Crise de 2008, o que foi? Contexto histórico e efeitos no Brasil e no mundo

A crise de 2008 começou como um problema no sistema hipotecário dos Estados Unidos, porém se expandiu até atingir diversas economias em todo o mundo. 

A magnitude da crise de 2008, também chamada de a Grande Recessão, foi tão gigantesca, que ela é considerada como o maior desastre econômico depois da Grande Depressão, de 1929. 

Em resumo, a crise explodiu no dia 15 de setembro de 2008, quando o banco Lehman Brothers declarou falência. Na época, este era um dos bancos de investimentos mais tradicionais dos Estados Unidos.

O que foi a crise de 2008

A crise de 2008 é considerada por diversos economistas como a pior crise desde a Depressão de 1929. Tudo começou com a concessão de financiamentos imobiliários de alto risco concedidos pelos bancos. 

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Além dos financiamentos arriscados, os bancos começaram a emitir os CDOs, como uma forma de conseguir mais dinheiro para então aprovar mais empréstimos.

Como os CDOs eram comprados por investidores em todo o mundo, quando as pessoas não conseguiam pagar suas dívidas, o impacto foi sentido em vários países. 

Contexto histórico

Em torno do ano de 1998, os bancos norte-americanos começaram a conceder empréstimos para pessoas sem condições de honrar com a dívida.

Dessa forma, mesmo que o cidadão não tivesse emprego nem fonte de renda, os bancos aprovaram o financiamento imobiliário, o que posteriormente resultou em uma bolha imobiliária.

Este crédito sem uma real garantia de retorno ficou conhecido como subprime, ou seja, de segunda linha.  Os empréstimos subprimes estavam sendo concedidos em larga escala e este tipo de operação não conseguiu se manter por muito tempo. 

Para piorar mais ainda a situação da crise de 2008, os bancos passaram a misturar os subprimes com empréstimos de baixo risco e montar os pacotes de CDO – Collateralized Debit Obligations ou traduzindo Obrigações de Dívidas Colaterizadas. 

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Os CDOs eram então vendidos para os investidores em todo o mundo, principalmente no continente europeu. Desse modo, quando as pessoas que pegaram o financiamento nos EUA pagassem as dívidas, o dinheiro dos investidores iria ser devolvido com juros. 

Como os juros pelos CDOs eram altos, os investidores acreditavam se tratar de uma ótima oportunidade para ganhar dinheiro.

Contudo, o fato de que os CDOs tinham em sua composição subprimes, não foi exatamente explicado aos investidores. Além disso, as agências de classificação de risco, como a Standard&Poor’s, Fitch e Moody’s, garantiam que os papéis eram confiáveis. 

Por fim, as pessoas que pegaram os empréstimos subprimes não conseguiram pagar suas dívidas. O resultado foi um efeito em cadeia, já que as dívidas estavam presentes em bancos e fundos de investimentos em todo o mundo.  

Segunda-feira negra

O marco da explosão da crise de 2008 foi a falência de um dos bancos de investimentos mais tradicionais dos Estados Unidos, o Lehman Brothers. O banco declarou falência no dia 15 de setembro de 2008, sendo que a data ficou conhecida como segunda-feira negra. 

Agendor

Naquele dia, as bolsas de valores em todo o mundo apresentaram queda. Depois do Lehman Brothers, diversos outros bancos divulgaram que tiveram prejuízos bilionários. O resultado de tudo isso, foram vários meses de desestabilidade financeira. 

Consequências

Como uma forma de tentar salvar os bancos da falência, os governos de diversos países fizeram aportes de bilhões aos bancos. Esta injeção no setor bancário serviu para evitar um colapso total no sistema financeiro.

Entretanto, a crise não se limitou à este setor, ela se expandiu para diversas outras áreas e provocou instabilidade política. 

Administradores

Em países do mundo todo, inclusive no Brasil, instalou-se um período de recessão econômica. Dessa maneira, diversas empresas declararam falência e a taxa de desemprego disparou. Com mais de 8 milhões de pessoas desempregadas, apenas nos EUA, o nível de desigualdade social foi acentuado. 

O fim da crise foi declarado em 2009. No entanto, diversos países ainda sofrem com os efeitos da grande recessão e suas economias ainda não se recuperaram completamente, mesmo depois de tantos anos. 

Crise de 2008 no Brasil

Quando a crise de 2008 eclodiu, o Brasil estava passando por um momento de economia estável. Porém, com a crise do subprime, o governo teve que tomar medidas para conter os prejuízos.

Uma das atitudes tomadas foi o incentivo ao consumo, através de diversas medidas, como por exemplo, a redução do IPI para eletrodomésticos e automóveis.

Conecta imobi

Mesmo com as medidas tomadas pelo governo, o Brasil não passou imune pela crise. Desse modo, um dos efeitos da crise foi a retração do Produto Interno Bruto (PIB), em 2009. Também houve a alta do dólar, o aumento da inflação e a diminuição do crédito no mercado.

Filme A Grande Aposta

Para as pessoas que gostam de filmes, a obra A Grande Aposta, do diretor Adam McKay, pode ser uma boa pedida. O filme foi baseado na história real de um grupo de investidores que previram a crise e apostam na quebra dos bancos. 

Em síntese, o protagonista da história é um gestor de fundos de investimentos, que propõe um acordo com os bancos: Se ele estivesse certo sobre a bolha e as pessoas deixassem de pagar as hipotecas, os bancos iriam ter que pagá-lo. Do contrário, se o mercado imobiliário continuasse a subir, ele teria que dar uma garantia de compensação para os bancos. 

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A partir daí, a história se desenrola revelando aspectos históricos ocorridos na pré-crise de 2008. Enfim, o filme que recebeu 5 indicações ao Oscar, conta com nomes como Brad Pitt, Christian Bale, Ryan Gosling e Steve Carell.

Conhecer sobre o funcionamento das crises e como elas impactam o mercado, é importante para todos os investidores, já que isto afeta diretamente os investimentos. Portanto, aprenda mais sobre o conceito de Crise econômica, o que é? Sintomas, consequências e ciclos econômicos

Fontes: Uol, Magnetis, Cointimes e Stoodi

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