Cruz da morte do Bitcoin: o que é e possível desvalorização da moeda

Com a forte queda na cotação do Bitcoin, e a identificação do sinal da cruz da morte, os investidores começaram a temer que a criptomoeda esteja na beira do precipício. Vale relembrar que a cruz da morte é uma profecia autorrealizável, que é alimentada pela expectativa e medo dos investidores.

6 de julho de 2021 - por Jaíne Jehniffer


No dia 22 de junho de 2021 o Bitcoin passou por uma forte desvalorização, o que fez com que os investidores temessem a cruz da morte. Com a desvalorização, o Bitcoin chegou a ser cotado em US$ 29 mil, o que representa uma perda de mais de 50% no seu valor desde a cotação máxima de US$ 64,8 mil em abril de 2021.

Apesar de o Bitcoin ser um ativo volátil que passa por constantes oscilações, essa forte queda resultou na visualização da cruz da morte, um sinal visto na análise gráfica e usado para se referir a uma tendência de queda de determinado ativo e que ameaça o mercado de criptomoedas como um todo.

Lembrando que, apesar de falarmos sobre a cruz da morte do Bitcoin, esse texto não deve ser considerado como uma recomendação do que você deve ou não fazer com suas criptomoedas.

O que é a cruz da morte?

A cruz da morte é o nome dado a um sinal identificado nas análises gráficas. Ele é usado para se referir a uma possível tendência futura de desvalorização de algum ativo, seja uma ação, um fundo ou uma criptomoeda. Sendo que, ela ocorre quando o preço médio dos últimos 50 dias fica abaixo do preço médio dos últimos 200 dias.

Em teoria, a tendência é que no longo prazo a desvalorização do ativo continue e cause maiores prejuízos aos investidores. O grande problema da cruz da morte, é que ela é uma espécie de profecia autorrealizável. Isso porque, todas as pessoas que fazem análise técnica veem o sinal e começam a comentar sobre isso.

Essa notícia se espalha e rapidamente todo o mercado está comentando sobre a desvalorização futura de determinado ativo. Consequentemente, com todas as pessoas esperando pela desvalorização, é possível que os investidores comecem a se livrar do ativo.

Livecoins

Com o aumento de pessoas colocando os ativos à venda, a tendência é que o preço caia ocasionando de fato a desvalorização prevista. Por isso, se você está assustado com a cruz da morte, pense bem antes de colocar seus ativos à venda.

Afinal de contas, ao investir é importante considerar diversos indicadores em conjunto e não apenas um deles de maneira isolada. Por exemplo, quando a pandemia impactou os mercados, a cruz da morte também apareceu nos gráficos. Contudo, pouco depois os preços voltaram a subir.

Cruz da morte do Bitcoin

Com a forte queda na cotação do Bitcoin, e a identificação do sinal da cruz da morte, os investidores começaram a temer que a criptomoeda esteja na beira do precipício. Vale relembrar que a cruz da morte é uma profecia autorrealizável, alimentada pela expectativa e medo dos investidores.

Ou seja, como o mercado é movido pela expectativa, se todos estão esperando por uma queda e começam a vender os Bitcoins, a tendência é que os preços realmente caiam. Por exemplo, em 2017 a cruz da morte assolou o Bitcoin e interrompeu o seu histórico de alta. Sendo assim, entre dezembro de 2017 e fevereiro de 2018, a criptomoeda passou por uma queda de 60%. 

Entretanto, antes de se desesperar e se desfazer da sua posição em Bitcoin, lembre-se que a cruz da morte pode não se concretizar. Além disso, é preciso considerar os fatores que levaram a forte desvalorização dos ativos. Um dos principais motivadores da desvalorização foi a proibição que o governo chinês fez.

Cruz da morte do Bitcoin: o que é e possível desvalorização da moeda

Cointimes

China

O Banco Popular da China fez um comunicado onde proibia os bancos e plataformas digitais do país de realizarem transações e participarem de operações comerciais relacionadas com criptomoedas. Segundo o banco, a proibição tem como objetivo acabar com a especulação de Bitcoins e demais criptomoedas.

Em maio, o governo já tinha proibido as instituições financeiras de fornecer serviços de moedas digitais. É claro que essa proibição também resultou na queda dos preços do Bitcoin. Além disso, em junho o governo ordenou que os centros de mineração de criptomoedas fossem fechados.

Sendo que, a mineração na China corresponde a quase 80% do comércio mundial de moedas digitais. Enfim, em conjunto, todas as proibições do governo chinês impactaram bastante a cotação do Bitcoin e fez com que os investidores ficassem preocupados com o futuro da criptomoeda.

Assista ao vídeo de Raul Sena, o Investidor Sardinha e descubra o porque ele acredita que a cruz da morte do Bitcoin não faz sentido:

Por fim, agora que você sabe o que é a cruz da morte do Bitcoin, não deixe de saber sobre a possibilidade do  Fim do Bitcoin: ainda vale a pena comprar essa criptomoeda?

Fontes: BBC, Uol e Nubank

Imagens: Portal do B., Cointimes e Livecoins

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