Global Bonds: o que são e como funcionam esses títulos de dívida?

Para captar recursos no exterior, governos e empresas lançam mão dos Global Bonds, títulos de dívida emitidos geralmente em dólar. Funciona como um financiamento de longo prazo: o investidor recebe juros em intervalos definidos e recupera o capital quando o título chega ao seu vencimento.

Com negociação em bolsas de valores globais, eles oferecem uma forma de diversificar o portfólio, mas não sem os riscos inerentes, especialmente os de câmbio e de mercado. Neste artigo, explicamos como esses títulos operam.

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O que são Global Bonds?

Os Global Bonds são títulos de dívida emitidos por governos ou grandes empresas que são oferecidos simultaneamente em vários mercados internacionais, não ficam restritos só ao país emissor.

Quando você compra um Global Bond, basicamente você empresta dinheiro para esse emissor (país ou empresa). Em troca, ele se compromete a devolver o valor no vencimento, acrescido dos juros combinados.

Esse tipo de título pode estar denominado numa moeda estrangeira (por exemplo dólares ou euros), o que permite que investidores de diferentes países comprem esses papéis.

Por quem os Global Bonds são emitidos?

Pense num grande empréstimo internacional, estruturado na forma de um título: esse é o Global Bond. Seus emissores costumam ser governos (em busca de financiamento para projetos ou para cobrir déficits) e grandes empresas com operações ou ambições globais.

Ao optar por essa rota, essas organizações conseguem captar recursos diretamente de diversos investidores estrangeiros de uma só vez, fortalecendo sua presença financeira no cenário mundial.

É uma via de mão dupla: o emissor obtém capital, e os investidores ganham uma oportunidade de diversificar suas carteiras com ativos de diferentes países e setores.

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Quais as características dos Global Bonds?

• Alcance Internacional: A característica mais marcante é a sua negociação. Ele pode ser emitido e negociado simultaneamente em múltiplos mercados regulamentados ao redor do mundo (como a Europa, Ásia e Estados Unidos). Isso é o que o diferencia de um Eurobond ou de um Foreign Bond, que são geralmente restritos a uma jurisdição ou mercado específico.
• Emissão em moeda estrangeira: Para o emissor brasileiro, por exemplo, o Global Bond é tipicamente denominado e pago em moeda forte, como o dólar americano (USD). Isso atrai investidores estrangeiros que preferem receber em sua própria moeda ou em uma moeda estável globalmente.
• Fluxo de renda previsível: O investidor que compra esse título se torna credor e recebe pagamentos periódicos de juros (os chamados cupons) até a data de vencimento, quando o valor principal do empréstimo é devolvido.
• Diversificação e risco: Para o investidor, ele representa uma forma de diversificar a carteira com ativos internacionais e se expor ao risco (ou credibilidade) de um país ou de uma empresa de grande porte no cenário global.

Como funcionam os Global Bonds?

Quer investir fora do Brasil? Uma opção são os Global Bonds. Comprando esses títulos, você meio que empresta dinheiro para governos ou empresas lá de fora e recebe juros por isso. E ainda tem a chance de ganhar com a valorização da moeda estrangeira.

Só que, como eles são em outra moeda, o valor que você recebe pode mudar dependendo do câmbio. Se a moeda subir, beleza, você ganha mais. Se cair, o retorno diminui.

Uma coisa boa é que costuma ser fácil vender esses títulos, já que muita gente negocia eles no mundo todo. Então, se precisar, dá pra se livrar deles antes do prazo.

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Global Bonds brasileiros

Títulos de dívida do Brasil no mercado global são uma boa pedida para quem quer investir fora sem gastar muito. Eles rendem em moeda estrangeira e ajudam a balancear o risco e o quanto você pode ganhar.

Eles dependem de como o Brasil está no cenário mundial. Se o país estiver bem, eles valem mais.

Porém, se rolar crise, pode ter risco de atraso ou até não pagarem. Mesmo assim, é um jeito fácil de entrar no mercado global e ter mais opções de investimento.

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Exemplos de Global Bonds

Para trazer exemplos mais concretos, podemos olhar para emissões realizadas por entidades brasileiras. Empresas como a JBS e o Banco Itaú já recorreram a esse instrumento, emitindo dívida no exterior para financiar suas operações globais.

Do lado dos governos, os chamados “global bonds soberanos” são bastante comuns. O Tesouro Nacional brasileiro, por exemplo, já emitiu títulos globais em dólar para atrair capital estrangeiro.

Outro caso emblemático é o dos “Yankee Bonds”, que são títulos emitidos por entidades estrangeiras nos Estados Unidos, e dos “Samurai Bonds”, emitidos no Japão por não residentes.

Esses exemplos ilustram como os global bonds funcionam como uma ponte entre quem precisa de capital em grande escala e um pool diversificado de investidores internacionais, dispostos a emprestar dinheiro em troca de um retorno futuro.

Vantagens e desvantagens dos Global Bonds

Vantagens dos Global Bonds

• Global Bonds permitem diversificar investimentos fora do seu país, o que ajuda a não “colocar todos os ovos na mesma cesta”.
• Esses títulos podem oferecer juros interessantes, e às vezes retornos mais atraentes do que alternativas domésticas, especialmente se o emissor for bem avaliado.
• Por serem negociados em mercados internacionais e em moedas estrangeiras, há a oportunidade de aproveitar oscilações cambiais, o que, para quem mora no Brasil, pode significar ganho extra se a moeda estrangeira se valorizar em relação ao real.

Desvantagens dos Global Bonds

• Há risco cambial: se a moeda em que o bond for emitido se desvalorizar perante o real, seu retorno pode ser reduzido.
• Existe o risco de crédito ou risco do emissor: se o país ou empresa que emitiu o bond tiver problemas financeiros ou econômicos, pode haver atraso ou até calote no pagamento dos juros ou do principal.
• Se você vender o título antes do vencimento, pode sofrer perdas: oscilações de juros ou de mercado podem fazer o preço cair, e você receber menos do que investiu.

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Diferença entre Global Bonds e Eurobonds

A principal diferença entre Global Bonds e Eurobonds está no alcance da emissão: os Eurobonds são lançados fora do país da moeda em que estão denominados, enquanto os Global Bonds podem ser emitidos simultaneamente em vários mercados ao redor do mundo, ampliando a base de investidores.

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Fontes: Suno, Status, Investopedia, Top Invest.