produtos ou serviços.

Entre suas principais características, está a longa duração. Não é temporário, mas sim persistente ao longo do tempo. Ademais, os trabalhadores demitidos podem ter dificuldades em encontrar novos empregos, pois suas habilidades podem estar defasadas.

As soluções para o desemprego estrutural exigem políticas de longo prazo, como investimentos em educação, treinamento profissional e desenvolvimento de novas tecnologias.

  • Desemprego Conjuntural:

Suas causas estão relacionadas a flutuações na atividade econômica, como a redução da produção e do consumo, levando à demissão de trabalhadores. Além das crises econômicas, estão relacionadas com ciclos econômicos, períodos de expansão e contração da economia.

Ele também sofre choques externos: Crises em outros países ou eventos como guerras e pandemias.

Entre as princiapais características está o fato de ser temporário; o desemprego conjuntural tende a diminuir quando a economia se recupera.

O desemprego conjuntural afeta diversos setores. Ele não se concentra em um setor específico, mas sim em toda a economia. Exige políticas anticíclicas, ou seja, as soluções para o desemprego conjuntural envolvem medidas para estimular a demanda, como redução de impostos e aumento dos gastos públicos.

  • Conclusão:

O desemprego estrutural é causado por mudanças profundas na economia e exige soluções de longo prazo, como investimentos em educação e qualificação profissional. Enquanto o desemprego conjuntural é causado por flutuações na atividade econômica e tende a ser temporário, sendo combatido por políticas anticíclicas.

É importante ressaltar que, em muitas situações, o desemprego é resultado da combinação de fatores estruturais e conjunturais.

Fontes: Mundo Educação, Brasil Escola, Nubank, Suno

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