Ativos reais: o que são, para que servem, tipos, vantagens, riscos

Ativos reais são bens tangíveis e físicos, como imóveis, máquinas ou commodities, que geram valor ou renda. Entenda suas vantagens e riscos!

18 de julho de 2025 - por Sidemar Castro


Quando falamos em investimentos, muitas vezes pensamos logo em ações ou fundos. Mas existe um universo fascinante chamado ativos reais, que são, essencialmente, investimentos ligados a coisas que podemos tocar, sentir e que impulsionam a economia de verdade. Isso mesmo, estamos falando em imóveis, infraestrutura, terras agrícolas… tudo aquilo que gera riqueza, empregos e renda para o nosso país.

Uma das grandes sacadas dos ativos reais é que eles costumam “andar” por um caminho diferente do mercado financeiro tradicional. Historicamente, a performance deles não se move na mesma toada das ações e títulos, o que é uma excelente notícia para quem busca diversificar a carteira.

Saiba para que servem os ativos reais, tipos, vantagens e riscos, tudo, nessa matéria. Leia!

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O que são ativos reais?

Na economia, chamamos de ativos tudo aquilo de valor que pode virar dinheiro para uma pessoa ou empresa. Os ativos reais são parte desse grupo, mas com um toque especial.

O que os torna únicos? Muitos são tangíveis, ou seja, dá para tocar, como um imóvel ou uma máquina. Mas também existem os intangíveis, tipo uma marca famosa ou uma patente, que têm valor sem serem físicos. O mais legal é que eles estão diretamente ligados à economia de verdade, gerando bens e serviços que impactam o nosso dia a dia.

O valor desses ativos geralmente vem da utilidade prática deles ou da sua escassez. Eles tendem a ser mais estáveis, não sofrendo tanto com as oscilações do mercado. Por isso, são uma ótima alternativa ou complemento para os seus investimentos tradicionais.

Eles trazem muitos benefícios: estabilidade de preços, proteção contra a inflação e a possibilidade de gerar renda passiva, como o aluguel de um imóvel. Mas o impacto vai além do seu bolso: eles ajudam a impulsionar a economia, mantendo a produção ativa e criando um ciclo positivo para todos nós.

Para que servem os ativos reais?

Para você que investe, o principal objetivo dos ativos reais é gerar renda. Eles são uma alternativa interessante aos investimentos financeiros comuns, oferecendo um jeito diferente de ver seu dinheiro crescer. O legal é que eles costumam ser menos afetados pelas montanhas-russas do mercado, ajudando a proteger seu patrimônio.

Além disso, alguns podem te dar renda passiva, aquele dinheirinho que entra sem muito esforço, e ainda preservam seu valor com o passar do tempo.

Mas os ativos reais vão além do seu próprio benefício. Eles são superimportantes para a sociedade, sabe? Quando investimos em algo concreto, estamos impulsionando a economia, criando produtos, movimentando negócios e, o mais fundamental, gerando empregos. Tudo isso contribui para que a qualidade de vida de todo mundo melhore.

Características dos ativos reais

No mundo da economia, quando falamos em “ativos”, nos referimos a tudo o que uma pessoa ou empresa possui e que pode ser transformado em valor financeiro: bens, direitos ou recursos. Os ativos reais fazem parte desse universo, compartilhando essa essência, mas trazem consigo características muito próprias que os diferenciam. As principais são:

  • Presença física: Embora existam ativos reais intangíveis (como marcas reconhecidas, patentes inovadoras ou até direitos sobre talentos), uma marca registrada dessa categoria é a tangibilidade. Muitos deles são coisas que podemos ver e tocar, como terrenos, prédios ou máquinas.
  • Conexão com o dia a dia: Diferente de muitos ativos financeiros, os ativos reais têm um pé firme na economia concreta. Eles geram efeitos reais e perceptíveis na vida das pessoas, seja produzindo bens que usamos ou oferecendo serviços essenciais.
  • Valor prático: O preço de um ativo real costuma vir da sua utilidade direta ou da escassez do que ele representa. Pense em matérias-primas essenciais (commodities) – seu valor nasce da necessidade que temos delas e da sua disponibilidade limitada.
  • Menos altos e baixos: Embora não sejam tão previsíveis quanto investimentos de renda fixa, os ativos reais geralmente apresentam mais estabilidade. Eles tendem a sofrer menos com as oscilações bruscas e o “humor” instável dos mercados financeiros.
  • Conversão que exige paciência: Comparados a outros tipos de investimento, os ativos reais (especialmente os físicos) costumam ser menos líquidos. Transformá-los em dinheiro rápido pode ser um processo mais demorado, o que é algo a se pensar caso surja uma necessidade financeira urgente.
  • Entrada que requer planejamento: Não só podem ser mais difíceis de vender, como também de adquirir. O custo inicial para entrar nesse tipo de investimento (imagine comprar um imóvel para alugar) pode ser uma barreira significativa para muitos investidores.
  • Cuidados e riscos próprios: Ativos reais trazem consigo responsabilidades e desafios específicos. Eles podem exigir manutenção contínua, estão sujeitos ao desgaste natural com o tempo e carregam riscos que outros tipos de ativos não compartilham, como danos físicos ou questões legais específicas.

Essas características pintam um retrato mais completo dos ativos reais: são investimentos com raízes no mundo concreto, que trazem benefícios como estabilidade e conexão com a economia real, mas também demandam atenção especial para sua gestão e acesso.

Leia mais: Classes de ativos: o que são, quais são as principais e como escolher?

Quais são os tipos de ativos reais?

1) Imóveis

Esse é talvez o tipo mais conhecido. Engloba desde apartamentos, casas e terrenos até edifícios comerciais, shoppings e galpões industriais. Investir em imóveis pode render aluguel ou valorização na hora da venda, além de ser algo que as pessoas conseguem visualizar e entender facilmente.

2) Infraestrutura

As artérias vitais de uma nação: Estamos falando daqueles projetos grandiosos que sustentam o pulsar da sociedade. São as estradas que conectam comunidades, os portos que abraçam o comércio global, os aeroportos que encurtam distâncias. São as ferrovias carregando progresso, as redes de energia iluminando lares, os sistemas de saneamento protegendo saúde pública e as telecomunicações tecendo nossa rede de conversas.

Investir nesses alicerces significa mais do que aplicar recursos, é ser parceiro silencioso no desenvolvimento do país.

3) Companhias Privadas

São empresas que não têm suas ações negociadas na bolsa de valores. Investir nelas pode ser por meio de participação direta no negócio ou através de fundos que compram fatias de diversas empresas. É uma forma de apostar no crescimento de negócios específicos e, quem sabe, colher bons frutos quando elas se valorizam ou são vendidas.

4) Commodities

São matérias-primas básicas, como petróleo, gás natural, metais (ouro, prata, cobre), produtos agrícolas (soja, milho, café) e até mesmo gado. O valor delas é determinado pela oferta e demanda global. É um mercado que pode ser bem volátil, mas que tem um papel crucial na indústria e na produção de bens.

5) Ativos Florestais

Esse ativo envolve o cultivo de florestas ou a exploração sustentável de madeira. Além do valor comercial da madeira, os investidores buscam a valorização da terra ao longo do tempo e os créditos de carbono gerados, que transformam o projeto em uma contribuição ativa para o meio ambiente. É um ciclo que une retorno econômico e propósito ecológico: cuidar da terra enquanto se colhe seus benefícios, hoje e para as futuras gerações.

6) Ativos de Propriedade Intelectual

Aqui entram coisas que não podemos tocar, mas que têm um valor imenso. São patentes de invenções, marcas registradas, direitos autorais de músicas, filmes ou livros, e até mesmo softwares. O retorno vem da exploração comercial desses direitos, seja por licenciamento ou uso exclusivo.

Diferenças entre ativos reais e ativos financeiros

Ativos Reais: O Que Você Consegue Tocar e Sentir

Os ativos reais são coisas concretas, muitas vezes físicas, que impulsionam a economia real. Pense em imóveis, máquinas ou até terras. Mesmo sem forma física, como patentes, seu valor vem da utilidade ou da escassez.

Eles são mais estáveis, menos afetados pelas oscilações rápidas do mercado financeiro, e seu investimento geralmente gera um impacto social visível, criando empregos e desenvolvimento. A desvantagem é que não são tão fáceis de converter em dinheiro (menor liquidez), mas podem ser uma boa proteção contra a inflação.

Ativos Financeiros: Direitos e Expectativas no Papel (ou na Tela)

Já os ativos financeiros são direitos ou representações de valor, mas não são físicos. Estamos falando de ações, títulos, fundos de investimento, tudo o que existe como um registro digital. O valor deles está muito ligado a expectativas futuras e são mais sensíveis ao “humor do mercado”, ou seja, podem variar bastante de preço em pouco tempo.

A grande vantagem é que são muito mais líquidos (fáceis de comprar e vender) e geralmente mais acessíveis para começar a investir. Eles podem gerar renda passiva através de juros ou dividendos.

Sendo assim, ativos reais são mais “pé no chão”, ligados a bens físicos e à produção, com mais estabilidade e proteção contra a inflação, mas menos liquidez. Ativos financeiros são mais flexíveis, com alta liquidez e acessibilidade, mas podem ser mais voláteis. Ambos são importantes para diversificar seus investimentos, dependendo do que você busca.

Vantagens dos ativos reais

Investir em ativos reais é como ter um alicerce sólido em seu patrimônio. Eles trazem uma série de benefícios que os tornam bem interessantes:

  • Proteção contra a inflação: Seu dinheiro vale mais com o tempo, já que ativos como imóveis ou commodities tendem a acompanhar a subida dos preços. É uma forma de não perder poder de compra.
  • Mais estabilidade: Ao contrário de ações que oscilam muito, os ativos reais são mais “calmos”. O valor deles não muda tanto com o sobe e desce do mercado, o que dá mais tranquilidade para o investidor.
  • Diversificação: Não coloque todos os ovos na mesma cesta! Ativos reais não andam “de mãos dadas” com os investimentos financeiros tradicionais. Se um vai mal, o outro pode ir bem, ajudando a equilibrar sua carteira e diminuir os riscos.
  • Renda passiva: Muitos ativos reais podem gerar dinheiro pra você sem que precise trabalhar por isso. Pense em aluguéis de imóveis ou royalties de algo que você criou. É uma grana extra que entra regularmente.
  • Impacto positivo na sociedade: Ao investir em ativos reais, você está colaborando para o desenvolvimento do país, gerando empregos e melhorando a infraestrutura. É um investimento que vai além do seu lucro pessoal.
  • Valor por si só: Diferente de um papel, um ativo real tem valor próprio. Um terreno, por exemplo, vale pelo que ele é e pelo que pode produzir, não só pelas expectativas do mercado.

Saiba mais: Fundo balanceado: o que é, como funciona, quais são as vantagens?

Desvantagens e riscos dos ativos reais

Apesar de serem ótimos, os ativos reais também têm seu lado que pede atenção. Conhecer esses pontos é essencial para investir com mais segurança:

  • Difícil de vender rápido (baixa liquidez): Essa é a maior delas. Transformar um imóvel ou uma fazenda em dinheiro pode demorar muito, às vezes meses. Se precisar da grana com urgência, isso pode ser um problema.
  • Custo inicial alto: Geralmente, você precisa de bastante dinheiro para começar a investir em ativos reais, o que pode afastar alguns investidores.
  • Custos extras e manutenção: Ao contrário de um investimento no banco, um ativo real pode gerar despesas contínuas, como impostos, reformas ou custos de produção. É um dinheiro que sai do seu bolso regularmente.
  • Podem perder valor: Sim, mesmo ativos reais podem desvalorizar, seja por problemas na região, crises no setor ou eventos inesperados.
  • Riscos específicos: Cada tipo de ativo tem seus próprios perigos. Um imóvel pode ter um problema com o inquilino, uma floresta pode pegar fogo. É preciso entender bem onde você está colocando seu dinheiro.

Leia mais: Riscos dos investimentos, o que são? Quais são eles e como diminuí-los

Como calcular os ativos reais?

Calcular o valor de um ativo real é um pouco diferente de ver o preço de uma ação, pois nem sempre há um valor de mercado na tela. Geralmente, a gente usa uma combinação de abordagens e olha para as características específicas de cada um:

1) Comparação com o Mercado

A forma mais comum. A gente compara o que quer avaliar com itens parecidos que foram vendidos recentemente. Se for uma casa, olhamos outras casas semelhantes vendidas na vizinhança. É simples, mas depende de ter bons exemplos para comparar.

2) Custo de Reposição/Construção

Quanto custaria para fazer um igual hoje? Aqui, somamos o valor para construir ou comprar um ativo idêntico do zero. Útil para fábricas ou florestas, mas nem sempre reflete o que o mercado pagaria de fato.

3) Renda Futura (Fluxo de Caixa)

Perfeito para ativos que geram dinheiro, como imóveis alugados ou empresas. A gente estima quanto dinheiro ele vai gerar no futuro e traz esse valor para o presente, considerando os riscos. É mais complexo, mas bem completo para quem busca renda.

4) Valor de Liquidação (Venda Rápida)

É o preço que se consegue se precisar vender o ativo com muita pressa. Geralmente, é um valor mais baixo, pois reflete a urgência da venda.

5) Múltiplos (para Empresas)

Para empresas privadas, a gente compara com negócios similares que já foram vendidos. Se empresas do mesmo tipo valem 5 vezes o lucro anual, a sua valeria algo parecido. É uma forma rápida de estimar, mas exige bons comparativos.

Por fim, para ativos mais complexos, o ideal é procurar um especialista. Mas entender esses conceitos já ajuda bastante a ter uma boa noção do valor!

Como investir em ativos reais?

Investir em ativos reais é uma ótima maneira de diversificar e ter um pé na economia de verdade. Veja as principais formas:

1) Investimento Direto (Comprando o Ativo)

Você compra o ativo físico, como um imóvel ou terreno. Dá controle total, mas exige muito dinheiro inicial, tem baixa liquidez e custos de manutenção (impostos, reformas). É para quem tem capital e tempo para gerenciar.

2) Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs)

Você investe indiretamente em grandes imóveis (shoppings, galpões) através de cotas negociadas em bolsa. Permite investir com pouco dinheiro, tem mais liquidez e a gestão é profissional.

3) Fundos de Investimento em Participações (FIPs)

O fundo investe em empresas privadas que não estão na bolsa, buscando crescimento e lucro na venda futura. É para longo prazo, tem baixa liquidez e é mais voltado para investidores com mais capital.

4) Crowdfunding de Investimento

Várias pessoas se unem para financiar projetos específicos (imobiliários, empresas) com valores menores. É acessível e diversificado, mas é vital pesquisar bem o projeto e a plataforma, pois a liquidez costuma ser baixa.

5) Investimento em Commodities

Você investe em matérias-primas (ouro, petróleo, soja) via bolsa (contratos futuros) ou Fundos de Commodities. Até pode ser um tanto volátil, só que os ganhos de proteção contra a inflação são maiores.

Leia também: Setores da bolsa de valores: quais são eles?

Fontes: IBFlorestas, Top Invest, Inco Vc, Investopedia, Wall Street Prep, Hurst Capital, Blox e Money Times.

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