3 de dezembro de 2020 - por Jaíne Jehniffer
Tim Cook é o atual CEO da Apple. Ele é um empresário discreto, que não comenta muito sobre seu estilo de vida, nem sobre a família. Nascido e criado no interior dos EUA, Cook percebeu, desde jovem, a importância da inclusão e da diversidade.
Ao assumir o comando da Apple, quando Steve Jobs morreu, Tim Cook teve que enfrentar o desafio de desassociar a empresa da imagem de dependência que ela tinha de Jobs. O empresário conseguiu, já que os lucros da empresa passaram de US$ 25,9 bilhões para US$ 55,3 bilhões.
No entanto, mais do que dobrar os lucros da empresa, a missão de Tim Cook se refere à inclusão. O empresário luta ativamente pela diversidade e fala sobre a importância de uma sociedade mais inclusiva. Além disso, Cook é filantropo e pretende doar todo o seu patrimônio para a caridade.
Infância de Tim Cook
Timothy Donald Cook nasceu no dia 1 de novembro de 1960, no Alabama, Estados Unidos. Seus pais foram Geraldine que trabalhava como atendente de farmácia e Don, que era encarregado em um estaleiro.
Cook cresceu com os dois irmãos, Gerald e Michael. Na infância, o jovem era metódico e teve um bom desempenho na escola, sendo um dos responsáveis pelo livro do ano e ainda tocava trombone.
Na juventude, Tim Cook presenciou movimentos de discriminação que foram marcantes em sua vida. Um exemplo, foi a atuação do movimento Ku Klux Klan, que era a favor da supremacia branca.
O jovem chegou até mesmo a ver o KKK queimando uma cruz no quintal de uma família negra. Ao se aproximar, um dos encapuzados revelou sua identidade: era o diácono da igreja. Cook quis que aquele ato parasse, mas o diácono disse para ele ir embora.
Atos como esse de racismo, marcaram profundamente o jovem que, atualmente, usa a força do seu cargo na Apple para falar sobre esse assunto ignorado por tanta gente.
Dessa maneira, a atitude pró-diversidade é sua marca na Apple. Enfim, o fato de Tim Cook na infância ser homossexual em uma comunidade extremamente preconceituosa, fez com que ele percebesse o valor da privacidade, outro pilar que levou para a Apple.
Estudos
Quando tinha 16 anos, Cook ganhou um concurso de redação promovido por uma companhia de energia elétrica. Desse modo, o jovem foi convidado para conhecer na casa branca o então presidente dos EUA, Jimmy Carter, e o governador do Alabama, George Wallace.
O presidente era defensor dos direitos humanos, porém o governador era segregacionista, ou seja, era contra a integração dos negros e brancos.
Ao conhecer as duas figuras, Tim quis confrontar o governador e falar sobre a importância da integração. No entanto, ele apenas apertou a mão de ambos e até hoje se arrepende por não ter confrontado Wallace quando pôde.
Uma curiosidade é que, na sétima série, Cook já tinha decidido que iria cursar uma universidade, e que esta seria a Auburn.
Na cidade em que cresceu, o mais comum era terminar os estudos e entrar direto para o mercado de trabalho. Entretanto, como um jovem decidido que era, Cook já havia escolhido seu futuro.
Carreira de Tim Cook
Tim Cook se formou em Engenharia Industrial, em 1982, na Universidade de Auburn e fez MBA na Duke. Antes de se dedicar à Apple, ele trabalhou em outras grandes empresas, como IBM, Intelligent Electronics e Compaq.
Quando Cook entrou na IBM, a área de computadores pessoais tinha sido criada a pouco tempo. Naquela época, ainda não existia o Windows e a IBM, basicamente, comandava a direção da computação global.
Com talento e dedicação, Cook se destacou na empresa e chegou à diretoria responsável pelo atendimento ao cliente.
Depois de 12 anos se dedicando à IBM, Cook mudou de ares ao sair da empresa e se tornar diretor de operações da Intelligent Electronics.
O seu desempenho espetacular nesta empresa, atraiu a atenção da Compaq, que era a maior vendedora de computadores pessoais. Então, a Compaq ofereceu à Cook o cargo de vice-presidente de materiais corporativos.
Dessa forma, a sua ótima atuação também serviu para chamar a atenção de outra pessoa: Steve Jobs. Em resumo, a Apple estava em declínio e Jobs tinha acabado de voltar para a empresa para tentar uma retomada da companhia. Portanto, Jobs viu em Tim Cook um aliado em potencial para o ajudar neste desafio.
Apple
Junto com Steve Jobs, Tim Cook foi de extrema importância para a reestruturação da Apple. A empresa estava quase falida e os dois empresários tiveram bastante trabalho para conseguir transformar a companhia na atual gigante global.
O que Tim Cook fez na Apple, foi basicamente modificar toda a logística da empresa e a maneira com que ela lidava com os fornecedores.
Nesse sentido, Cook terceirizou totalmente a produção da Apple. Como a empresa fabricava boa parte dos equipamentos, o resultado era um grande estoque.
Sendo assim, Cook zerou quase que totalmente o estoque de produtos armazenados na Apple e fechou vários armazéns. Portanto, a mercadoria passou a sair da fábrica direto para o consumidor.
O resultado final da mudança logística de Cook, foi a construção de uma boa relação com grandes fabricantes globais e a definição de que a sede da Apple na Califórnia seria dedicada ao desenvolvimento e não à produção.
Um dos motivos que levou à terceirização da Apple, foi o objetivo de investir na cadeia produtiva. Desse modo, a Apple passou a comprar de maneira antecipada a produção de tecnologias ainda em desenvolvimento.
CEO da Apple
Em 2003, Steve Jobs descobriu que estava com câncer pancreático. Durante os oito anos em que lutou contra a doença, Tim Cook sempre o apoiou e assumiu seu lugar quando necessário.
Por fim, em agosto de 2011, Tim Cook se tornou CEO da Apple definitivamente, já que Steve Jobs decidiu se dedicar inteiramente à batalha contra o câncer. Dois meses depois, no dia 5 de outubro de 2011, Steve Jobs faleceu.
Como CEO, Cook é bem diferente de Steven Jobs. Ele também é um Workaholic, mas sua gestão funciona de maneira um pouco mais diferente e humanizada. Em síntese, nos primeiros anos no cargo, Tim Cook realizou mudanças na empresa e alinhou a Apple à sua visão de crescimento.
Além disso, ele também deu mais atenção aos investidores, aumentando os dividendos, o valor da recompra de ações e fez com que os bônus da diretoria estivessem atrelados aos resultados do mercado financeiro.
Resultados da gestão de Cook
Os resultados das medidas tomadas pelo CEO, podem ser vistas nos números da empresa. Sendo assim, no ano em que Steve Jobs morreu, a receita da Apple estava em US$ 108 bilhões e, em 2019, esse número já estava em US$ 260 bilhões.
Ou seja, o lucro que estava em US$ 25,9 bilhões, saltou para US$ 55,3 bilhões.
Depois que assumiu o cargo como CEO da Apple, Tim Cook já falou diversas vezes sobre a importância da diversidade. Em seu escritório na Apple, ele possui uma imagem de Martin Luther King Jr, que serve sempre de inspiração para o empresário.
Em 2014, Cook se tornou o primeiro CEO das 500 empresas mais ricas do mundo, além de falar publicamente sobre ser gay. É claro que Cook não deve satisfação para ninguém sobre o fato de ele ser homossexual. Entretanto, ele quis falar sobre isso para abrir as portas para outras pessoas que sentiam que precisavam se esconder.
Filantropia
Tim Cook estabeleceu a meta de doar toda a sua fortuna para a filantropia. Dessa maneira, aos poucos e sem fazer alarde, já que ele é bastante discreto, Cook já começou a abrir mão de seu patrimônio.
Algumas das áreas que Cook já contribuiu foi para organizações de artes, educação e defesa aos animais. Ele também já doou para hospitais que combatem doenças como câncer, Aids, e tuberculose.
Em 1996, o CEO foi diagnosticado incorretamente com esclerose múltipla, o que o fez ver o mundos de maneira diferente. Dessa forma, ele também apoia ações para combater esta doença.
Enfim, agora que você conhece o perfil de Tim Cook, aproveita para conhecer também Luiza Helena Trajano, quem é? História da presidente da Magazine Luiza
Fontes: Suno, Infomoney e Tecmundo
Imagens: News on A., Inc, Mac magazine, Business insider, Axios, DCI, Qz e Business insider