Halving do Bitcoin, o que é? Como funciona e valorização da criptomoeda

O halving do Bitcoin é um ajuste na recompensa pela mineração de Bitcoins, que resulta na redução da emissão da criptomoeda em 50%. Esse ajuste ocorre a cada 210 mil blocos minerados e faz com que a oferta da moeda digital seja reduzida. 

O Bitcoin é uma moeda descentralizada que funciona por meio da lei da oferta e demanda. Portanto, a redução na oferta de Bitcoins tende a resultar na valorização desse ativo, já que a lógica é que a demanda se mantenha ou aumente. 

A intenção com o halving do Bitcoin é que a oferta da moeda seja reduzida periodicamente, até chegar a um ponto em que não seja mais possível minerar Bitcoins. Dessa forma, os últimos 21 milhões de Bitcoins devem ser criados no ano de 2140.

O que é halving do Bitcoin?

O halving do Bitcoin é a redução da emissão de Bitcoin a cada 4 anos. Em outras palavras, o halving do Bitcoin é uma característica do Bitcoin que faz com que a taxa de emissão da criptomoeda caia pela metade a cada 210 mil blocos minerados.

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Desse modo, diferente dos sistemas monetários onde os governos imprimem dinheiro o tempo todo, o Bitcoin possui um código que realiza um ajuste. Sendo que esse ajuste resulta na redução pela metade da recompensa dos mineradores e, consequentemente, diminui a criação de novas criptomoedas. 

Como a quantidade de moedas no mercado impacta em seu valor, quando a quantidade de Bitcoins emitidos é reduzida, os efeitos são sentidos no preço da criptomoeda. Logo, quando aconteceram os halvings anteriores, houve uma valorização considerável do preço do Bitcoin. 

O Bitcoin foi lançado em 2009 e, na época, a recompensa era de 50 Bitcoins por bloco. Em 2012, houve o primeiro halving do Bitcoin e a recompensa foi reduzida para 25 Bitcoins. Já em 2016, com o segundo halving, a recompensa foi reduzida para 12.5 Bitcoins. Por fim, em 2020 tivemos mais um halving do Bitcoin e a recompensa baixou para 6.25 Bitcoins.

Como funciona o halving do Bitcoin?

Os Bitcoins são criados por meio do processo conhecido como mineração. Para que a mineração ocorra, é preciso da força de processamento de computadores, que solucionam problemas complexos de matemática e concluem os blocos da rede de informações do Bitcoin, criando uma cadeia de blocos, o Blockchain. 

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A cada bloco criado pelos mineradores, eles são recompensados com unidades de Bitcoin. Sendo assim, a mineração é o processo onde os mineradores usam o poder de processamento de seus computadores para resolver problemas matemáticos, incluir novos blocos no Blockchain e são recompensados com novos Bitcoins.

No entanto, para que o valor dessas moedas seja mantido durante os anos, existem algumas regras que foram determinadas na criação do Bitcoin. Essas normas estabelecem que a cada 210 mil blocos (aproximadamente de 4 em 4 anos), a recompensa obtida na mineração de Bitcoins deve ser reduzida em 50%.

É claro que nessa equação os mineradores, pelo menos em um primeiro momento, saem perdendo. Afinal de contas, a recompensa pelos seus serviços é reduzida. Por isso, parte dos usuários acredita que o valor das taxas de uso dos serviços do Bitcoin podem ser aumentadas futuramente, como uma maneira de equilibrar os ganhos dos mineradores.

No total, estão previstos 32 eventos de halving do Bitcoin e quando todos eles tiverem acontecido, não haverá mais halvings, já que não será possível criar novos Bitcoins. Dessa maneira, a previsão é que a mineração dos últimos 21 milhões de Bitcoins ocorra em 2140.

Valorização dos preços

O Bitcoin é uma moeda digital descentralizada. Portanto, ela não pode ser emitida nem controlada por bancos nem governos. Isso significa que ela não possui intervenção do estado, como acontece com as moedas fiduciárias e seus preços são definidos exclusivamente pela lei da oferta e demanda.

Segundo a lei da oferta e demanda, quanto a demanda supera a oferta, existe um aumento de preços e vice-versa. Dessa forma, a tendência com o halving do Bitcoin é que a criptomoeda se valorize constantemente, já que haverá uma redução periódica da sua emissão.

Exame

Por exemplo, no primeiro halving do Bitcoin, em novembro de 2012, a criptomoeda estava sendo negociada por US$ 12,00. Depois disso, ela teve uma alta no volume de negociações e passou a custar US$ 1 mil, após um ano. Já no ajuste de 2016, o Bitcoin estava custando menos de US$ 700,00 mas com o halving, ele passou a custar cerca de US$ 20 mil, um ano depois.

É importante notar que o aumento significativo dos preços do Bitcoin, também chamado de bull run, não ocorre de uma hora para outra. Normalmente, os preços vão aumentando mês a mês durante os 12 meses após o halving, quando então atingem uma valorização considerável.

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Fontes: Foxbit, Infomoney, Infomoney, Mercado B. e Nubank

Imagens: Cripto fácil, Exame, Tecnoblog e O globo