Valor residual: o que é, como calcular, importância

Entenda o que é valor residual, como ele representa o valor de um ativo ao final da sua vida útil e muito mais!

2 de julho de 2025 - por Millena Santos


Quando um bem chega ao fim da sua vida útil, isso não significa que ele perdeu completamente o seu valor. É aí que entra o conceito de valor residual, um termo que ajuda a entender quanto um ativo ainda pode valer, mesmo depois de anos de uso e depreciação.

Seja um veículo, uma máquina ou qualquer outro bem, esse valor estimado é muito importante para quem quer manter um bom controle financeiro e tomar decisões mais estratégicas sobre seus ativos.

E aí, vamos saber mais sobre isso? Boa leitura!

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O que é valor residual?

O valor residual é o termo usado para representar quanto um ativo ainda vale ao final de sua vida útil, mesmo após sofrer depreciação ao longo do tempo.

Ou seja, mesmo que determinado bem não esteja mais em condições ideais de uso, ele ainda pode apresentar algum valor, seja por peças reaproveitáveis, materiais recicláveis ou até pelo potencial de revenda.

Esse conceito é usado em áreas como contabilidade, gestão patrimonial e análise de investimentos, ajudando a estimar o valor final de um bem ao fim de sua utilização.

Além disso, o valor residual é um dos elementos considerados no cálculo da depreciação, o que impacta diretamente na avaliação e planejamento financeiro de empresas e investidores.

Relação entre o valor residual e a depreciação

A depreciação é calculada ao longo dos anos para refletir a perda de valor de um bem com o passar do tempo. Nesse processo, o valor residual desempenha um papel importante: ele representa o montante estimado que o ativo ainda terá ao final de sua vida útil.

Dessa forma, esse valor é essencial para delimitar até onde a depreciação pode ser contabilizada. Em outras palavras, o ativo não é depreciado até atingir zero, mas sim até alcançar o valor que se espera que ele ainda mantenha ao final de seu uso, seja por sua revenda, reaproveitamento ou valor de descarte.

Na prática, isso significa que considerar o valor residual no cálculo da depreciação permite uma estimativa mais concreta do impacto que o uso do bem terá ao longo do tempo, favorecendo um controle patrimonial mais preciso.

Como calcular o valor residual?

O cálculo do valor residual usa uma fórmula simples:

Valor Residual= Valor Inicial – (Depreciação anual × Tempo de utilização)

Nesse cálculo, o valor inicial corresponde ao preço de aquisição do bem. Já a depreciação anual representa a perda de valor estimada para cada ano de uso, que pode variar de acordo com o tipo de ativo e as normas contábeis adotadas.

O tempo de utilização considera o período durante o qual o bem foi efetivamente usado ou está previsto para ser utilizado.

Diante disso, ao aplicar essa fórmula, chega-se ao valor estimado que o ativo ainda deverá ter ao fim da sua vida útil.

Exemplo

Imagine que uma empresa comprou uma máquina por R$ 50.000, com uma vida útil estimada de 10 anos. A depreciação anual dessa máquina foi definida em R$ 4.000.

Para calcular o valor residual, aplicamos a fórmula:

Valor Residual= Valor Inicial – (Depreciação anual × Tempo de utilização)
Valor Residual= R$ 50.000 – (R$ 4.000 × 10)
Valor Residual= R$ 50.000 – R$ 40.000
Valor Residual= R$ 10.000

Isso significa que, ao final de 10 anos de uso, essa máquina ainda deverá manter um valor estimado de R$ 10.000, seja por reaproveitamento, venda como equipamento usado ou valor de sucata.

Portanto, esse é o montante que não será considerado na depreciação contábil.

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Valor residual de um investimento

No universo dos investimentos, o valor residual também é um elemento importante a ser considerado, especialmente quando se trata da análise de ativos de longo prazo.

Dessa forma, como a gente já viu, representa o valor estimado que um determinado bem ou ativo ainda poderá gerar ao final de sua vida útil, seja por meio da revenda, reaproveitamento ou até liquidação.

Esse cálculo é relevante porque ajuda a projetar o retorno total de um investimento. Por exemplo, ao adquirir um equipamento, imóvel ou até mesmo uma frota de veículos, é importante considerar não apenas o custo de aquisição e a depreciação ao longo do tempo, mas também quanto esse ativo ainda poderá valer no momento em que for desativado, substituído ou vendido.

Trocando em miúdos, o valor residual nos investimentos funciona como uma estimativa de quanto ainda pode ser recuperado ao final do ciclo de uso do ativo.

Portanto, influencia diretamente na tomada de decisões e na avaliação da rentabilidade real do investimento, sendo essencial para um planejamento financeiro mais estratégico e realista.

Importância do valor residual

O valor residual tem um papel bem importante na gestão de ativos, pois permite estimar com mais precisão o quanto um bem ainda valerá ao final de sua vida útil.

Logo, essa estimativa é crucial para o cálculo da depreciação, o que, por sua vez, influencia diretamente nos registros contábeis e na composição do balanço patrimonial.

Ao inserir o valor residual nas análises, é possível evitar distorções na avaliação do patrimônio da empresa. Isso garante que os demonstrativos contábeis estejam mais alinhados com a realidade, refletindo de forma mais fiel o valor econômico dos bens, mesmo após anos de uso.

Além do aspecto contábil, o valor residual contribui para o planejamento financeiro de médio e longo prazo e serve como base para projeções mais realistas, facilita a tomada de decisões sobre reinvestimentos, substituições de ativos e auxilia na análise de viabilidade de novos projetos.

Em contextos de investimento, essa estimativa também ajuda a calcular o retorno final de um ativo, considerando não só os ganhos durante sua utilização, mas também o quanto ele ainda pode gerar no momento da revenda ou descarte.

Ou seja, o valor não é só um número, mas uma estratégia que permite melhorar o controle patrimonial, tomar decisões mais sólidas e ter uma gestão financeira mais eficiente e sustentável ao longo do tempo.

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Fonte: Mais Retorno, Suno, Makro.

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