8 de abril de 2025 - por Diogo Silva

O Índice de Endividamento Geral (EG) é um parâmetro financeiro amplamente empregado para avaliar o nível de endividamento de uma organização. Basicamente, esse índice demonstra a relação entre as obrigações da empresa e o total de seus ativos, ou seja, indica qual parcela dos bens e direitos da companhia está sendo financiada por capital de terceiros.
No entanto, para sua aplicação correta, é fundamental compreender o método de cálculo desse indicador, bem como estar atento aos cuidados necessários ao utilizá-lo na análise da situação financeira da empresa. Venha entender um pouco mais sobre isso.
Leia também: Análise de desempenho financeiro: o que é e como fazer?
O que é o Índice de Endividamento Geral?
O Índice de Endividamento Geral (EG) é um indicador financeiro que permite avaliar o nível de endividamento de uma empresa em relação ao total de seus ativos. Ele mostra a parcela dos bens e direitos da companhia que está sendo financiada por capital de terceiros, como bancos, fornecedores e outros credores.
Esse índice é obtido dividindo-se o passivo total pelo ativo total da empresa. O passivo total inclui todas as dívidas e obrigações da organização, tanto de curto quanto de longo prazo, enquanto o ativo total corresponde a todos os recursos que a empresa possui.
De maneira prática, se o Índice de Endividamento Geral for elevado, significa que a empresa depende significativamente de capital de terceiros para financiar suas operações, o que pode aumentar seu risco financeiro, principalmente em momentos de crise econômica ou dificuldades no fluxo de caixa.
Por outro lado, um índice muito baixo pode indicar que a empresa utiliza pouco financiamento externo, o que pode ser positivo em termos de segurança financeira, mas também pode sinalizar que a empresa não está aproveitando oportunidades de crescimento por meio de investimentos.
Como calcular o Índice de Endividamento Geral?
Para calcular o Índice de Endividamento Geral (EG), basta dividir o passivo total pelo ativo total da empresa. Esse cálculo mostra qual parte dos bens e direitos da empresa foi financiada por terceiros.
Por exemplo, se uma empresa tem R$ 500.000 de dívidas (passivo total) e R$ 1.000.000 em bens e investimentos (ativo total), o índice será 0,5 ou 50%. Isso significa que metade dos recursos da empresa veio de empréstimos ou outras obrigações financeiras.
Esse índice ajuda a entender o nível de dependência da empresa em relação a capital externo e deve ser analisado com outros indicadores para avaliar a saúde financeira do negócio.
Como o Índice de Endividamento Geral é analisado?
A análise do Índice de Endividamento Geral (EG) é feita a partir da interpretação do percentual obtido no cálculo, avaliando o quanto dos ativos da empresa são financiados por terceiros.
Um índice elevado, próximo de 100%, indica alta dependência de capital externo, o que pode representar um risco financeiro, especialmente se a empresa enfrentar dificuldades no fluxo de caixa.
Já um índice moderado, entre 40% e 60%, sugere um equilíbrio entre recursos próprios e financiamentos, desde que a empresa tenha capacidade de honrar suas obrigações.
Um índice baixo, inferior a 40%, mostra menor dependência de terceiros, o que pode ser positivo por reduzir riscos, mas também pode indicar que a empresa não está aproveitando oportunidades de crescimento por meio de financiamentos estratégicos.
Além disso, a análise deve considerar fatores como a capacidade da empresa de gerar lucro para pagar suas dívidas, o setor de atuação e a comparação com concorrentes, garantindo uma visão mais completa da saúde financeira do negócio.
Saiba mais: Quais as diferenças entre financiamento e empréstimo?
Qual a importância do Índice de Endividamento Geral?
O Índice de Endividamento Geral (EG) é fundamental para avaliar a saúde financeira de uma empresa, pois indica o nível de dependência de capital de terceiros.
Ele ajuda a identificar se a companhia está excessivamente endividada, o que pode aumentar os riscos financeiros, ou se está utilizando financiamentos de forma equilibrada para impulsionar seu crescimento.
Além disso, esse indicador é essencial para investidores, credores e gestores, pois permite analisar a capacidade da empresa de honrar suas obrigações e tomar decisões estratégicas mais seguras.
Quando combinado com outros índices financeiros, o EG oferece uma visão mais completa da sustentabilidade do negócio e auxilia na gestão do endividamento, garantindo que a empresa mantenha uma estrutura financeira saudável.
Quais são os outros tipos de indicadores de endividamento?
1. Índice de Participação de Capitais de Terceiros
Representa a relação entre o passivo total e o patrimônio líquido. Ele mostra o quanto a empresa depende de recursos de terceiros em comparação ao seu próprio capital. Quanto maior esse índice, maior a dependência de capital externo.
2. Índice de Composição do Endividamento
Indica a parcela da dívida total da empresa que é de curto prazo (obrigações que devem ser pagas em menos de um ano). Se esse índice for muito alto, significa que a empresa tem muitas dívidas a vencer rapidamente, o que pode comprometer seu fluxo de caixa.
3. Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido
Avalia o quanto do patrimônio líquido da empresa está investido em ativos imobilizados, como imóveis, máquinas e equipamentos. Se esse índice for alto, pode indicar que a empresa tem pouca flexibilidade financeira, pois muitos de seus recursos estão aplicados em bens de difícil liquidação.
4. Índice de Cobertura de Juros
Mede a capacidade da empresa de pagar os juros de suas dívidas com o lucro operacional. Um índice alto significa que a empresa gera lucro suficiente para cobrir os juros, enquanto um índice baixo pode indicar dificuldades para arcar com os custos financeiros.
Fontes: Suno; TBS Consultoria; Renova Invest; Central do Franqueado