Fundo de Investimento em ações: o que é e características

Fundo de Investimento em Ações, também conhecido pela sigla FIA, são fundos constituídos com o propósito de investir no mercado de ações. Por isso, seu principal fator de risco é a variação de preços de ações.

Essas foram admitidas à negociação em mercados organizados. Portanto, é o papel do administrador do fundo constituí-lo e realizar o processo de captação dos recursos junto aos investidores por meio da venda de cotas. 

Em princípio, todos os fundos de investimento em ações têm um regulamento que determina a política de investimento neste fundo, além de outras disposições.

Dessa forma, sua renda é gerada pelos rendimentos que foram distribuídos. Isso é feito através dos ativos que integram a sua carteira, tal qual dividendos ou juros sobre capital próprio, entre outros. 

Finalidade dos fundos de investimentos em ações

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Afinal, qual a finalidade de se aplicar em um fundo de investimento? Um dos objetivos principais é a diversificação da carteira de investimentos, além de que o investidor fica menos suscetível às variações de preços de ações específicas.

Assim também, os investidores desses fundos podem se consultar com um gestor profissional. Ele irá acompanhar o mercado além de buscar retornos superiores a outras referências de mercado.

Logo, um FIA, que tem o Ibovespa como referência, funciona da seguinte forma. O profissional busca aplicar nas ações com perspectiva de rentabilidade maior que o índice, gerando assim o maior retorno possível à quem está investindo.

Os FIAs são mais adequados para quem tem o objetivo de investimento de longo prazo ou investidores que estejam dispostos a uma maior exposição a riscos. Como resultado, há uma expectativa de rentabilidade mais elevada.

Vantagens do FIA

Capital

Conforme citado anteriormente, o gerenciamento desses fundos de investimento é efetuado por um profissional que acompanha o mercado de perto. Dessa forma, ele tem as devidas condições de selecionar aqueles ativos que possuem maior perspectiva de retorno.

Após adquirir cotas do FIA, você vai possuir maior diversidade na sua carteira de investimentos, posto que esses fundos, na maior parte das vezes, são compostos por ações de variadas empresas.

Visto que essa modalidade possui um número elevado de cotistas, ou investidores, custos operacionais, por exemplo, são reduzidos. Isso ao serem comparados com os de uma pessoa física que investe sozinha no mesmo mercado.

Quanto ao resgate das cotas ou sua negociação no mercado secundário, há sim, possibilidade. Em casos de fundo aberto ou somente venda no mercado secundário, e no fundo fechado, caso o investidor queira ou precise se desfazer da posição.

Características dos ativos

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Os ativos que integram a carteira dependem de suas características, como política de investimento. Logo, os fundos de ações podem receber certos sufixos. Por exemplo:

Ações: BDR Nível I

Esse sufixo é usado para os FIAs que têm na carteira ativos que representam seu principal fator de risco e dentro dos já citados 67%, que têm que ser investidos em ações ou ativos relacionados. Os BRDs têm classificação de nível I.

Ações: Mercado de Acesso

Constituídos de FIAs que tem política de investimento que preveja, pelo menos, dois terços do seu patrimônio líquido investido em ações. Além disso, precisam ser de companhias previamente listadas em um segmento especial de negociação voltado ao mercado de acesso.

Outra característica é que as ações do mercado de acesso precisam ser instituídas por bolsa de valores ou uma entidade de mercado de balcão organizado. Assim sendo, assegurado em contrato as práticas diferenciadas de uma governança corporativa.

Esses recebem o sufixo de “Mercado de Acesso”. Caso sejam constituídos como condomínio fechado, podem investir até um terço do patrimônio líquido em ações, debêntures e bônus de subscrição.

Além de outros títulos e valores mobiliários que sejam conversíveis em ações de companhias fechadas. Desde que suas práticas de governança corporativa sejam condizentes com as práticas previstas na regulamentação. 

Assim sendo, esse fundo deve participar do processo decisório da companhia investida. E tem influência efetiva na gestão e estratégia.

Regulamento do Fundo de Investimento em Ações

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Primeiramente, devemos saber que existem algumas regras básicas em relação ao FIA. Em consequência, o regulamento pode prever a possibilidade da parcela investida em ações ou ativos que não se sujeitem ao limite por emissor.

Em suma, 67% do patrimônio que precisa ser investido em ativos que podem ser:

• Ações que estão listadas na bolsa de valores oficial do Brasil, a B3;
• Certificados de Depósitos em Ações, Recibos de Subscrições de Ações ou Bônus;
• Cotas tanto de Fundos de Ações como de Fundos de Índice de Ações;
• E os BDRs, sigla para Brazilian Depositary Receipts, que correspondem a um certificado de depósito emitido e negociado no Brasil, que representa ações de empresas listadas em bolsas do exterior.

Recursos Excedentes

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Tais recursos podem estar investidos em qualquer outro ativo financeiro, porém precisam respeitar os limites de concentração de fundos. Nesse ínterim, os limites são impostos pela Comissão de Valores Mobiliários, a CVM.

Os ativos a seguir têm o limite de no máximo 20% para os investimentos, em conjunto. Logo, são essas as cotas que se encaixam:

• de Fundos de Investimento e Fundos de fundos, ou seja, cotas de fundos de investimento em cotas de investimento;
• de Fundos e cotas de Fundos de Fundos, destinadas a Investidores Qualificados;
• para Fundos de Investimento Imobiliário, ou FII
• as de Fundos de Direitos Creditórios ou FIDC
• as de Fundos de Fundos FIDC (FIC-FIDC)
• e CRIs

Esses tem o limite de no máximo 5%, também em conjunto, para investimentos:

• Cotas de Fundos em Direitos Creditórios Não Padronizados (FIDC-NP)
• as Cotas de Fundos de Fundos FIDC-NP (FIC-FIDC-NP)
• Cotas de Fundos destinados aos Investidores Profissionais
• e por fim as Cotas de Fundos de Fundos destinadas a Investidores Profissionais.

Há também investimentos que não possuem limite de concentração, são eles:

• Títulos públicos federais e operações compromissadas lastreadas nestes;
• Ouro, por outro lado, este precisa ser proveniente de negociações realizadas em um mercado organizado;
• Títulos de emissão ou coobrigação de instituições financeiras;
• Notas promissórias, ações e debêntures, em contrapartida, precisa ter sido emitidas por companhias abertas e objeto de oferta pública;
• Contratos derivados que não possuam relação com os ativos listados nas duas primeiras listas.

Categorias dos Fundos de Investimento em Ações

Mercado

Por fim, os fundos de investimentos em ações podem ser divididos em 4 categorias, ao qual corresponde a gestão e estratégia do fundo. (Classificação nível II da Anbima, Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais):

• Indexado;
• Ativo;
• Investimento no Exterior;
• Específico.

Fundo de Investimento em Ações Indexado

Têm o objetivo de replicar indicadores de referência do mercado de Renda Variável. Dessa forma, não permite muita liberdade de escolha. O gestor é quem define o índice de referência, que, geralmente, é o Ibovespa, mas não é uma regra.

Fundo de Investimento em Ação Ativo

Sua finalidade é superar o índice de referência e “bater o mercado”. Dessa maneira, os ativos que compõem a carteira são baseados em uma estratégia específica focada em completar o objetivo, conforme a política de investimentos. Nesse sentido, existem várias estratégias possíveis para os fundos conseguirem “bater o mercado”.

Por isso, com o intuito de facilitar a vida dos investidores, a Anbima criou classificações diretamente relacionadas à estratégia usada. São elas:

• Índice Ativo;
• Valor/Crescimento;
• Setorial;
• Dividendos;
• Small Caps;
• Sustentabilidade/Governança;
• Livre.

Fundo de Investimento em Ação no Exterior

Para que isso aconteça, esse fundo deve possuir, pelo menos, 40% investido em ações no exterior. Além disso, também são necessárias outras informações como região onde foi emitido, tipo de gestão, riscos, etc.

Fundo de Investimento em Ação Específico

Assim como o próprio nome já sugere, são aqueles fundos que possuem características específicas, diferentes das outras citadas. Em suma, são FIAs que não podem se encaixar em nenhuma das anteriores. Então segue suas subclassificações:

• Fechados de Ações
• Ações FMP-FGTS
• Fundos de Mono Ação

Por fim, agora que você já sabe um pouco mais sobre os fundos de investimento em ações, que tal aprender Como declarar fundos de investimento no IR? Passo a passo.

Fonte: B3; Investidor.gov; EduFinance; Nubank e GOV.br.

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