O balanço patrimonial é um documento que aponta como está a saúde financeira do negócio. Ele retrata a saúde da empresa apenas no momento, não servindo como um dado de longo prazo.
Nesse sentido, o balanço patrimonial é muito útil para os gestores e os investidores. Os gestores o usam como base para as tomadas de decisão na empresa em relação a aumentar os investidores ou reduzir as despesas, por exemplo. Já os investidores usam este documento na análise da empresa antes de investir.
O cálculo do balanço patrimonial é composto por três elementos: ativos, passivos e patrimônio líquido. A elaboração do documento é muito importante para servir de base nas tomadas de decisão da gestão. Além disso, no Brasil, ele é um documento obrigatório por lei.
O que é o balanço patrimonial?
O balanço patrimonial (BP), também conhecido como balanço contábil, é considerado como o principal relatório de demonstração financeira de uma empresa. Porém, ele é o retrato da situação naquele momento, não de um longo período.
Dessa maneira, o balanço patrimonial representa os movimentos financeiros da empresa durante o período de análise. Ele leva em consideração, por exemplo, os investimentos realizados, as fontes de recursos e ainda todos os bens da companhia.
Para entender o funcionamento do balanço patrimonial, podemos imaginar uma balança de dois pratos. Desse modo, de um lado estão os bens e direitos e do outro os passivos e o patrimônio líquido.
Enfim, o balanço patrimonial funciona como uma fotografia da situação da empresa em determinado momento. Ele pode ser gerado em qualquer ocasião, porém, geralmente, eles são divulgados apenas no final de cada trimestre.
Para que ele serve?
O balanço contábil serve, principalmente, para refletir a situação financeira da empresa. Para os gestores, esses dados servem como base para entender qual a situação da empresa. Neste caso, ele serve como um indicador do momento que a empresa deve investir para inovar ou realizar cortes de gastos.
Além disso, o balanço contábil também serve como uma forma de analisar o desempenho da empresa, averiguar as fontes de recursos e para ajudar no planejamento fiscal da companhia. Também é útil, é claro, para determinar a distribuição de dividendos e manter os investidores informados sobre a empresa.
Por outro lado, para os investidores, o balanço contábil é utilizado nas análises dos ativos de uma empresa. Dessa forma, os investidores conseguem visualizar a saúde da empresa, a qualidade dos seus ativos e averiguar quais são os passivos da empresa, pois esses podem vir a afetar negativamente a companhia.
Quando fazer o balanço patrimonial?
Normalmente as empresas fazem o balanço patrimonial a cada 12 meses. Normalmente, ele é feito no final do ano, para ser apresentado no começo do ano seguinte. Contudo, ele pode ser feito com uma frequência maior. Por exemplo, ele pode ser feito sempre que os gestores precisarem decidir se a empresa deve investir mais em inovação ou reduzir os gastos.
De acordo com o § 1º do artigo 176 da Lei 6.404/76, ao final de cada exercício social, as empresas devem apresentar alguns demonstrativos financeiros, inclusive o balanço patrimonial. Ou seja, além de ser um documento muito útil nas tomadas de decisão de gestão, este é um documento obrigatório por lei.
Todas as empresas são obrigadas a fazer o balanço e não apenas as grandes empresas. Somente as companhias que se enquadram no Simples Nacional não precisam desse documento.
O que analisar no balanço patrimonial?
Por meio do balanço patrimonial, você consegue realizar diversas análises. Essas análises são úteis não apenas para os gestores, mas também para os investidores que estão pensando em aplicar na empresa.
Por exemplo, ao analisar os dados do balanço, você consegue verificar se a companhia será capaz de quitar suas dívidas. Neste caso, a análise visa conferir se a quantidade de passivos do período podem prejudicar o crescimento financeiro da empresa.
Qual é a importância desse documento?
Para os sócios da empresa, o balanço patrimonial é importante como ferramenta para o retrato real da saúde da empresa. Para os gestores, serve como base para realizar mudanças, investir ou realizar cortes de gastos.
Quando uma empresa tem capital aberto, os seus dados contábeis se tornam públicos. Portanto, os investidores devem analisar o balanço patrimonial antes de investir na companhia. Afinal, dados como a dívida da empresa podem influenciar no futuro e até mesmo no valor de suas ações.
Para os investidores que pensam a longo prazo e usam a análise fundamentalista, é importante estar sempre de olho nos balanços patrimoniais a fim de averiguar a saúde da empresa e a segurança de investir em suas ações.
Estrutura do balanço patrimonial
A estrutura do balanço patrimonial é composta por três informações principais:
- Os Ativos
- Os passivos
- Patrimônio líquido
Do lado esquerdo do documento, estão os ativos da empresa, isto é, os bens e direitos que ela tem. Já do lado direito estão os passivos, ou seja, as obrigações e dívidas da companhia. Também é do lado direito que consta o patrimônio líquido do negócio.
Quais são os ativos e passivos no balanço patrimonial?
Ativos
Os ativos são os bens da empresa, que podem trazer algum benefício econômico para o negócio. Os ativos podem ser categorizados como circulante e não-circulante.
- Circulantes: Os ativos circulantes são os bens que podem ser convertidos em dinheiro dentro do prazo de um ano. Alguns exemplos de ativos circulantes no balanço patrimonial são os recursos imediatos disponíveis no caixa da empresa, os investimentos e as contas a receber. Além disso, também são os estoques e os tributos a recuperar.
- Ativos não-circulantes: Já os ativos não-circulantes são aqueles bens que não podem ser convertidos em dinheiro com o prazo de menos de um ano. Alguns exemplos desse tipo de ativo são os investimentos a longo prazo e os ativos imobilizados (imóveis, máquinas e veículos).
Passivos
Os passivos são todos os recursos que foram emprestados ou então que foram aplicados por outras pessoas na empresa. Ou seja, os passivos são as dívidas e obrigações que a empresa deve pagar. Portanto, quanto mais a empresa deve, menos ela vale. Os passivos podem se dividem em:
- Passivo circulante: São as obrigações e dívidas da empresa dentro do prazo de um ano. Podemos citar como exemplos os pagamentos de fornecedores e as obrigações trabalhistas.
- Não-circulante: São as dívidas e obrigações com prazo superior a um ano. Como por exemplo, os empréstimos de longo prazo.
Como calcular o balanço patrimonial?
O cálculo do balanço patrimonial é feito por meio da seguinte equação: Ativo = Passivo + Patrimônio líquido. Sendo assim, no resultado final, a quantidade de ativos deve ser igual ou superior aos passivos.
A equação envolve os ativos, os passivos e o patrimônio líquido, e é preciso ter esses dados em mãos para fazer o cálculo do balanço. Cada um desses indicadores deriva de um cálculo diferente.
Os ativos de uma empresa são a soma dos bens que a companhia possui, enquanto os passivos são as obrigações e dívidas da empresa. Já o patrimônio líquido é a diferença entre ativos e passivos.
Outras análises possíveis
Com o balanço patrimonial, é possível fazer outras análises. Exemplo disso é o cálculo de quantos ativos a empresa mantém com o capital próprio do negócio e quantos são com capital de terceiros.
Chamada de “estrutura de capital”, essa análise é muito útil para que o gestor consiga verificar se os recursos obtidos para a manutenção da empresa possuem custos menores do que os seus lucros.
Em outras palavras, é possível analisar se a captação de recursos de terceiros gera um rendimento maior para a empresa ou se é melhor manter a companhia apenas com recursos próprios.
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Fontes: Bom controle; Contabilizei; Totvs; Treasy e, por fim; Suno