Hiperinflação – Definição, causas, histórico e consequências


A hiperinflação ocorre quando há um aumento exorbitante e constante dos preços. Desse modo, quando esse aumento atinge o patamar de 50%, e se mantém ao longo dos meses, constitui-se o cenário de  hiperinflação. 

Além disso, a hiperinflação pode ser alimentada pela insegurança dos produtores e comerciantes. Isso porque, com medo de perder o poder de compra, eles acabam por aumentar os preços como forma de assegurar os seus ganhos. No entanto, o resultado é que, com o aumento dos preços, vem o aumento da hiperinflação. 

Em síntese, entender como a hiperinflação funciona é importante para analisarmos o cenário econômico em que estamos vivendo. Afinal, a hiperinflação consegue corroer não apenas o poder de compra da população, mas também os ganhos com os investimentos. 

O que é hiperinflação

A hiperinflação está diretamente relacionada à inflação. A inflação é o aumento dos preços, sendo definida com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O IPCA, por sua vez, é um índice que calcula mensalmente a média de preços. Ou seja, com o seu cálculo, é possível descobrir se os produtos e serviços tiveram ou não aumento. 

Dessa forma, quando ocorre uma alta generalizada de preços de forma contínua, temos a hiperinflação. Em outras palavras, a hiperinflação é quando a inflação, ou seja, os preços, aumentam continuamente.

Em resumo, quando a inflação se mantém acima de 50% ao mês, temos o fenômeno da hiperinflação. 

Histórico

Uma situação de hiperinflação não é muito comum de se acontecer. No entanto, ela já foi presenciada em alguns locais, inclusive no Brasil.

Alguns brasileiros ainda se lembram de quando iam no supermercado pela manhã e determinado produto estava de um preço. Ao voltarem à tarde, o preço tinha subindo consideravelmente. Por exemplo, em março de 1989 a inflação chegou a 81%. 

se cenário catastrófico não aconteceu apenas no Brasil, ocorreu também na Alemanha, depois da Primeira Guerra Mundial.

Com isso, a economia na Alemanha ficou desequilibrada entre os anos de 1918 e 1924, quando o poder de compra da população foi seriamente reduzido. Outros países como China, Argentina e Rússia também já vivenciaram os efeitos da hiperinflação. 

Hiperinflação versus Deflação

A deflação é o oposto da hiperinflação. A hiperinflação é o aumento constante dos preços, que se mantêm em patamar elevado. Por outro lado, a deflação é a diminuição generalizada dos preços de produtos e serviços. 

Ambos os cenários são ruins para a economia. Se a hiperinflação corrói o poder de compra, a deflação pode gerar o aumento do índice de desemprego. 

Com muitas pessoas desempregadas, a consequência é a diminuição do consumo, o que pode levar a mais desempregos. O ideal é uma inflação com índices controlados, paralelo ao aumento de renda da população.  

Consequências

A principal consequência da hiperinflação é a perda do poder de compra. Como todos os produtos e serviços aumentam de preço e a renda das pessoas continuam a mesma, as pessoas passam a conseguir comprar menos com a mesma quantidade de dinheiro de antes. 

Em outras palavras, o salário das pessoas continua o mesmo, porém os preços dos produtos sobem. Dessa maneira, a hiperinflação afeta, principalmente, a classe baixa e média da população.

Vamos para um exemplo prático: Suponhamos que no mês de maio você compre um pacote de arroz de 5kg por 15,00 reais. Porém, com a alta dos preços, o mesmo arroz passa a custar 25,00 reais. Mas o seu salário continua o mesmo, portanto, você terá que abrir mão de outras coisas se quiser comprar o arroz.

Agora, suponhamos que o preço do arroz continue a subir todos os meses. Com isso, seu poder de compra ia ser completamente reduzido. Claro que nesse exemplo estamos falando de um produto isolado. É importante lembrar que, para ser considerado hiperinflação, é preciso que o aumento de preços seja generalizado. 

Em alguns investimentos a corrosão da inflação também pode ser sentida. Isso porque, determinadas aplicações rendem abaixo do índice inflacionário. Por fim, a hiperinflação pode causar ainda a recessão econômica no país, o que afeta toda a economia nacional. 

Causas da hiperinflação

A hiperinflação pode ser causada pelo excesso da oferta monetária, onde o Produto Interno Bruto (IPO) não consegue suportar a demanda. Portanto, normalmente, a hiperinflação acontece quando existe um cenário de desequilíbrio entre oferta e demanda de dinheiro

Outra causa da inflação é o excesso de liberação de créditos. Dessa maneira, com a liberação de forma constante e indiscriminada de dinheiro, o mercado fica cheio de moeda circulando sem o aumento de fato da riqueza da população. 

Por fim, outra situação que pode ocasionar a hiperinflação, é a estocagem de mercadorias. Esse cenário ocorre quando as pessoas acumulam produtos em casa e consequentemente eles faltam nas prateleiras.

Como o mercado é determinado pela lei de oferta e procura, quando existe muita procura e pouca oferta, os preços sobem. 

Agora que você sabe como funciona e quais são os riscos da hiperinflação, aproveite para aprender como lidar com o Retorno da inflação – Causas e como o aumento de preços funciona

Fontes: Mais retorno, Suno, Infoescola e Toro investimentos

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