Rentabilidade real, o que é? Cálculos, importância e rendimento negativo


A rentabilidade real é o ganho real que o investidor obtém ao realizar determinada aplicação, pois se considera a perda do poder de compra causada pela inflação do período. Como a intenção ao investir é aumentar o patrimônio com o tempo, é essencial que os investidores calculem a rentabilidade real das aplicações. 

Apesar do cálculo da rentabilidade real não garantir os retornos futuros, já que ele se baseia na inflação passada e não tem como prever a inflação futura, ele serve como base para a escolha dos ativos que normalmente proporcionam um ganho real para os investidores. 

Além da rentabilidade real, existe também a rentabilidade nominal. Sendo que, essa rentabilidade é o retorno sem considerar a inflação. Logo, a rentabilidade nominal não serve como um indicativo do aumento do poder de compra do investidor. 

O que é rentabilidade real?

A rentabilidade real é o ganho que o investidor terá com determinada aplicação após descontar a perda do poder aquisitivo ocasionada pela inflação.

Em outras palavras, a rentabilidade real serve como um indicador do quanto determinado investimento está contribuindo para o aumento do patrimônio do investidor. 

Rentabilidade real, o que é? Cálculos, importância e rendimento negativo

Folha metropolitana

Portanto, ao investir, não basta apenas considerar os custos com taxa de administração, custódia e o Imposto de Renda. Afinal de contas, a inflação corrói o poder de compra da população e se ela não for considerada, pode ser que uma aplicação traga uma rentabilidade negativa e o investidor não perceba. 

É importante não confundir rentabilidade real com rentabilidade nominal. Em síntese, a rentabilidade nominal é o retorno acordado na aplicação. Ou seja, ele não considera a inflação e, por isso, não representa o ganho real do investidor.

Cálculos da rentabilidade real

Para descobrir o ganho real de um investimento, é preciso considerar os impactos da inflação. No entanto, não basta pegar a rentabilidade nominal e subtrair a inflação. Por exemplo, se pegarmos um tesouro prefixado com rentabilidade nominal de 8% ao ano e a inflação for de 4% ao ano, a resposta imediata seria que o ganho real seria de 4% ao ano.

Esse cálculo pode até trazer um resultado aproximado, mas não traz o resultado exato. Para calcular corretamente a rentabilidade real, é preciso considerar o valor final que determinado investimento irá render e então fazer a comparação com o efeito inflacionário. Logo, a forma correta de calcular é por meio da fórmula: (1 + rendimentos) / (1 + inflação) – 1

Rentabilidade real, o que é? Cálculos, importância e rendimento negativo

Executiva seguros

Suponhamos que você investiu R$ 100,00 em troca de uma taxa de 10% ao ano. Neste caso, no final do ano você teria R$ 110,00. Vamos imaginar também que a inflação no ano foi de 5%. Isso significa que os itens que antes você comprava com R$ 100,00 agora é preciso de R$ 105,00.

Colocando os dados na fórmula temos: (100% + 10%) / (100% + 5%) -1. Realizando os cálculos, temos: 110% / 105% -1 e o resultado final seria de 4,76%. Desse modo, apesar de a rentabilidade nominal do investimento ter sido de 10%, na verdade, o investidor teve uma rentabilidade real de apenas 4,76%. 

Rendimento negativo

Se após realizar os cálculos você perceber que, na verdade, determinado investimento está proporcionando um retorno abaixo da inflação, significa que você está tendo rentabilidade negativa.

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Obter um rendimento negativo é extremamente desvantajoso, pois apesar de você estar investindo com a intenção de aumentar seu patrimônio, na prática, você ainda está perdendo poder de compra para a inflação.

Um exemplo disso é a poupança, que proporciona um rendimento tão baixo, que não supera a inflação. O rendimento da poupança é baseado nas seguintes regras:

  • Se a Selic estiver mais alta que 8,5%, o rendimento é: 0,5% ao mês + Taxa Referencial;
  • Se a Selic estiver abaixo ou igual a 8,5%, o rendimento será de: 70% da Selic + Taxa Referencial. 
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O imparcial

Atualmente, a Selic está muito baixa, logo, a regra considerada tem sido a segunda. Além disso, a Taxa Referencial, está zerada há alguns anos. Em 2020 a Selic chegou na sua mínima histórica e ficou em 2% ao ano. Enquanto isso, a inflação fechou o ano de 2020 em 4,52%.

Nem precisamos fazer os cálculos para perceber que a poupança não está valendo a pena. Sendo assim, apesar de a poupança ser isenta de Imposto de Renda e contar com fácil acesso ao dinheiro depositado, ela não é vantajosa para as pessoas que desejam aumentar seu poder de compra. 

Uma forma de garantir sempre retorno acima da inflação, é aplicar em ativos que sejam atrelados a indicadores inflacionários. Por exemplo, o Tesouro IPCA+ rende a inflação do período, mais uma taxa de juros previamente acordada. Dessa maneira, existe a garantia de que o investidor sempre terá um ganho real com a aplicação. 

Importância

Calcular a rentabilidade real de uma aplicação é extremamente importante, pois serve como um indicador de qual investimento está de fato contribuindo para a construção do seu patrimônio.

É claro que usar a inflação passada para escolher um investimento não garante que no futuro a inflação não será maior e irá comprometer seu ganho real. Entretanto, é uma forma de ter uma projeção futura e basear suas escolhas.

Radix florestal

Se, por exemplo, a sua intenção é conseguir o primeiro milhão, você pode usar o cálculo da rentabilidade real para escolher as melhores aplicações para conquistar seus objetivos.

Afinal de contas, se você escolher aplicações como a poupança, que trazem retorno negativo, você vai demorar mais para conseguir o primeiro milhão.

Em contrapartida, se você montar uma carteira de investimentos diversificada, considerando o seu objetivo pessoal, perfil de investidor e a rentabilidade real, você provavelmente vai virar milionário mais rápido. Descubra Como ficar milionário? Dicas e hábitos para atingir o primeiro milhão

Fontes: Apprenda fixa, Verios e Finanças pessoais

Imagens: Exame, Folha metropolitana, Executiva seguros, O imparcial e Radix florestal

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