29 de setembro de 2025 - por Sidemar Castro

A cotização de resgate é o tempo que um fundo de investimento precisa para transformar as cotas de um investidor em dinheiro após o pedido de saque. Esse prazo existe porque o gestor precisa vender ativos, calcular o valor atualizado das cotas e só então liberar o pagamento.
Ele aparece no regulamento do fundo como “D+X”, que indica quantos dias corridos ou úteis serão necessários até o dinheiro chegar à conta. Leia este artigo e saiba mais.
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O que é cotização de resgate?
Cotização de resgate é o tempo que leva desde o momento em que você pede para sacar suas cotas de um fundo até que esse valor seja convertido em dinheiro. Isso inclui o período em que o gestor do fundo precisa vender os ativos, fazer os cálculos de valor das cotas e preparar o montante para ser liberado.
Esse prazo aparece nos regulamentos do fundo como “D+n” ou “D+n du” (dias corridos ou dias úteis). Quanto mais simples for o fundo e mais líquidos seus ativos, menor costuma ser esse tempo; fundos de renda variável ou com ativos menos líquidos costumam levar mais dias.
Como funciona a cotização de resgate?
Pense na cotização de resgate como um caminho que precisa ser percorrido depois do seu pedido de saque.
Primeiro, você solicita o resgate; nesse ponto, o gestor do fundo entra em ação para calcular o valor da cota que vai valer para aquele dia em que a solicitação foi feita ou pouco depois.
Se o fundo tiver ativos menos líquidos, como algumas ações ou investimentos estruturados, pode durar mais tempo esse cálculo ou a venda desses ativos.
Depois que esse valor da cota é definido, inicia-se a liquidação, o momento em que o dinheiro vai ser preparado para sair do fundo e ser enviado para sua conta. Só quando a liquidação termina é que o dinheiro estará disponível para você.
O prazo total (pedir o resgate + cotizar + liquidar) é o tempo que aparece nos documentos do fundo, e quanto mais líquido o fundo (por exemplo, fundos de renda fixa simples), mais curto tende a ser esse prazo.
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O que significa D+0, D+1, D+2 na cotização?
Quando você investe em um fundo e decide resgatar o dinheiro, ele não cai na conta imediatamente. É aí que entra o conceito de cotização, que define em quantos dias úteis o valor será convertido em dinheiro e disponibilizado para você.
A sigla D+X representa esse prazo. O “D” é o dia em que você solicita o resgate, e o número depois do “+” indica quantos dias úteis serão necessários para concluir o processo.
- D+0 significa que o valor será cotizado no mesmo dia da solicitação.
- D+1 indica que a cotização será feita no dia útil seguinte.
- D+2 quer dizer que o cálculo do valor das cotas será feito dois dias úteis depois do pedido.
Mas atenção: esse é apenas o prazo de cotização. Depois disso, ainda pode haver o prazo de liquidação, que é quando o dinheiro realmente entra na sua conta. Ou seja, o tempo total para receber o valor pode ser maior dependendo do fundo escolhido.
Exemplos de cotização de resgate
Vamos supor que você investiu em um fundo e decidiu resgatar o valor. O que acontece a seguir depende do tipo de fundo e do prazo de cotização definido.
Por exemplo, em um fundo com cotização D+0, o valor das cotas será calculado no mesmo dia em que você pedir o resgate.
Já em um fundo com cotização D+1, esse cálculo será feito no dia útil seguinte. Agora, se o fundo tiver cotização D+30, isso significa que o valor só será apurado trinta dias depois da solicitação.
Esses prazos variam bastante. Fundos de renda fixa simples costumam ter cotização mais rápida, como D+0 ou D+1, porque os ativos são mais líquidos.
Já fundos que investem em ações ou ativos menos líquidos podem ter prazos mais longos, como D+15, D+27 ou até D+179. É por isso que entender a cotização é essencial para planejar quando você vai ter o dinheiro disponível.
O que é e como funciona o prazo de resgate?
O prazo de resgate de um fundo é o tempo total que leva desde o momento em que você solicita sacar suas cotas até o dinheiro estar disponível na sua conta.
Ele é formado por dois períodos principais: primeiro, o prazo de cotização (quando o fundo calcula o valor da cota ou vende os ativos necessários) e depois o prazo de liquidação (quando o gestor conclui a transferência do valor apurado).
Esses prazos são informados no regulamento ou nas lâminas do fundo, e aparecem na forma “D + algo” (como D+1, D+2, D+30 etc.), indicando quantos dias úteis ou corridos após o pedido de resgate será feita a cotização, e em quanto tempo o valor será pago.
Veja mais: Cotista: o que é, quais são os deveres e direito e como se tornar um?
Diferença entre cotização de resgate e liquidação de resgate
Quando você pede para resgatar suas cotas de um fundo, duas etapas vão acontecer antes do dinheiro estar disponível: cotização e liquidação.
A cotização é o momento em que o fundo apura o valor que será usado para calcular quanto você vai receber. Isso inclui determinar o valor da cota no dia certo e, se necessário, vender os ativos para gerar o dinheiro.
Depois disso vem a liquidação, que é o tempo que leva para que esse valor calculado realmente seja transferido para a sua conta. Ou seja, cotização é definir o quanto você vai receber, liquidação é quando você de fato recebe. O prazo de resgate completo é a soma desses dois.
Burocracia de prazos na cotização
Existe uma certa “burocracia” envolvida nos prazos de cotização de resgate porque muitos passos precisam ser seguidos para garantir que tudo seja feito de forma correta e segura.
Primeiro, quando o investidor envia o pedido de resgate, o gestor do fundo precisa calcular com precisão o valor da cota que será usada, o que nem sempre é imediato: ele depende de fechamento de pregões, de apuração de patrimônio líquido, de verificar se há ativos que precisam ser vendidos, ajustes de taxas, enfim.
Depois desse cálculo, há o prazo de liquidação, que é o tempo para que o valor apurado seja efetivamente transferido à conta do investidor.
Além disso, fatores como feriados, dias não úteis, prazos de corte para envio de ordens, validações cadastrais ou compliance também podem atrasar esse processo. Tudo isso existe para proteger o investidor, dar tempo para o gestor administrar os ativos do fundo sem prejuízo, e garantir que o mercado opere de forma justa e transparente.
Importância da cotização de resgate dos fundos
O que torna a cotização de resgate importante é que ela funciona como uma proteção tanto para o investidor quanto para o fundo.
Para o investidor, é sobre expectativas realistas: você conhece desde o início quanto tempo vai esperar para ter acesso ao dinheiro. Isso ajuda no planejamento financeiro, para emergências ou para movimentar os recursos conforme suas necessidades.
Para o fundo, cotização é uma ferramenta que garante gestão adequada, pois permite que o gestor venda ativos de maneira organizada, apure corretamente o valor das cotas e liquide o resgate sem precisar desesperadamente correr atrás de liquidez.
Esse equilíbrio evita que o fundo sofra com pressão indevida nos ativos, o que poderia reduzir os retornos ou causar prejuízos para quem fica investido. Em suma, entender bem a cotização de resgate traz segurança, transparência e ajuda a tomar decisões melhores sobre onde e quando investir.
Leia também: Come-cotas: o que é, como funciona e quando é cobrado?
Fontes: Quantum Finance, FLJ, XPEducação, Investimento em Fundos, Day Coval, Top Invest.