Investimentos sem FGC vale a pena?

Para driblar os juros baixos em renda fixa, existem investimentos sem FGC com mais rentabilidade. Contudo, é preciso cautela e análise.

22 de novembro de 2021 - por Pedro Guimarães


Neste texto, você vai ter um esclarecimento sobre investimentos sem FGC. Ou seja, veremos se é viável ter rentabilidade sem esta proteção. Basicamente, o Fundo garantidor de crédito (FGC) serve para proteger o investidor.

Sendo assim, ele protege contra prejuízos que podem resultar em aplicações financeiras de até R$ 250 mil.

Contudo, é possível abrir mão dessa proteção para conseguir mais rentabilidade. Principalmente em investimentos em renda fixa.

Então, vamos ver se vale a pena investimentos sem FGC.

Investimentos sem FGC para diversificar

Investimentos sem FGC, o que é: diversificação, renda fixa e tipos

Antes de tudo, para investir em renda fixa é preciso uma análise da situação atual. Portanto, você sabe que a situação para quem investe em renda fixa não é das melhores.

Assim, se você quer um alto rendimento neste tipo de investimento será preciso correr alguns riscos. Sendo assim, pode valer a pena se você opera com diversificação. Ou seja, atualmente a diversificação está sendo o melhor caminho.

Neste sentido, diversificar é a saída para ter segurança e rentabilidade ao mesmo tempo. Porém, vale lembrar que é preciso cautela quando saímos da zona de conforto. Portanto, vamos conhecer os investimentos sem FGC que são viáveis

Situação atual do investimento em renda fixa

Investimentos sem FGC, o que é: diversificação, renda fixa e tipos

A princípio, o cenário atual para renda fixa está pouco favorável. Assim, o rendimento anual para quem investe está baixo e sem boas perspectivas.

A propósito, muitos indicadores apontam que os juros vão continuar caindo até o final do ano. Portanto, eles podem chegar a 7%, confirmando uma mínima histórica.

Estas estimativas foram apresentadas no relatório Focus do Banco Central. Em síntese, são estimativas que confirmam uma mudança de cenário.

Ou seja, aquela situação em que o investidor tinha ótima rentabilidade em LCI, LCA e CDBs, não existe mais. No entanto, podemos buscar a saída na diversificação.

Queda do CDI

Investimentos sem FGC, o que é: diversificação, renda fixa e tipos

Resumindo, até aqui você viu que o cenário não é bom para renda fixa e que é melhor diversificar. Sendo assim, como diversificar em renda fixa e ter rentabilidade nesta situação?

Vamos responder a esta pergunta começando pelas causas do problema. Portanto, se perguntarmos por que o cenário está assim, a resposta é simples.

Ou seja, esta situação é proveniente das quedas do CDI (Certificado de Depósito Bancário). Boa parte dos ativos de renda fixa, por exemplo, estão atrelados ao CDI, que sofreu queda por cortes na taxa SELIC.

Investimentos sem FGC para driblar a situação

Assim, para driblar o cenário de crise, existem atualmente investimentos sem FGC com mais rentabilidades. No entanto, para quem vai investir, é preciso possuir uma reserva de emergência. A partir deste ponto, vamos conhecer algumas formas de investimentos sem FGC.

Tipos de investimentos sem FGC

Investimentos sem FGC, o que é: diversificação, renda fixa e tipos

CCB: As Cédulas de Crédito Bancário são títulos de crédito sem FGC. O seu emissor é a garantia. Assim, estão atreladas a  imóveis do banco ou herança. A rentabilidade pode chegar aos 14% pré-fixados.

Debêntures: Títulos emitidos por empresas para financiar crescimento e capital de giro. Contudo, fique atento à liquidez.

CRI e CRA: Os Certificados de Recebíveis Imobiliários são títulos para financiar negócios no ramo de imóveis. Dessa forma, o CRA já está vinculado ao agronegócio. Nestes investimentos sem FGC, não há cobrança de impostos por serem incentivados pelo governo.

Conclusão

Bom, para concluir sempre fica a pergunta: devo ou não fazer investimentos sem FGC. Dessa forma, você deve analisar alguns fatores antes de qualquer decisão. O investimento em ativos sem FGC é sair da zona de conforto.

Contudo, é preciso ter uma reserva de emergência para realizar a operação com confiança. Por último, você precisa analisar a saúde financeira do emissor de cada título. Além disso, precisa examinar com cuidado qual garantia irá substituir o FGC.

Enfim, análises e pesquisas sempre geram frutos. Assim, se quiser saber mais, leia também: FGC, o que é? Como funciona, riscos e investimentos protegidos

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